Quinta-feira, 1 de Outubro de 2009

É MAIS FÁCIL!

 

 

 Imagem Internet/ Salvador Dalí/  Mecum omnes plangitel! 

 

É mais fácil ouvir as estrelas
Senti-las passar,
Do que entender a terra
E alcançar meu sonhar.
 
É mais fácil amar-te,
Do que te repudiar.
 
É mais fácil falar do amor,
Do que viver esse amor.
 
É mais fácil sentir a maresia do mar,
Do que olhar ao longe
O barco que parte,
Chamando por mim.
 
É mais fácil dizer que te amo,
Do que te amar.
 
É mais fácil, meu coração parar,
Do que o tempo a contar.
 
É mais fácil te reconhecer na multidão,
Do que olhares meus olhos, na escuridão.
 
É mais fácil aceitar
Brilhar com teu amor,
A escrever temas abstractos.
 
É mais fácil subir,
Escadas de pedra
Do que entrar no meu Palácio.
 
É mais fácil caminhar
Nas ondas do mar,
Atravessar desertos
Olhar ao longe
E nada vislumbrar,
Nada escrever,
Nada contar,
Nada dizer.
 
É mais fácil
Do que Viver!...
 
E escolhi o mais Difícil…
 
Maria Luísa O. M. Adães
publicado por M.Luísa Adães às 11:59
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62 comentários:
De Maria João Brito de Sousa a 1 de Outubro de 2009 às 12:31
Que pena estar quase na hora de perder o acesso... este poema pede mais leituras. Serás o sujeito poético deste poema? Por vezes penso poder distinguir isso num poema, mas nem sempre acerto...
de qualquer forma é um poema de alguma forma paralelo ao meu soneto de hoje. É estranho. O meu soneto de hoje foi "escrito" enquanto vinha para o CJO... fui-o "escrevendo" nessa parte da memória que vai funcionando e depois teclei-o directamente no computador. Tentarei voltar para o reler. Hoje é o dia da festa do Centro Paroquial e não vou ter muito tempo livre online. Talvez não tenha mesmo nenhum... tentarei!
Um grande abraço!


De M.Luísa Adães a 1 de Outubro de 2009 às 12:40
Lê de novo, amanhã, depois, quando calhar.

modifiquei a parte final,

"Escolhi o mais Difícil" !...

Sou eu a personagem principal e única!

Obrigada,

Maria luísa


De Maria João Brito de Sousa a 1 de Outubro de 2009 às 14:18
Bem me pareceu que eras mesmo o sujeito poético! Exerceste o teu direito de livre-arbítrio e mudaste-lhe o final... ainda bem!
Estou aqui no Centro Paroquial, muito atenta para não perder nada da festa... se calhar ainda tenho de ir amanhã ao centro de saúde... o braço esquerdo tem um arranhão feito pelo Spirit enquanto brigava com os outros... tudo bem até ontem, mas hoje apareceram os primeiros sinais de infecção... uma mancha violácea e um inchaço em torno do local do ferimento. O pior é que não sei se posso tomar antibiótico estando, ainda, com a hepatite... anti-inflamatórios sei eu que não posso tomar, devido a estar anti-coagulada...
Caramba! Eu ando tão aborrecida! Chego aos blogs e ponho-me a falar de maleitas e arranhões... :)) muito me aturam vocês!
O teu poema é muito belo e muito bela a mensagem de livre arbitrio que nos deixa... e eu fiquei metade do comentário a falar de um arranhão! Desculpa-me!
Um abraço GDE!


De M.Luísa Adães a 1 de Outubro de 2009 às 14:54
Agradeço,

considerares o meu poema muito belo e eu poder usar do meu livre arbítrio. Vou deixar como está, não
vou contactar ninguém.
Quem se interessar escreve, quem não se interessar não escreve!
Hoje não estou famosa, não sei o porquê.

