Imagem Internet/ Salvador Dalí / I feel in my heart
Tu estás no meu sentir
E te desejo ver, te olhar,
Te beijar, te abraçar.
Não sei ser feliz,
Não sei como encontrar
A felicidade.
O Palácio dos meus sonhos
Perdi-o, na espera
De um mundo desencantado.
Como vou encontrar
De novo,
A minha Estrada?
Deambulo por lugares
Sem pouso, no tempo surdo
Como vou regressar?
E parti por mim,
Por ti,
Por eles,
Não tenho de perdoar
Não tenho de ser perdoada
Eu escolhi ser amada.
Meus olhos fixam o silêncio
Transformado em estrada
A minha estrada.
Invisível abriga o meu desejo,
Eu não estou presente
Não respondo, ao desejo do ausente.
Quem está presente
Que se apresente e me diga,
Eu sou o ausente!
Eu não estou perdida
Nem de mim, ou de ti
Mas do mundo – eu estou!
Sinto que os amores
Não se repetem…
Sinto, não ser alegre nem triste
Rompo os elos do Tempo
Sou Poeta!
Aqui deixo meu corpo.
Maria Luísa O. M. Adães
15/ Outubro 2009
Ups sou a primeira.
Olá Luísa como tens passado?
Depois de ler muito bem o que escreveste fiquei apaixonada por esta parte
"
Não tenho de perdoar
Não tenho de ser perdoada
Eu escolhi ser amada."
acho que se enquadra em todos não achas? quem não gosta de ser amada?
Beijinhos e espero por ti. Tudo de bom Luísa
Tibéu
Linda a parte que escolheste :
"Não tenho de perdoar
Não tenho de ser perdoada
Eu escolhi ser amada."
Enquadra tudo! Quem não escolhe ser amada?
Adorei o encontro. Obrigada!
Maria Luísa
De caminhopelasestradas a 15 de Outubro de 2009 às 14:51
E na minha Caminhada te tornei a encontrar, meu amor, das horas lentas e caladas.
O teu poema "Eu Sinto" é de uma beleza que me dá
alento ao meu caminhar.
Possas tu - "ser entendida"...escrever assim, não é
fácil é apenas, diferente do que encontro!
Caminhante
Me estou habituando a encontrar-te no que escrevo
e os teus comentários traduzem grande sensibilidade.
Possas tu continuar no teu caminhar e eu encontrar
a minha estrada
"E lá deixar meu corpo".
Agradeço, a forma gentil como te apresentas!
Maria Luísa
Surpreendeste-me com o teu "Eu Sinto!". É essa a tua estrada, amiga... por onde caminhares será a tua estrada... apenas teremos de dar o nosso melhor ao longo dela, mas é esta a nossa estrada. Somos poetas!
Um grande abraço para ti!
Mª. João
Quando te li senti um arrepio imenso, como se me tivessem dito uma verdade, em que não queria acreditar.
" É esta a nossa estrada. Somos poetas!"
eu digo :
"Aqui deixo o meu corpo"
Obrigada pela luz que me enviaste quando disseste :
"Somos Poetas" e te juntaste a mim!
Um abraço,
Maria Luísa
Eu é que te agradeço por receberes os meus comentários com essa gentileza e entusiasmo!
Para que não fiques preocupada, na segunda feira é o meu dia - mais outro! - de ida obrigatória ao hospital. Não sei a que horas poderei voltar ou se conseguirei publicar alguma coisa. Vai ser demorado porque este médico - de Medicina Interna - nem sequer sabe, ainda, que eu estou com a hepatite e que os outros médicos me mandaram parar com a maioria dos medicamentos, para facilitar a reabilitação hepática. Entretanto o meu colesterol já deve estar nos píncaros e a osteoporose deve ter-se agravado... embora tenha muitas análises já feitas, é possível que ele queira repetir mais algumas.
Nesse dia vou estar completamente "on my own". Não tenho ninguém que vá comigo, desta vez e só espero aguentar-me "nas canetas"... :))
Um grande abraço!
Mª. João
Os comentários que te enviei...adorei enviar!
Estou a ver que a próxima Segunda, vai ser complicada.
Me parece que a hepatite ainda aí está escondida,
ou não escondida.
Tu disfarças com maestria os teus problemas de saúde. Continua, mas trata-te e descansa.
Creio que fazes uma vida muito agitada, para o
momento presente. Tem calma e depois de ires ao hospital, pede ao Centro para mandar a comida e
fica uns dias em casa.
Vou aguardar as melhoras. Beijos,
Mª. Luísa
A felicidade está dentro de nós ... manifesta-se sempre quando menos esperamos e vislumbra-nos quando mais a queremos, de uma maneira ou de outra.
Beijinho grande Luísinha.
Sim, está dentro de nós, mas muitas vezes, só
a reconhecemos, quando a perdemos!
Obrigada, Margui, pelo teu carinho e a tua presença neste poema "Eu Sinto".
Beijos,
Maria luísa
Bem Luísinha temos que agendar aí uma viagem aqui à Serra da Estrela, para um pequeno almoço e tudo o resto ... Que me dizes? Aqui já neva :D
Beijoquinhas grandes e boas ...
Margui
Tu és um encanto de pessoa e o Fred está contigo?
