Sábado, 8 de Maio de 2010

Meu Amigo

 

 Imagem Internet / Salvador Dalí

 

A nossa festa acabou: trazias pedaços de luar nos Teus cabelos dourados,

Teu corpo macio e brando entregava-se com quebranto e langor…

 

Tudo terminou em cânticos de luz e louvor!

 

Recordo o banquete, preparado por mim – aquele sabor ao néctar puro

Das abelhas,

Favos amarelos – alvéolos trabalhados com fervor,

Vinhos, nos seus tons dourados e as flores perfumadas, ao longo do caminho.

Tudo tão simples ao longo desta vida, nunca antes contada.

 

Mas a simplicidade, não é o meu atributo maior e vou continuar como sou!

 

Quando for possível – arranjo outra festa e convido mais gente.

E despida de modas e trajes complicados – vou como em passerelle

E mostro meu corpo despido de fantasias – como escrevo meus versos ou minha prosa.

É uma representação abstracta, como um quadro pintado que só os críticos sentem

E sabem definir.

 

Jogo Xadrez – agrada-me essa espécie de jogo, mas sinto-me bem no meu mundo,

Escrevendo com amor para Todos e ainda mais, para aqueles que não gostam, ou

Não podem entender – mas não o confessam!

 

O teor desta carta fala de tantas coisas, contadas por mim e por Ti.

Nos ensinaram a vencer, a ganhar o Primeiro Lugar –

Mas nos foi dado o Último Lugar…

 

O Teu contar foi o mais belo – intimista, abstracto – quem dá por ele?

Os que passam e não lêem? E ainda aqueles que não passam…

Esses são os mais fáceis. Nada têm a dizer.

 

Admiro-Te com ternura, pela Tua solidão – Só Tua – E me deixares compartilhar o Teu estar no mundo.

 

Não estou mais só! Tenho-Te e escrevo por Ti…Apenas por Ti!

 

 

Maria Luísa

 

publicado por M.Luísa Adães às 10:46
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34 comentários:
De caminhopelasestradas a 8 de Maio de 2010 às 15:16
Há quanto tempo te não encontrava, neste recanto

E hoje te encontro, com a tua prosa-poética.

Sempre te encontrei teus poemas futuristas/modernistas... Nem conhecia tua prosa-
poética.

Só hoje, nessa carta a um amigo, escreves prosa.

Adorei, mas me impressionei com um certo desencanto, na tua forma de escrever.

Não sei se te torno a encontrar, mas espero que sim

Caminhante


De M.Luísa Adães a 8 de Maio de 2010 às 16:36


Future belongs to God!!!

Thanks

Mª. Luísa


De jabeiteslp a 8 de Maio de 2010 às 21:20

amen...

não me vais dizer
que aderiste a uma daquelas religiões ?

digo isto
sem provocações...

beijinhos

e felizes daqueles que acreditam...




De M.Luísa Adães a 9 de Maio de 2010 às 09:02
Anjo

Bem me parece que não tens asas!

Ama meu poema, as metáforas do que digo e vão
crescer umas asas pequeninas e depois maiores, até seres um "Verdadeiro Anjo da Esquina".

Esta prosa-poética se tem religião, é apenas "a minha - nunca a dos outros"!"Minha, apenas Minha"
Aprende comigo,
Acredita no que digo
Em prosa ou verso
E serás, o meu Amigo Maior!

E ganhas as tais Asas de que falo sempre...

O poema é metafórico, mas simboliza muita coisa,
do nosso estar no mundo, até no mundo Virtual.
E talvez o mundo virtual
Seja o Principal!
Quem sabe? Eu não sei! O meu outro eu, sabe!

Obrigada por te encontrar no google.

Agradeço tua presença e amizade,

Beijos,

Maria Luísa


De jabeiteslp a 9 de Maio de 2010 às 14:12

se as tivesse
aconteceria o inevitável
que de azarado que sou
mais alto voaria e o tambolhão maior seria...

e redigo que acreditar é um passo dado
quem sabe
noutro reencontrado....

beijinhos



De M.Luísa Adães a 9 de Maio de 2010 às 16:45
Joca

Também podia acontecer.
Como tu dizes ser azarado, podia acontecer como Ícaro - o sol derreter as asas e tu vinhas por aí fora
e não ias ter à Covilhã, talvez fosses parar, numa ilha deserta.

Acreditar, sempre, " como nós sentimos - nascer dentro de nós" sem a interferência de terceiros.
Só assim, vale a pena acreditar.

Acreditar no que os outros dizem, nem pensarI
Mas acredita em mim que sou " mansa de coração"
quando eu te pedir - fora disso - não!...

Beijos,

Mª. Luísa


De jabeiteslp a 9 de Maio de 2010 às 20:44

imagino imagino

beijinhos Luisa







De M.Luísa Adães a 10 de Maio de 2010 às 10:43
Joca

Que imaginas, amigo?