Não te aflijas com o fisga, ele hoje contactou-me
pela netlog a convidar-me como amiga.
Não respondo, até porque não fui eu a candidatar-me à Netlog, mas sim um parente meu que colocou
meus dados como lhe apeteceu, até na idade errou.

Tenho 57 anos e ele diz que tenho 60 ou 61, mas nada disso conta, muito menos a idade.
Isto é uma coscuvilhice dramática e nada tem a haver comigo e eu não respondo à netblog.

Tenho o Sapo e o google, onde escrevo algumas coisas (no google) e não quero e repudio tudo o mais
que me apareça.

os meus amigos do sapo podem ir ao google "à Netlog
nunca, não fui eu que a abri." E quem me quiser contactar como amigo venha ao Sapo ou, eventualmente ao google, "à netlog nunca!"

Não foi aberto por mim e tem montes de erros, acerca de mim. Basta! Venham ao Sapo onde na realidade estou presente, o resto é mentira.
Depois falo contigo: Agora não!


Mª. Luísa







De Maria João Brito de Sousa a 1 de Outubro de 2009 às 16:33
Espero que já estejas um pouco mais animada! O Fisga também me contactou através da Netlog. Já não estou preocupada. Como foi isso de abrirem uma conta por ti? Vai lá e muda os dados que estiverem errados! Eu tenho uma conta aberta, mas só lá dou um pulinho muito de vez em quando, para responder a alguém que me envia um email. Já nem me lembrava de ter posto lá uma foto...
A festa do centro Paroquial vai abrir com uma Missa. Gostaria de ajudar nas preparações, mas eu sou muito atarantada nestas coisas e acabo por atrapalhar mais do que ajudo... se houver oportunidade, digo um ou dois dos meus sonetos, no final.
Espero, mesmo, que já estejas bem! Abraço!


De M.Luísa Adães a 1 de Outubro de 2009 às 16:52
Sim estou bem!

Mas ainda não deste opinião sobre o poema1 Mas

neste instante parece-me bom.

Essa da netlogs não quero dizer o que penso. Mas
é pouco inteligível.

Quanto a retirar-me, não sei como fazer. Nunca
escrevi nada e não tenciono escrever.
A net não é para mim um jogo, muito menos uma
charada.

A minha vida, não é andar a saltar de um lado para outro. Que falta de imaginação!

Continuo à espera que o poema te chame a atenção.

Mª. Luísa


De Maria João Brito de Sousa a 6 de Outubro de 2009 às 15:49
Cá estou, conforme o prometido, Maria Luísa. Para além da beleza a que já nos habituaste, impondo subtilmente a tua forma de ser e estar, agradou-me, especialmente, o final, pelo contraste. Ele - o poema - cresce num ritmo quase constante, descritivo da tua sensibilidade e acaba de forma um tanto inesperada, com a escolha do mais difícil. Sabes que é lindíssimo...
Um grande abraço para ti!


De M.Luísa Adães a 6 de Outubro de 2009 às 17:49
Obrigada pelo teu comentário.

A tua visão poética, me faz falta em tudo quanto
escrevo.

Não sei se sou boa a escrever, não tenho a certeza.

Não sei qual o meu papel neste Teatro da Vida que é

o pequeno recanto em que escrevo. Não sei!

Adorei o que escreveste e pergunto:

Onde está o inesperado ao escolher o Difícil?

Sabes que vacilei...e fiquei esperando por mim, para
fazer a escolha e a razão é que... "viver é o mais Difícil e eu escolhi, "Viver ao nascer"! Entendes?

É que tudo o resto - É mais Fácil!...

Obrigada pelo elogio, não sei se mereço, se o fazes por seres minha amiga. Preciso de certezas, para
continuar!

Maria Luísa


De Maria João Brito de Sousa a 13 de Outubro de 2009 às 16:27
Mais um comment que só agora li! Desculpa!
Todos nós necessitamos de uma mão amiga em determinados períodos da nossa vida... nós, os poetas, sempre soubemos dá-la aos nossos companheiros. Conta sempre comigo!


