Sábado, 31 de Outubro de 2009

Não Vou Contar

 

 Imagem Internet / Salvador Dalí /   corde pulsum tangite...

 

 

 
Não vou contar cada palavra
Colocar uma folha no teu lugar
E cantar meu canto
Sem brilho e sem luar.
 
Perdeu-se na poeira
Do caminho
E não vou contar.
 
Diluiu-se na espuma do mar,
Levado a outro lugar
Como posso contar?
 
Ficas no teu horizonte quieto,
A perfídia manchou teu lugar
E te aquietou perplexo,
Como contar?
 
A maldade não ficou no mar
Não pertence ao mar,
Mas sim ao fogo.
 
E o fogo destrói e vence,
Por momentos longos
De um campo funesto,
Não rogues nem chores.
 
Não pertences ao mar,
Não pertences ao fogo,
Não pertences ao Infinito
Supremo e eterno,
Não pertences ao deserto,
Não pertences ao sol,
Não pertences à água viva,
Em correria brusca, tu foges…
 
Para ti,
Todas as palavras são inúteis!
Como contar?
 
Olho o céu
Caminho devagar,
Olho a lua e penso…
 
 
Plantada à beira do mar,
Nascida do feitiço
Da lua e do Luar
Esta eu sou,
Quem vai acreditar?
 
Vou sem rumo,
Tão grande o mundo
E países tão distantes
E saber que nada sou
E sem ti, unicamente morria.
 
Aqui fica a minha voz de amor,
 
Quem me escutou?
 
Maria Luísa O. M. Adães
 
 31 Outubro de 09
 
publicado por M.Luísa Adães às 08:49
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83 comentários:
De Sonhosolitario a 31 de Outubro de 2009 às 10:20
Olá amiga Luísa
Boa tarde e um bom sábado
Não vais contar,
Mas podes contar comigo
Não sou o teu amor
Mas sim o teu amigo
E contar pode
Que esse lugar
Jamais penso ocupar
Porque está linda amizade
Será para durar
...
Nunca foram precisas palavras
Para mostrar esse teu intensivo
De amor para lhe dar
Porque só ele será o rei do teu coração
Enquanto reinar
...
Quando Há amor
Nada se perde
Tudo se enaltece
Se perdura e fortalece
...
O mar faz rumar
A outro lugar
Mas há onda
A ir e voltar
...
As manchas com o tempo
Ficam diluídas
Porque nada é interno
No nosso mundo
...
A maldade não ficou no mar
Paira sim no ar
Em conjunto com o fogo
O vento e o luar
...
Eu não pertenço a ninguém
De ninguém eu fujo
Quero encontrar
O verdadeiro sentido
Do rumo certo
Para ouvir e acreditar
Este teu meditar
...
O rumo jamais pode ser enfeitiçado
Neste grande mundo
Porque sempre ouvirá
Tua voz
Porque sem ele
Tua voz morreria
E aqui fica a tua voz
Que ele sempre escutou
Por onde andou
E nunca te abandonou!

aqui fica este meu
contar , no teu poetizar
querida amiga
adorei contracenar...
espero que gostas

doce beijinho
e feliz fim de semana
sonhosolitario


De M.Luísa Adães a 31 de Outubro de 2009 às 10:48
sonhosolitario

Eis um dueto lindo entre o teu dizer e o meu poema,
"Não Vou Contar".

Os dois se encontram,
mesmo com o mar a separar
e as marés se encadeiam
umas nas outras,
há ir e voltar...

O rumo não sofre feitiço
não pertenço ao mar,
mas nasci do feitiço
da lua e do luar
e o mar estava perto
de mim.

Me pertencem todos eles
E eu pertenço ao mundo
e um dia nos vamos encontrar
e falar deste encontro,
dos teus versos em homenagem
aos meus versos.

Lindo o que escreveste, podes publicar no teu blogs
e contar este encontro dos teus versos com os
versos da Maria Luísa e das coisas que ela" Não Vai Contar".

Obrigada,

Maria Luísa


De M.Luísa Adães a 31 de Outubro de 2009 às 16:21
sonhosolitario

O último comentário teu que recebi, entrou no outlook, mas não passou ao blogs.Não entrou no
blogs, não sei porquê.
É a primeira vez que isto acontece.