Como vês, meus amigos desapareceram, só ficaram os mais assíduos, poucos, muito poucos.
Parece bruxedo, como se alguém bem vivo, tivesse
manipulado meu mundo.
Penso nessa possibilidade, mas me posso enganar.
Mais vale pouco com qualidade , verdade e amizade,
do que muitos que ao menor sopro, ou sem sopro,
desaparecem.

Agradeço tua presença, como aquele amigo virtual
que por doença foi afastado dos blogs.
Mas tu és mais novo!

Beijos,

Maria Luísa


De jabeiteslp a 10 de Maio de 2010 às 14:26


De M.Luísa Adães a 10 de Maio de 2010 às 15:09
joca

Obrigada pelas flores e por compreenderes o que se passa. Vou mandar email.

saudades,

Mª. Luísa


De Simbologia do aMoR a 9 de Maio de 2010 às 04:04

Maria Luísa

"Os que passam e não lêem? E ainda aqueles que não passam…

Esses são os mais fáceis. Nada têm a dizer.



Admiro-Te com ternura, pela Tua solidão – Só Tua – E me deixares compartilhar o Teu estar no mundo.



Não estou mais só! Tenho-Te e escrevo por Ti…Apenas por Ti!"

Maravilhoso poema e vejo-me nele, exatamente nestas frases.

Maravilhoso!

Abraço.


De M.Luísa Adães a 9 de Maio de 2010 às 09:09
Vera

Tens razão em te veres reflectida nesse espelho
que desta vez , "é prosa-poética". Isto que escrevi
é a "a minha prosa-poética".
É para todos e para alguns em especial.
E é para ti,
Para que te vejas refelectida, nesse
espelho de Cristal.

Obrigada por gostares e me dizeres.

Beijo da amiga,

Maria Luísa


De Simbologia do aMoR a 11 de Maio de 2010 às 19:27
Olá
Sabes que nunca sei quando é prosa, poema ou poesia.
Sou parva neste assunto.
E quando escrevo, apenas escrevo sem saber o que e como é.

Abraço.


De M.Luísa Adães a 12 de Maio de 2010 às 10:45
Vera

Não é necessário saber para escrever, basta sentir!

E a ti não te faltam sentimentos.

Eu coloquei no cimo do poema, prosa-poética. para
determinadas pessoas que confundem meus poemas
e lhes chamam poesia livre.

Esses são os verdadeiros ignorantes da poesia e da prosa-poética - mas como são petulantes e soberbos
falam daquilo que não sabem e não percebem, mas fingem que percebem.
A esses, eu não os tolero, mas eles sabem o que
penso deles.

Para ti te digo e esclareço:

Poesia ou prosa-poética é quase o mesmo, pouca
diferença faz.
Mas nem a prosa, nem os poemas são livres, como a
ignorância diz. "Todos obedecem a regras". não
exactamenta iguais, mas parecidas.
No fundo "Tudo é poesia".

E isso não te faça confusão, escreves como sentes,
é o principal.

beijos e obrigada,

Mª. Luísa


De desabafos_da_Ana a 9 de Maio de 2010 às 17:47
Maria Luisa passei apenas para mandar um beijinho e desejar que já se tenha recomposto.
Tudo de bom e é sempre um regalo para os olhos o que se vê e lê neste seu cantinho.
Seja feliz.


De M.Luísa Adães a 9 de Maio de 2010 às 18:29
Ana

Tudo passou! Estou bem!E também, estou escrevendo no google.

Me parece que o Sapo com as suas razões, se vai esquecendo de mim e de meus versos.

Então transponho o que sou e o que sei, aos poucos
a quem me ame mais.

Agradeço tua presença, nunca esquecida e tuas palavras.Vou tentar ser feliz!

Beijos e obrigada,

Maria Luísa



De jpcfilho a 9 de Maio de 2010 às 18:19
Querida amiga Maria Luísa, a festa jamais passará, pois como os pintassilgos, as patativas , os uirapurus, sempre cantará teus versos e iluminarás e fantasias para abrandar 'as almas que te pertencem com o néctar à flor, que as abelhas cortejam de passagem, mas tu as deténs com as palavras, rimas e sons dos teus rincões, onde despida de trajes convencionais conversas com as estrelas e investes aos moinhos de teus sonhos, onde guardas tesouros e aleluias só teus...
Lindos versos
beijos
João Costa Filho


De M.Luísa Adães a 9 de Maio de 2010 às 18:40
João

Tu és o meu poeta! Nada se compara a ti, ao que escreves e à amizade que tens por mim.

"E investes aos moinhos de teus sonhos,
onde guardas tesouros
e aleluias também"...

Quem escreve e diz, entendendo tão bem, o que
digo e o que não digo, mas pretendo dizer?