E já neva na Serra? Que coisa linda!
Mas sabes, eu tenho medo da Serra, daqueles caminhos muito estreitos, com longo precípicios ao
lado.
O meu carro não tem correntes e sou sensível a
tudo, até ao medo.
Agradeço do coração, o teu convite de encanto e que bom seria se fosse de helicoptero, como em
São Paulo.
Mas não é! Mas vamos falando sobre o assunto.
Quem sabe?
mas quero que saibas, indo ou não, quanto me agradou o convite e a tua simpatia.
Beijos,
Maria Luísa
Ok. Eu adoro a Serra é linda. Dá uma paz, uma tranquilidade. É uma sensação indescritivel estar lá em cima e ver começar a nevar (até dá um frio'zinho no estômago - é sureal, maravilhoso) ...
Não sabes o que perdes Luisinha.
Sim o Fred anda sempre aqui a saltitar de um lado para o outro e então quando neva cá em baixo fica louco para a brincadeira.
Beijoquinhas grandes.
margui
Eu conheço a Serra e ao declinar teu convite sei o
que perco.
Mas não me falaste no problema da falta de correntes. A vez primeira em que lá estive, é que
descobrimos essa falta. voltei lá mais vezes, mas com neve só no cimo (nave?).
Há alguns anos, deixei de ir. É um espectaculo que
não esquece! Agradeço o convite.
Mas uma pergunta :
tu vives mesmo na Serra ou naquelas terras das
imediações? Gouveia num lado, Seia no outro lado.
Ou mesmo dentro da Serra? Explica melhor, para eu
conseguir localizar na memória.
E locais para pernoitar? Há perto do local que habitas? Como é? Eu em Portugal ,não tenho helicóptero e vou de carro. Podes explicar? Beijos
para o Fred e para ti.
Com amizade, agradeço
Mª. Luísa
De
Fá a 15 de Outubro de 2009 às 18:26
Belo sentir este. Apesar de aqui dizeres que não é alegre nem triste, eu leio nele, tristeza e desilusão.
Beijinhos.
Fá
"Sinto não ser alegre nem triste
Sou poeta!
Aqui deixo o meu corpo."
Mas tu sentes, tristeza e desilusão...
E isso contraria, ou não, o que escrevo
acima?
Não contraria!... Aceito, a tua forma de sentir!
Obrigada e beijos,
Maria Luísa
Olá amiga Luísa
que lindo este teu poema
com é formidável este teu sentir
não sei ser feliz se não te encontrar
por isso me dirijo ao palácio dos sonhos para sonhar
e nova estrada encontrar
aqui falou poetisa
Luísa Adães
obrigado
doce beijinho
sonhosolitario
sonhosolitario
Agradeço os teus versos, em homenagem aos meus
versos.
" O Palácio dos meus sonhos
Perdi-o, na espera
De um mundo desencantado."
E a estrada é só uma! Um beijo terno, sonho solitario.
Obrigada!
Maria luísa
A este seu poema não vou tecer comentários porque acho que tudo o que escreveu foi suficientemente expressivo para falar por si.
Gostei muito :)
cuidandodemim
Eu também nada vou dizer - já disse tudo, por agora, mas agradeço a sua presença amiga, em
mais um poema
Beijos e obrigada,
Maria Luísa
De
maripossa a 16 de Outubro de 2009 às 00:04
Maria Luísa. Como sempre as palavras que ficam no coração, a todos que amam e sonham.
Beijinho de amizade e bfs Lisa
maripossa
Possam as minhas palavras aflorar ou ficar, nos
corações mais sensíveis, como o teu.
Obrigada,
Beijos amigos,
Maria Luísa
De
rosafogo a 16 de Outubro de 2009 às 00:56
És Poeta, uma grande Poeta, tens uma grande sensibilidade, que transmites nas palavras partilhadas. Este poema é mesmo do meu gosto,
falas de tudo o que faz parte também do meu caminho ou seja, sonhos, silêncio, desejo de ser amada, tudo isto faz parte duma estrada a nossa.
Nem sempre fácil, mas um dia sorrindo, outro com mágoa vai-se levando.
Sabes o que penso? Que ser poeta é ser-se um pouco
triste, nostálgico, a nostalgia abunda nos poemas,
sempre que leio e agora reli Miguel Torga, achei
nele tristeza, creio que todos são um pouco assim.
Amiga já li também o »ESQUECER», não te sei dizer de qual mais gosto, são os dois preciosos.
beijinho, desejo que estejas bem
natália
rosafogo
Já tinha dado pela tua ausência e me parece, ter escrito há pouco tempo no teu blogs. Não esqueço!
Agradeço gostares do que escrevo.
E tens razão, os
poetas são nostálgicos, divididos em pedaços espalhados pelas esquinas do tempo. Uns dançam no ar, outros perdem-se no chão e são controversos
e sentem que têm imaginaçao...
Mas tudo é Memória!
Beijos e obrigada,
Maria Luísa
Só os verdadeiros poetas falam assim!
Lindo amiga, não é alegre nem triste mas é poeta e isso é o que importa.
Um abraço grande de Viana do Castelo.
Casimiro Costa
Casimiro
Agradeço a tua presença e as tuas palavras.
Um abraço de lisboa,
Maria Luísa
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