Domingo, 6 de Setembro de 2009

PERDI...

 

 

 

 
Lutei e perdi
A minha luta
E tão bom seria ganhar
Essa luta.
 
O mundo não ajudou
E perdi…
Por falta de amor
Ao que vi.
 
E regressei
De mãos vazias,
Alma partida.
 
Amei sem dúvida,
Mas perdi…
 
A vida é cheia de renúncias
E eu mais que ninguém,
Conheço e reconheço
Essa renúncia.
 
Uma vida inteira
A lutar,
Uma vida inteira
A perder.
 
Mas me parece
Que a minha luta
Vai continuar
E eu vou perguntar
Sempre,
Porque perdi?
 
E porquê perguntar?
 
Continuo a acreditar
Em mim,
 
Sempre em mim!
 
E na minha
Forma de lutar.
 
Maria Luísa O. M. Adães
 
Em resposta
Ao Poema, "Abandonados"
publicado por M.Luísa Adães às 09:57
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47 comentários:
De ♥ Flor Cintilante ♥ a 6 de Setembro de 2009 às 11:35
Mª Luísa

nunca perdemos,
aprendemos sempre alguma coisa
com a luta que temos
ou tivemos,
lutar é viver
e vive-se aprendendo
e aprende-se vivendo.
Dói
magoa
mas sempre ganhamos algo
com a nossa luta
com a nossa dor
nem que seja
aprender-mos a viver
com essa luta
com essa dor,
és uma mulher de luta
um ser maravilhoso
e sensivel
não preciso conhecer
um rosto para saber
o seu interior
e tu interiormente
és linda minha amiga

beijinho cintilante***abraçado


De M.Luísa Adães a 6 de Setembro de 2009 às 12:14
Linda Flor cintilante

Encheste de luzes de várias cores - sete luzes -

o meu perder que não foi perder
segundo o teu entender
e te dou razão
e te quero muito,
por seres como és
e vires ao meu encontro
Coberta de amor e de Fé
E luz cintilante!

Obrigada pelas lindas palavras que me dás e pela
tua presença que eu adoro!

Beijos,

Maria Luísa


De ♥ Flor Cintilante ♥ a 6 de Setembro de 2009 às 12:28
De pele totalmente arrepiada
ao ler a tua resposta em mim
simplesmente te deixo um cintilante***


De M.Luísa Adães a 6 de Setembro de 2009 às 12:39
Mil cores,

Grata te estou amiga.

Recebo teu comments e beijo cintilante
com ternura e congratulo tua sensibilidade!

da amiga,

Maria Luísa


De Katerina K. a 6 de Setembro de 2009 às 12:36
Mais uma vez, um belíssimo poema.
Hoje, abstenho-me de mais comentários. A perfeição não pode ser medida.

Beijinho flautístico,
J.F.


De M.Luísa Adães a 6 de Setembro de 2009 às 13:26
Flautista

Obrigada pela tua presença e o teu comentário.

Quando dizes : ) "A perfeição não pode ser medida"

me deixa, extremamente, sensibilizada. Obrigada!

Com ternura,

Maria luísa


De Katerina K. a 6 de Setembro de 2009 às 13:28
Deixo aqui uma vénia. E um de nada.
Já postei o sétimo capítulo. Quando quiseres, podes passar pelos Rascunhos e ler.

Beijinho flautístico,
J.F.


De M.Luísa Adães a 6 de Setembro de 2009 às 15:39
Flautista

Agradeço a vénia e me inclino em agradecimento.

Beijos e obrigada pela informação.

Maria Luísa


De Palavras e não só... a 6 de Setembro de 2009 às 13:19

Não perdeu!

Perderam e muito, os que indiferentes passaram e
não ajudaram.

Esses foram os "perdidos"!

A eles eu chamo "LOST"... e com o tempo ,
desaparecem mesmo.

A Senhora Ganhou! Parabéns!

Palavras e não só...


De jpcfilho a 6 de Setembro de 2009 às 17:11
Olá Maria Luísa, a tua luta não perdeste, ao regressar tiveste a alma partida, mas ganhaste a vida, e as mãos em conchas cheias de versos, por isso continuas a acreditar em teus poemas abandonados...
lindos versos
beijos
João Costa Filho


De M.Luísa Adães a 6 de Setembro de 2009 às 17:37
joão

Lindas palavras de incentivo ao que escrevo.
Não sei se sou poeta! Para alguns sou poeta, para mim, sou poeta, para outros não sou nada.

Mas a minha luta eu perdi...

O mundo não ajudou

E eu sofri de dor.

Apanhei as conchas que encontrei na areia da praia
e ao chegar à minha casa abri as mãos e estava
escrito nas conchas "Perdi" e fiz uns versos daí.

