Imagem Internet/ Salvador Dalí
Também se ama em silêncio,
Sem ter nada a dizer
Sem ter nada a escutar.
Também se ama,
Quando se adormece
Depois de amar.
Também se ama,
Quando se fala alto
De um tempo absoluto.
Também se ama,
Quando se lê o jornal
Sem olhar para o lado.
Também se ama,
Quando não se escuta
As queixas do nosso amante.
Também se ama,
Quando o desejo passar
E se falar do vulgar.
Também se ama,
Quando tudo se esquece
E não merece nosso olhar,
Nosso entender,
Nosso compreender,
Sem julgar.
Também se ama,
Quando se olvida
A nossa forma de estar.
Também se ama,
Quando se recupera o alento
E se deixa de sonhar.
Também se ama,
Quando o pensar é triste
O amar não é paixão.
Também se ama,
Quando se encontra
E não há recordação.
Talvez assim se ame,
Por uma vida sem assombros
Colorida no aceitar.
Talvez assim, se possa amar,
Uma vida inteira
E eternizar esse amar.
Meu destino,
Como vai terminar?
Maria Luísa O. M. Adães
11 Novº. O9
De
daniel a 16 de Novembro de 2009 às 15:46
Gostei bastante do seu blog, e espero regressar. A arte é a própria representação do sentimento. Fez-me recordar um poema do nosso eterno génio, Jorge de Sena:
"Como queiras, Amor, como tu queiras.
Entregue a ti, a tudo me abandono,
seguro e certo, num terror tranquilo.
A tudo quanto espero e quanto temo,
entregue a ti, Amor, eu me dedico.
(...)"
Espero voltar noutras ocasiões =)
daniel
Recebi o seu comentário e lhe agradeço,o lembrar-se de Jorge de Sena, através do que escrevo.
É uma honra!
Gostei de o conhecer. Obrigada,
Maria Luísa
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