Tens alguma idéia? E se o enviasses de novo?
Alguma coisa falhou!

beijos,

Mª. Luísa


De Sonhosolitario a 31 de Outubro de 2009 às 18:00
olá amiga Luisa
recebi tua resposta, desculpa mas não estou entendendo por favor se mais, explicita na tua pergunta porque eu não Sei ao que te referes
o meu comentário está aqui, não sei a que te estás a referir
beijinho
e uma boa noite
sonhosolitario


De M.Luísa Adães a 31 de Outubro de 2009 às 18:08
Meu amigo

Já se fez teste, está tudo a funcionar, não há
problemas. Foi um pequeno susto e tratava-se de um lindo comentário.
Tudo resolvido! Obrigada pela tua gentileza e
presteza na resposta.

Beijos da amiga,

Mª. Luísa


De 100timento a 31 de Outubro de 2009 às 11:36
Na magia dos teus dedos,
nascem silêncios,
pausas,
lamentos que trespassam o céu azul
e a Noite escura,
sem brilho,
sem lua.

Não se perdeu,
adormeceu no horizonte
sobre as águas do mar
acordou na brisa,
voa na ventania,
corre veloz em plena tempestade,
como sinal,
que não tem maldade.

Ouve-se no vazio um som,
um grito abafado,
uma voz rouca que chora,
um pranto amplamente calado.

Perdes-te no oceano azul,
afogando a esperança
deste teu feitiço,
levando na alma
tua lua...teu luar,
e mil tormentos
por ninguém acreditar

mas lá fundo
no meio do mar,
encontras teu rumo
o teu tão desejado lugar.
Adormecer de olhos abertos,
como se sonhasses dormida,
deixar-se ficar
em sua concha de cristal.

O horizonte adormecido
sobre as águas desse mar tranquilo,
espera tarde após tarde,
que regresses,
que venhas beijar o seu céu,
que venhas iluminar a noite,
com mais uma estrela
que brilhe no firmamento.

No silêncio que invade o ar,
tua voz canta o amor
sente-se a saudade
daquele que sempre te escutou.

Doce beijinho poeta linda.


De M.Luísa Adães a 31 de Outubro de 2009 às 15:01
Meu amigo

Como um golfinho
que pertence à terra e ao mar
eu escuto teu canto de encantar.

Nunca te vou encontrar
e responder como posso?
Se dizes tudo?

E nada deixas por dizer,
com enlevo te leio
e lembro meu canto passado.

Estavam todos dormindo
estavam todos deitados
dormindo profundamente,
não ouço mais vozes
ao meu lamento.

Perdi minha avó, meu pai, minha mãe
e os encontrei no mar
por mim cantado.

Os saudei,
mas eles estavam todos deitados
dormindo profundamente.

Regressei e aceitei
e te encontrei
e aos versos teus,
cantando meus versos.

O silêncio invade o ar
despertei,
nunca meus olhos foram claros
e o meu sorriso de loucura
tão audaz.

Procurei meu rumo
E tu entendeste
E me escutaste!

Obrigada pelo que me escreves e
não me deixes caír no orgulho se triunfo,

Nem no desespero se fracasso...

Beijos da amiga,

Maria luísa


De caminhopelasestradas a 31 de Outubro de 2009 às 15:10

E de novo respondo ao teu canto de amor.

"Não rogo nem choro"

A quem pertenço? Podes dizer? Podes ensinar meu
caminho?
E eu deixar as estradas de asfalto que não dizem nada e entrar no momento certo, no teu mundo e te
encontrar.

Que bom seria?

Parabéns!

caminhante



De M.Luísa Adães a 31 de Outubro de 2009 às 15:19
Uma vez mais, agradeço o apreço

pelos meus versos.

Nem todos os acarinham, porquê?

Podes responder...um dia?

Obrigada,

Maria luísa


De druída a 31 de Outubro de 2009 às 16:29
Gostei do poema. Muito bom!

Druída


De M.Luísa Adães a 31 de Outubro de 2009 às 16:39
Agradeço a atenção.