De M.Luísa Adães a 13 de Outubro de 2009 às 16:36
Mª. João

Obrigada pela "mão amiga".

beijos,

Maria Luísa


De caminhoporestradas a 1 de Outubro de 2009 às 15:29

Belo o poema que acabaste de publicar.

Eu entendo e estou contigo!

Não estás só - como pensas!

caminhoporestradas


De M.Luísa Adães a 1 de Outubro de 2009 às 15:32

Agradeço tua presença e tuas palavras!

Maria Luísa


De jangadadecanela a 1 de Outubro de 2009 às 16:52
olá Luisa

o mais dificil foi na escolha
tomar tal decisão
a alma não se arrepende
se usaste o coração

tens a vida na mão
suspensa na dor
não peças por isso perdão
assim é o verdadeiro amor

gostei muito do poema, parabéns

um abraço
Luís



De M.Luísa Adães a 1 de Outubro de 2009 às 17:03
Gostaste do poema

e eu gostei do comentário!

Tenho a noção do que escolhi,

não tenho de pedir perdão

e tenho de aceitar,

a forma como a vida me tratar.

Beijos e obrigada.

Maria luísa


De jangadadecanela a 1 de Outubro de 2009 às 17:20
... e a vida não é senão aceitação...

:)

um abraço
Luis


De M.Luísa Adães a 1 de Outubro de 2009 às 18:38
Luís

Todo o nosso ser, toda a nossa vida, é unidade,

firmeza, claridade, pureza e verdade.

Com esta impressão de força adquirida pelos revezes da vida, nos dá a aceitação .

...É aceitação...

Agradeço a análise correcta ao poema. Obrigada.
Gostei muito!

Maria luísa


De cuidandodemim a 1 de Outubro de 2009 às 18:39
Olá Maria Luísa,
Algumas pessoas optam pelos caminhos mais fáceis na vida, mas alegra-te por seres das que opta pelo caminho mais difícil. Parabéns por isso!
Bjns


De M.Luísa Adães a 1 de Outubro de 2009 às 19:06
cuidandodemim

Sempre atenta, ao mais pequeno pormenor. ..

Já alguém lhe disse isto? E eu digo:

"avistamos uns longes eternos, cujas luzes refluem para o tempo presente. Brilham e resplandecem nossas palavras ... que não são nossas, mas do Eterno!

Obrigada,

Maria Luísa


De cuidandodemim a 1 de Outubro de 2009 às 19:41
Não, acho que nunca me tinham dito isso, que me lembre... Mas é um bom elogio, obrigada


De M.Luísa Adães a 3 de Outubro de 2009 às 10:44
cuidandodemim

Nunca é tarde para alguém dizer o que digo - um

dia tinha de acontecer e fui eu, podia ser outra pessoa, mas fui eu e é verdade!

Analisei e descobri que não lhe escapa o pormenor!
"Não é fácil - também é difícil"...

Beijos e reconheça quem é e o que significa para
os outros!

Maria Luísa


De maripossa a 1 de Outubro de 2009 às 22:00
Maria Luísa.
Gosto de aqui vir e de ti igual, os poemas sempre em torno dos sentimentos, ao qual eu preso bastante,estes aqui são de um amor de verdade e muito teu. As fotos sempre do mestre Dali)
Beijinho no teu ser Lisa


De M.Luísa Adães a 3 de Outubro de 2009 às 10:34
Querida Maripossa

Quanto eu gosto de te encontrar, quanto me delicia
essa forma de comentar.

Obrigada por gostares, dos sentimentos que eu
pretendo introduzir em tudo que escrevo e Dalí
no cimo, fala de simbolismo, surrealismo, de figuras
abstractas, oníricas, bizarras, a acompanhar o
poema, como se de música se tratasse.
Agradeço o teu reparo ao Mestre.