Quem? Onde está esse poeta?

Eu pergunto - mas sei onde ele mora e neste momento único , do "Som do Silêncio", eu converso
sem falar e ouço sem escutar, a melodia ímpar de teus versos,
Acompanhando meus versos...

Obrigada, meu amigo. das horas lentas e caladas.

Maria Luísa


De Caminhopelasestradas a 10 de Maio de 2010 às 11:15
sou admirador do que escreves de uma forma bem

versátil. Abordas todos os temas - todas as espécies entram no teu dizer.

Mas a fragilidade da natureza humana é um entrave
à arte. Só o dinheiro predomina, venha ele de onde vier.

Linda tua prosa-poética, ainda não a tinha lido.

E vai escrevendo, sempre para ti e para os que passam e nada dizem, mas se apercebem.
Talvez esses, sejam os melhores!

Obrigada,

Caminhante


De M.Luísa Adães a 10 de Maio de 2010 às 11:22
Obrigada

Assim farei! E nada mais há a dizer,
apenas agradecer.

Mª. Luísa


De Eduardo a 11 de Maio de 2010 às 11:32
lindo ao dizeres:

"Admiro-Te com ternura pela Tua solidão - Só Tua...

Tenho-te e escrevo por Ti...Apenas por Ti!

Como se fosse uma partida.

Bravo!

E.


De M.Luísa Adães a 11 de Maio de 2010 às 11:38
E.

Não há partidas, apenas desencontros!

Obrigada,

Maria Luísa


De retornodemim a 13 de Maio de 2010 às 05:56
Ola Amiga...
em mim o vendaval foi muito forte,
deslocou retinas,
sombras e até pensamentos...
devagar...
encontro de amigos, tempos depois.
Conferi os endereços.
Parei.
Pensei.
e vim...
Parabens pelo texto
como sempre misterioso
mas teu...
beijinhos do amigo Rui


De M.Luísa Adães a 13 de Maio de 2010 às 19:15
Rui

Adorei encontrar-te. Sempre tens sido um bom amigo e te prezo muito.

O tempo passa, Rui, e nós por vezes não passamos com a facilidade do tempo, sempre a contar.

Tinha saudades tuas, de teus versos, teus silêncios,
tuas palavras escondidas e teu falar calado.

Nunca te esqueço! Mas ando um pouco diferente.
Não tenho podido ir ao teu recanto.
E neste momento, ou um pouco mais tarde, te mando
email e converso contigo! Uma longa ou pequena conversa. Mas preciso mesmo, de conversar contigo!

Agradeço teus versos, à minha prosa-poética e
tua presença neste lugar.
Espera notícias. Beijos e obrigada,

Mª. Luísa


De Maria João Brito de Sousa a 13 de Maio de 2010 às 17:29
Tu tens uma facilidade espantosa em fazeres com nos sintamos os receptores directos das tuas palavras!
Eu estou mesmo sem tempo, amiga e o dia de hoje não me deixa estar tão à vontade como o habitual. Um dia te contarei.
Abraço grande!


De M.Luísa Adães a 13 de Maio de 2010 às 19:19
Mª. João

E é mesmo, para vocês que escrevo!

Quando estiveres mais disponível e calma eu te
mando email.
Preciso de conversar contigo!

Obrigada pela tua presença amiga, neste recanto, do qual sinto, saudades prematuras.

Beijos e obrigada,

Maria Luísa


De MIGUXA a 14 de Maio de 2010 às 19:51
Maria Luísa,

Adorei tua carta a Um Amigo!
Nela te entregas à amizade, revelando tuas alegrias, teus prazeres, teus temores...
Defines com mestria teu estilo que me agrada tanto e me fascina...
Sinto em ti um desencanto, penso nada ter a ver com o que escreves mas sim com a dispersão de interesses por parte de quem usualmente te visitava.

Fica por perto Amiga que me faz bem ler-te.

Beijos ternos
Margarida


De M.Luísa Adães a 15 de Maio de 2010 às 12:24
Margarida

Obrigada pela Flor!

Que bom tu voltares
aqui e ali,
Neste ou noutro lugar!

Eu estou presente,
Como ser ausente
De mim e de ti!

Eu volto sempre
Desconheço meu lugar
O perdi,
Não o soube encontrar.

Mas não é minha a culpa,
Quem me perder
Por não me amar
Não vai voltar!

Mas não me vai
Encontrar,
Pode chamar o vento
E perguntar - onde estás?

Mas ele, não vai dizer...
Vai continuar a soprar,
A levar e a trazer,
Como as ondas do Mar!

Com carinho,

Maria Luísa

p.s. esta resposta um dia, vai aparecer como poema
e todos vão ler, ou não ler,
Mas o ler ou não ler
Deixou de importar!

Maria Luísa




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