Mª. Luísa


De 100timento a 31 de Outubro de 2009 às 17:09
Texto de prova...
beijinhos de Amizade, frescos, suaves, ardentes, com carinho,
Poéticos, inspiradores e até milagrosos.
Com sabores, coloridos e de todos os tamanhos.
Rui


De M.Luísa Adães a 31 de Outubro de 2009 às 17:47
rui

Meu querido amigo, generoso, altruísta, poeta, fogo

e luz suave.

Beijinhos de todos os tamanhos e todas as cores.

Funcionou o teste. Fico descansada. Obrigada pela
tua bondade e carinho.

Fizeste bem em distribuír as rosas e a nossa amizade, não podemos ser egoístas, mas o secretismo é nosso!

Agradeço o auxilio; até logo,

Maria Luísa


De 100timento a 31 de Outubro de 2009 às 18:58
foi um prazer...beijinho


De M.Luísa Adães a 1 de Novembro de 2009 às 11:32
Rui

O comentário que te enviei em resposta à tatuagem

Passei-o como pequeno poema para o Google
"os7degraus".
Há um link no lado esquerdo do prosa-poetica, diz
os7degraus, clica, se possível, e vais encontrar a
pequena resposta que te dou - "Tu o Dizes".

No google escrevo pequenas coisas, para o manter activo. tem meia dúzia de comentários de anónimos, (alguns). como eles dificultam a entrada
das pessoas com exigências, entra como anónimo,
no comments, breve, muito breve que deixares . Escreves "Rui". Eu reconheço!

Ficou a marcar, como símbolo vivo dos 7 degraus.

beijos,

Maria Luísa


De 100timento a 31 de Outubro de 2009 às 21:05
O lacre com que selamos segredos nossos tem o sabor agridoce das palavras com que acendemos fogueiras na poesia.
Tatua o teu e meu nome em fogo,
letra a letra,
fá-lo com gestos lentos
assim permites
saborear cada instante único...
a pele, o corpo, a alma.
beijinho,rui


De M.Luísa Adães a 1 de Novembro de 2009 às 10:48
Tu o dizes,
eu assim farei como pedes.

Quando ontem adormeci
havia alegria ao pé de
fogueiras acesas.

No meio da noite despertei,
apenas ouvi o murmúrio
do silêncio,
a multidão adormecia longe...

As fogueiras continuavam acesas
eu aproximei e tatuei dois nomes,
no fogo e na solidão que o cercava.

Assim cumpri teu pedido,
de forma lenta, abstracta,
intimista.

Hoje não ouço mais as vozes
O ritual se finalizou
E ficou,
O teu nome e o meu.

Com amizade,

Maria Luísa


De umbreveolhar a 31 de Outubro de 2009 às 21:11
Belo poema. Li e reli. Parabéns!
Tens uma surpresa no meu blog.
Cumprimentos,
Carlos Alberto Borges


De M.Luísa Adães a 1 de Novembro de 2009 às 10:22
Carlos

Fiquei feliz por te encontrar - posso dizer - Adorei

o encontro, comigo e o poema "Não Vou Contar".

Vou procurar a surpresa. Obrigada, meu amigo,

Maria Luísa


De MARIA LUISA GOMES a 1 de Novembro de 2009 às 01:20


Olá Luísa ! Parabéns pelo Não Vou Contar. Gostei muito! Fico á espera do próximo . Bom Domingo
Beijinhos

LUISA


De M.Luísa Adães a 1 de Novembro de 2009 às 10:16
Mª. Luísa

Adorei encontrá-la no meu blogs e por ter gostado do poema "Não Vou Contar".

Dou-lhe os meus Parabéns, por ter chegado, sâ e salva a este pequeno lugar que é meu e onde eu
existo," como pessoa diferente," daquela que conhece, pois este espaço pertence ao Mundo Virtual.

Obrigada! beijos,

Maria Luísa


De manu a 1 de Novembro de 2009 às 13:23
Olá Maria Luisa!

Poucas são as palavras para contar
o que a alma sente e o coração chora
demasiados os momentos que a chorar
o coração dói e a nossa alma implora

Como escasso tem sido o meu tempo nos últimos dias. Mas não podia deixar de vir aqui e deixar um voto de bom Domingo e um beijo.