Beijos e volta sempre,

Maria Luísa


De noitesemfim a 2 de Outubro de 2009 às 00:34
Olá minha Amiga apraz-me dizer-te que:
Tu nunca estarás só"

Gostei do poema (mais uma vez)


De M.Luísa Adães a 3 de Outubro de 2009 às 10:25
noitesemfim

Agradeço o presságio que me fazes; é um bom
presságio...do que temos mais medo? " A Solidão ".

E tu afirmas "nunca estarás só"!

Respondes aos medos de todos nós!

Adorei encontrar-te e ao teu comentário, muito bom! Possa o que dizes se concretizar, ao longo da minha vida, curta ou longa...

Beijos e volta sempre - gosto de ti!

Maria Luísa


De Alzira Macedo a 2 de Outubro de 2009 às 11:15
Olá Maria Luisa...

Peço desculpa pelo meu atraso na visita ao teu bloge...
Mas vou te contar uma realidade...
O teu blogue é o que mais tempo me leva, e sabes porquê?
Porque tudo quanto escreves eu leio e releio analiso e analiso, para melhor entender...
Gosto de comentar sim, mas gosto de falar a mesma lingua, perceber o porquê...
Em frases simples e verdadeiras do nosso dia a dia, consegues colocar o abstracto que nos faz reler para aprofundar esse teu pensar
e tua forma de escrever...
Escolheste um tema muito importante!!!
Facil ou dificil ?
Já alguem um dia disse...
"E facil apagar as pegadas: dificil, porem,
è caminhar sem pisar o chao."

Tu amiga consegues fazer do dificil o mais facil e isso nao é para todos....
Um beijo com muito carinho e amizade


De M.Luísa Adães a 3 de Outubro de 2009 às 10:17
Alzira

"Não há culpas...não tens de pedir desculpas"!

Este teu comentário, tão a meu jeito, é de encantar, está muito belo, real e corresponde ao
que pretendo dizer.

Verdade, "colocar, de forma aparentemente simples, o abstracto, a aprofundar a minha forma
de escrever e de pensar"...
E escolho o difícil para "ser eu a escolher e não ele a
mim".
Tarde ou cedo caía-lhe nas mãos, assim entrego-me
por vontade própria e como sou eu a escolher, "faço
do difícil o mais fácil"...

Uma análise perfeita, comovedora, justa e inteligente.

Adorei e o meu marido leu o teu comentário e ficou
estupefacto, com a beleza do mesmo.

Obrigada, aparece sempre, tu aprendes comigo, eu aprendo contigo e nos ligamos, através dos poemas.

beijos,

Maria Luísa



De a 2 de Outubro de 2009 às 17:37
Raramente, escolhemos o caminho dificil. Tem pedras e curvas e buracos e precipicios... No entanto quem o escolhe e chega ao fim desse caminho é, sem dúvida muito mais feliz que os outros.
Belo poema...belissima imagem do mestre.
Beijinhos e bom fim de semana


De M.Luísa Adães a 3 de Outubro de 2009 às 10:01
Fá (Bó Fá)

Sim, o caminho mais difícil, raramente é escolhido,
mas ele vem sem o pedirmos e se fugimos, ele corre mais do que nós e apanha-nos.

Assim eu optei, por minha vontade, o mais difícil e ele tem-se vingado, não agradeceu. Tem sido duro,
mas eu o escolhi, não tenho de protestar, apenas aceitar.
Obrigada por gostares e o Mestre Dalí, no cimo, a falar dos seus simbolismos e surrealismos e suas
cores de encantar!

Adorei encontrar-te!

Beijos,

Maria luísa


De caminhopelasestradas a 3 de Outubro de 2009 às 12:37
Regresse no meu caminhar sem cessar e a tornei
a encontrar.

Amo o que escreve!

Com amizade,

caminhante


De M.Luísa Adães a 3 de Outubro de 2009 às 12:41
Caminhante

Agradeço o seu regresso!

Mª. Luísa


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