Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010
Imagem Internet/ Salvador Dalí / To Return
Estou a regressar,
Aos poucos vou regressar.
E não vou contar,
Nada há para contar.
Apenas vou falar
Do meu tempo de amar.
A dor repudia,
Escolhe o amor.
E sinto a tua falta
E o sorriso teu.
E regresso ao local
Sem destroços.
Tão longe o Oceano,
Plano nas nuvens.
Visiono o encontro,
Sem a bruma do mar.
E me reencontro
E te reencontro.
Te amo e me amas,
Como gostamos de amar.
Cantamos poemas
Imaginados, sofisticados.
Nos beijamos
Nos despimos.
Este é o meu mundo
E tu és, o meu amor.
Levo-te rosas
E os clarões das rosas.
Me desprendo ao vento,
Estive no mundo
Ou fora do mundo?
Meu amigo, meu amante,
Minha ternura cantante.
Maria Luísa O. M. Adães
Janeiro de 10
Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2010
Imagem Internet / Salvador Dalí
Hoje não ouço as vozes,
Vou sem rumo
Tão grande o Mundo
E países tão distantes…
Hoje não ouço as vozes,
As vozes daquele tempo.
Hoje estou unida a ti,
Desejosa de ti
Do teu amor
Flores molhadas
Junto a mim.
Hoje sou magia e esplendor,
Num mundo de fogueiras acesas
No mistério de quem sou.
Que te vou dizer
Se me interrogas
Acerca de tudo?
Conheço as sombras,
Conheço as luas,
Conheço assombros,
Conheço o amor
À distância
E cubro minha nudez,
Com esse amor.
Te beijo,
Te abraço,
Te amo,
Te desejo,
Te quero…
Me perco
Em teus braços.
A fogueira acendeu
Eu sou a fogueira,
E ardo nos teus braços
Do teu desejo e afecto,
De meus abraços.
E quando a apagar
Apago com amor,
A perdição
De uma vida!
E nesse instante
Torno a ouvir,
As vozes
Daquele tempo.
Mas hoje, não…
Hoje és tu e eu!
Maria Luísa O. M. Adães
Janeiro 2010