Imagem Internet / Salvador Dalí/ Gala / To forget!
Tu podes esquecer
Não escrever meu nome
Não olhares o meu perfil.
Eu não posso esquecer
Dizer o que imagino,
Mas nenhum mortal
Me pode prender!
Não me afundo
No mar revolto a meus pés,
Não me deixo afundar
E se o fizer…
Não sou eu!
Eu amo tudo
Este, aquele e o outro
Abraço todos
E vou, porque quero
Onde o insano predomina
E manda
E mata
E tira tudo…
O bom, o belo,
A riqueza, a grandeza
E dá a dor
A quem implora
A bênção dos que passam
Sem o calor do amor
E a boca é apenas,
Um instrumento de
Segredo.
- Mas são humanos!
Eles dizem que são…
Mas tu não te juntes a eles,
Não esqueças
Espera, sossega
Olha o espelho
E agora me vês?
Lembras meu perfil,
Meus beijos, meu amor
O som da minha vida
Sem um suspiro de dúvida
Ao meu nascer em ti?
Lembras ou esqueces?
Se esqueces,
Não temos mais despedidas!
Maria Luísa O. M. Adães
10 Outubro 2009
Para quem escolhe nos esquecer não haverá mais despedidas, porque não haverá mais encontros. Tem de ser assim, para nosso bem...
Bjns
cuidandodemim
Bela análise! Correcto o que dizes :
"Para quem nos esquece, não há despedidas, pois as
despedidas vêm num encontro e não há mais
encontros"...
E isto, como tu dizes, apenas transcrevo
o teu dizer...E não necessito de mais!
Obrigada.
Beijos,
Maria Luísa
De
manu a 11 de Outubro de 2009 às 18:41
Olá Maria Luisa!
Um esquecimento propositado
uma falta de lembrança fugaz
o renegar de um tempo passado
ou a falta que a memória faz
Quantas vezes nos esquecemos que nos gestos mais simples estão as atitudes maiores e mais louváveis. Beijos.
Manu
Belo o que escreves.
Agradeço sempre quando alguém, me responde em
verso.
Considero uma " Homenagem ao Poema e a mim que
sou ele".
Acredito que na simplicidade profunda do dizer,
se encontra a beleza, o amor, a estabelidade num
" Mundo em desiquilibrio" .
Análise muito boa! Agradeço a amizade e sinceridade.
beijos,
Maria Luísa
De
Noah a 11 de Outubro de 2009 às 20:46
Querida amiga Maria Luísa,
Tenho estado ausente, porque a faculdade, começou.. Tenho estado um pouco sem vida para mim, para puder analisar os teus textos de forma tão intensa . A minha cabeça está cheia de remorsos de tudo e mais alguma.
Contudo, o teu poema, simplesmente dás a ideia demonstrando o teu escudo perante aquilo que te rodeia, não escondo a minha alegria exibe-se, porque soube de és bastante segura e fria perante a beleza exterior do sentimento.
Nunca me irei despedir de ti, pelo nascer do sol..
Noah
Noah
Não tens de te penalisar. Não apareces, por vezes
(não são muitas) pois o tempo te falta. Natural!
Procuro ter um escudo (muito frágil) perante o mundo que se me depara, a cada passo que dou.
E a minha pretensa frieza, liga-se ao exterior do sentimento, nunca ao interior!
Mas te digo, para viver e ser feliz, é necessária
"frieza exterior e interior", doutra forma é difícil,
sobreviver, sem caír cortada aos pedaços pelo
interior, pois ele é demasiado frágil, para o que
meu rodeia e se traduz, no passar da contagem do
Tempo.
Adorei teu comentário e tua Presença.
Obrigada e beijos,
Maria Luísa
Que poema maravilhoso, sem bem como todos os outros teus poemas que tenho lido e que me encantam verdadeiramente.
Beijinho grande Luísinha ...
Tenho mais um miminho no meu Blog para ti, quando quiseres vai lá buscá-lo.
Abracinho bom.
Marguitonta
És uma pessoa sensível e simpática! Gosto de ti!
Gostei de te encontrar e saber que gostaste do
poema "Esquecer".
É um poema cheio de símbolismo e de verdades
ocultas.
Gostei de o escrever e os amigos, incluindo
tu, têm gostado de o ler.
Vou buscar o teu miminho, o coloco no Prémios
onde tenho o teu nome. Uma amiga, me tem enviado prémios e pede para colocar em
MarguiTonta. Assim o faço!
