
Imagem Internet / Salvador Dalí
Há um sonho a realizar
Há um tormento a esquecer,
Flores a nascer
Gente a morrer.
Há uma noite insensata
Há um luar de prata
Maldade de quem mata,
Há quem morra por amar…
Há a tua voz sem coragem
Há o amor em vantagem,
A subtileza da fluidez humana
A água que cai e te chama.
Há os espelhos da nossa Casa
Há os espelhos do Salão,
Igualmente plácidos
Divinamente exactos.
Há a dor daquele que não sai
E do outro que não tem casa
E prolonga na vida,
Um sonho mudo e fortuito.
Oh, quanto me pesa,
Minha memória passada
Minha memória presente
Minha memória ausente.
Há um sonho a realizar
Há uma insensatez a esquecer,
Flores a nascer
Gente a morrer.
Há um verso a caminhar
No Universo,
A tentar um ramo aberto
Para adormecer
Na linha recta,
O olhar na linha curva.
Há um sonho a realizar
E és tu, meu amor!
Maria Luísa O. M. Adães
De caminhopelasestradas a 20 de Março de 2010 às 16:11
Há sempre um sonho a realizar - realizam-se outros,
mas fica um a realizar.
Há uma insensatez a esquecer - tantas se fazem e
esquecem, mas há sempre uma que custa a esquecer e por vezes, não esquece.
Há sempre flores a nascer...
Há sempre gente a morrer...
Adorei demais teus versos!
caminhante
Caminhava de manhã, a estrada estava vazia de gente, de carros correndo, só eu caminhava...
E te encontriei no meio do silêncio e do abandono
dessa estrada, onde me encontrava.
Me fizeste companhia e falaste de meus versos.
Só isso chegava!
obrigada por te encontrar.
Maria Luísa
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