
Imagem Internet / Salvador Dalí
Há um sonho a realizar
Há um tormento a esquecer,
Flores a nascer
Gente a morrer.
Há uma noite insensata
Há um luar de prata
Maldade de quem mata,
Há quem morra por amar…
Há a tua voz sem coragem
Há o amor em vantagem,
A subtileza da fluidez humana
A água que cai e te chama.
Há os espelhos da nossa Casa
Há os espelhos do Salão,
Igualmente plácidos
Divinamente exactos.
Há a dor daquele que não sai
E do outro que não tem casa
E prolonga na vida,
Um sonho mudo e fortuito.
Oh, quanto me pesa,
Minha memória passada
Minha memória presente
Minha memória ausente.
Há um sonho a realizar
Há uma insensatez a esquecer,
Flores a nascer
Gente a morrer.
Há um verso a caminhar
No Universo,
A tentar um ramo aberto
Para adormecer
Na linha recta,
O olhar na linha curva.
Há um sonho a realizar
E és tu, meu amor!
Maria Luísa O. M. Adães
De cupido a 20 de Março de 2010 às 12:05
"Oh, quanto me pesa,
Minha memória passada
Minha memória preseste
Minha memória ausente."
"Há uma insensatez a esquecer..."
Lindos os teu versos! Cada um é o melhor e nos
enganamos, nesse escolher e nesse dizer.
Parabéns!
Cupido
Com tuas setas, me paralisaste no caminho, para te ler.
"Memórias passadas
Memórias presentes
Memórias ausentes"...
Obrigada por tua sensibilidade, no entender e no escrever.
Maria luísa
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