Beijos e obrigada,
Mª. Luísa
De
Fá a 12 de Outubro de 2009 às 11:13
Belo poema Maria Luisa. Sem dúvida que a vida é feita de encontros e desencontros, lembranças e esquecimentos. Mas desencontro nem sempre implica esquecimento.
Beijinho e boa semana
Fá
Agradeço te encontrar. Simpático teu gesto!
"Esquecer"
para mim, sentimento difícil, "O Esquecer"...
Tantas coisas que devia Esquecer e não esqueço!
Tantas pessoas que necessitava Esquecer, para
meu conforto e não esqueço!
Tantos factos numa lembrança constante que
devia Esquecer e não esqueço!
E há sempre uma luta entre o Esquecer e o Lembrar
Mas lembrar, mesmo sem despedidas, não ajudam
a "Esquecer"!
Gostei do teu comentário. Agradeço tua Presença.
beijos,
Mª. Luísa
De
Fá a 12 de Outubro de 2009 às 11:36
De uma forma suncinta eu quis dizer isso mesmo. Esquececimento nem sempre está relacionada com desencontro.
E a luta entre o lembrar e o esquecer, é uma luta desigual, que à partida nunca poderemos ganhar.
Podemos, isso sim, "adornar" as nossas lembranças, de forma a que essa luta não nos machuque muito.
Beijinhos e obrigada
Por caminhos diferentes ou quase iguais, chegamos
ao mesmo ponto de encontro.
Apenas um reparo pessoal :
há Lembranças que não posso "adornar", são demasiado difíceis - e não posso "Esquecer"!
E gostava, era urgente "Esquecer"! Muito Urgente!
- mas é impossível, muito menos "adornar" para lhes dar
outro aspecto - são demasiado terríveis, sem exagero de poeta ...
Obrigada!
Beijos,
Maria Luísa
Gala! Aquela que assumiu a "loucura" de Dali, segundo ele próprio afirma. Aquela que o redimiu... um amor de "tudo ou nada" que tu transportaste para cada verso do teu poema tal como Dali retratou Gala em cada pincelada dessa tela...
Um grande abraço, minha amiga!
Mª. João
Lindo o teu comentário.
Ligaste o Poema à Imagem e os comparaste.
Foste única, ao fazer a ligação de um amor de "tudo ou nada" e de reparares que a imagem foi
escolhida, por isso mesmo. Ninguém notou ou falou
nessa imagem "de um grande amor - Gala".
Quando ela morreu em Port Lligat em 1982, deixou
Dalí numa profunda depressão que o levou, a uma
tentativa de suicidio, tomando um coquetel de
medicamentos não prescritos e lhe danificou o sistema nervoso. Veio a doença de Parkinson aos
76 anos. Em Janeiro de 89 morre em Figueres com
84 anos. Ele queria morrer quando esse amor de "loucura" o abandonou e de certa forma, morreu!
Como vês, eu pobre poeta, fui buscar o amor do Mestre, para o meu poema. Não fui humilde!
Obrigada por entenderes, como se lesses pensamentos e sentisses, sentimentos.
Lindo! Parabéns.
Maria Luísa
De
Maria a 12 de Outubro de 2009 às 19:43
Luisa lindo este poema! Beijinho.
Maria
Obrigada pela tua visita a este recanto, onde se
pretende "escrever poesia" que toque a todos,
quantos gostam.
Gostei da tua presença e ainda mais, por gostares do poema e o achares "lindo".
beijos,
Maria Luísa
olá Mª Luisa
uma vida de mar
rumo ao horizonte
um jeito de amar
uma vida a monte
uma vida intensa
uma fonte imensa
um desejo de poder
muito maior que o ser
adorei o poema... :)
um abraço
Luis
Luís
Tu adoraste o poema ... Te agradeço!
Eu adorei tua forma de dizer, nesses pequenos grandes versos, de Homenagem ao que escrevo.
Foi muito bom encontrar-te!
Com ternura,
Maria Luísa
De Te Espero a 13 de Outubro de 2009 às 11:21
Lindo poema!
Lembras ou esqueces?
E agora me vês?
Quanto simbolismo, em Verdades Eternas...
Te Espero
Certo, verdade, quanto simbolismo e "Verdades Eternas".
Mas a vida é isto, para mim!...
obrigada,
Maria Luísa
De
Maria a 13 de Outubro de 2009 às 17:40
Há noticias do Fisga. Bjs
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