Imagem Internet / Salvador Dalí
Hoje não ouço as vozes,
Vou sem rumo
Tão grande o Mundo
E países tão distantes…
Hoje não ouço as vozes,
As vozes daquele tempo.
Hoje estou unida a ti,
Desejosa de ti
Do teu amor
Flores molhadas
Junto a mim.
Hoje sou magia e esplendor,
Num mundo de fogueiras acesas
No mistério de quem sou.
Que te vou dizer
Se me interrogas
Acerca de tudo?
Conheço as sombras,
Conheço as luas,
Conheço assombros,
Conheço o amor
À distância
E cubro minha nudez,
Com esse amor.
Te beijo,
Te abraço,
Te amo,
Te desejo,
Te quero…
Me perco
Em teus braços.
A fogueira acendeu
Eu sou a fogueira,
E ardo nos teus braços
Do teu desejo e afecto,
De meus abraços.
E quando a apagar
Apago com amor,
A perdição
De uma vida!
E nesse instante
Torno a ouvir,
As vozes
Daquele tempo.
Mas hoje, não…
Hoje és tu e eu!
Maria Luísa O. M. Adães
Janeiro 2010