De M.Luísa Adães a 1 de Novembro de 2009 às 17:10
manu

Adorei o encontro!

Na verdade, há tanta coisa a contar,
o sentir na alma e coração a chorar...

Mas eu digo :

"E o fogo destrói e vence,
Por momentos longos
De um caminho funesto,
Não rogues nem chores"...

É uma afirmação de que o "rogar e o chorar" não
traduzem o sentir de uma alma inquieta, desejosa
de continuar, ou de parar.

Continua? Para? Eu me apetece parar!

Obrigada pela sua presença e as suas palavras.
Amei a visita! Agradeço.

beijos,

Mª. Luísa


De Maria João Brito de Sousa a 2 de Novembro de 2009 às 11:36
Ah, eu conto... conto tudo!
Conto dos rios de poemas
Que me percorrem inteira,
Conto da pressa que vou tendo
Porque o meu tempo, por cá,
Não é infinito... e eu quero contar!
:)
Tudo bem contigo, Maria Luísa? Mais um belo poema para te contares... porque dizer que não contas, também é contares-te...
Um grande abraço!


De M.Luísa Adães a 2 de Novembro de 2009 às 12:31
Mª. João

Correcto o que dizes!
Aos poucos e lentamente, conto a minha vida e a
vida dos outros,
"Não Vou Contar" contradiz, este dizer tudo de
mim, de ti, dos outros e dos que me rodeiam.
Muito bom o comentário! Muito bom!

Um abraço,

Mª. Luísa

p.s. tenho falhado com a minha presença, mas notei
a tua falta de tempo, para responderes a quem te escreve.
Mas volto! Ainda não deixei de voltar!




De Maria João Brito de Sousa a 2 de Novembro de 2009 às 14:17
Eu sei, amiga! Eu nunca tenho net durante o fim de semana. Ao Sábado e Domingo não respondo a ninguém... não te preocupes.
Hoje terei de sair mais cedo porque tenho de ir entregar uma encomenda nos CTT, mas amanhã volto, se Deus quiser!
Abraço GDE!


De M.Luísa Adães a 2 de Novembro de 2009 às 14:59
Mª. João

Já se nota que tu, sem poderes, andas numa correria para todos os lados.
Hospital, análises, dentadas que infectam, amigos na net em vários lugares.
Atirar-te para cima mais os meus comentários, os poemas, os comments aos poemas, penso e sinto que é uma blasfémia. E estou evitando o máximo.
Apenas vou passar a comentar o soneto.
E tu, devias ficar com os teus blogs que são muitos
e deixares todas as outras actividades extra blog.

E tratares-te convenientemente, com calma e paz
e isso, não existe na tua vida.

Não quero ser mais uma a obrigar-te a responder ao que escrevo. Agora vou saír, mas mais tarde vou dar mais directrizes, para teu bem, me parece.

beijos e obrigada

Mª. Luísa


De Maria João Brito de Sousa a 3 de Novembro de 2009 às 12:43
Só um segundinho! Já devia estar no almoço! Obrigada por entenderes e um enorme abraço!


De M.Luísa Adães a 3 de Novembro de 2009 às 15:09
Mª. João

Entendo tudo e aceito a enorme amizade que me dão.
O máximo que alguém pode desejar.

UM ABRAÇO GRANDE,

Mª. lUÍSA


De MIGUXA a 2 de Novembro de 2009 às 11:54
Maria Luísa,

Sei que não vais contar
Já que é o mistério que te possibilita reinar
Mas leio em teus versos
Tua infinda capacidade de amar..-

"NÃO VOU CONTAR" - não importa ,ficarei para um dia te ver sonhar!!!

Beijo
Margarida


De M.Luísa Adães a 2 de Novembro de 2009 às 12:23
Miguxa

"Não Vou Contar" e tu defines muito bem, as razões que me levam a não contar.

É o mistério que dá vida, ao fantasma que deixa os
litorais humanos e sente o mundo chorar.

E neste dizer, estou a contradizer, pois estou a
contar, lentamente, a minha vida.

Obrigada por me acompanhares.

Beijo grande,

Maria luísa


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