Sabes como sou,
alguém mais sabe?
não sei
e isso conta?
não sei,

mas conta, a minha forma de dizer.
Senti a tua falta
E todos os dias
sentia a tua falta
E não voltavas
ao meu caminho.

pensei perder-te
e não gostei

Fica mais tempo,
por mim!

Beijos e obrigada,

Mª. Luísa


De TiBéu ( Isa) a 7 de Setembro de 2009 às 00:27
Bem Maria Luisa aqui estou eu.... li reli e voltei a ler o tteu poema. Perder..... por vezes perdemos para ganhar e possivelmente foi o teu caso,
"Uma vida inteira
A lutar,
Uma vida inteira
A perder."
Nada disso, não será uma vida inteira a perder. Verás que não. Força e ganha, ganha muito porque és uma pessoa linda com coração grande. bj


De M.Luísa Adães a 7 de Setembro de 2009 às 11:08
Olá Tibéu, como vais? Que grande ausência e eu
sempre, a esperar por ti.

Agradeço a tua presença, sempre desejada.
"Perdi"
é a resposta aos versos abaixo ,
"Abandonados"...

No sábado encontrei-os no Portinho da Arrábida,
lugar onde vou desde criança, muito pequena mesmo e foi em tempos local de encontros de familia e amigos.
Uns morreram, outros saíram do País, outros de
Setúbal...
Eu fiquei no Verão, mas não tenho lá casa (tive, mas de uma Tia que faleceu) e a casa foi-se.

Aí, eu conheço os hábitos e a loucura do abandono de animais, cada vez maior e nada se faz.
Eu coloquei na Net, poetaporkdeusker colocou no
blogs dela, mas eles lá continuam.
Encontrei-os no Sábado, levei comida e água, mas
sei que perdi esta batalha.
Obrigada pelas tuas palavras de incentivo, à minha
força.
Lindo o teu comentário. Adorei!

beijos,

Mª. Luísa


De Just Moments a 7 de Setembro de 2009 às 02:36
Olá!

:.tarde mas cheguei!!
Não creio que seja uma questão de ganhar ou perder..sim de lutar sempre!!
E questionar..só o pobre de espírito não o faz!!

E que continues sempre a creditar em Ti..e apesar de Tudo na Humanidade que ainda abandona seres vivos!!

Beijinhos e uma noite feliz


De M.Luísa Adães a 7 de Setembro de 2009 às 10:56
Just

Nunca chegas tarde, mas eu desejo a tua presença
cedo. culpa minha!

Obrigada pelo incentivo, mas, peço desculpa...
acreditar na Humanidade? Gosto muito de ti, mas
esse gosto não te posso dar! Não acredito! Apenas
nalgumas pessoas, como tu e outras, mas a maioria
não tem coração.

Beijos,

Mª. Luísa


De *FreeStyle* a 7 de Setembro de 2009 às 05:45
Olá Ma Luisa..

O seu comentario no meu blog deixou-me preocupado, ~já tinha vindo ver o post, mas nao tinha ainda comentado e agora entendo o comentario.

Minha amiga, não perdeu nada!!!
Há quem veja tdo o que se passa na terra e mais tarde ou mais cedo....sabe-se.

De qq maneira, se acha que perdeu, pense que perdeu apenas uma batalha, não a guerra e, lute, continue a lutar, nunca devemos baixar os braços.


Bêjuuuuuuuu


De M.Luísa Adães a 7 de Setembro de 2009 às 10:51
Free

Já respondi ao tratar por tu.

Agradeço a tua presença, como sempre e a força que demonstras à chamada vida que tanto se ri de nós.

Continuo a lutar, contra os corações de pedra que
encontro, a cada passo que dou, na minha jornada.
Obrigada pelo incentivo.
E deixa de me tratar por "você", como os brasileiros
meus amigos de São paulo.

Volta sempre!

Beijos,

Maria Luísa


De Anonimo a 7 de Setembro de 2009 às 11:15
Maria Luísa

Não perdeu! Os que os abandonaram, esses sim,
perderam - humanidade e o respeito humano -
Um dia, cedo ou tarde, vão entender - é uma
garantia!

Entretanto o problema, não toca corações desumanizados.
Não tenho esperanças, lamento!

Mas lhe dou os parabéns. Venceu!

A.


De Maria João Brito de Sousa a 7 de Setembro de 2009 às 15:03
Eu sei que é terrível essa sensação de impotência que sentimos perante situações como essa, amiga. Mas não perdemos. Fizemos o que podíamos, não nos limitámos a passar e calar... perdem todos os que são capazes de abandonar os seus melhores amigos. Esses terão perdido, não tu!
Um grande abraço!


De M.Luísa Adães a 7 de Setembro de 2009 às 16:13
Mª. João

Sábado estive no Portinho Arrábida, levei comida e água.
Eles estavam na praia deitados nas pedras ao pé do mar.
Mudaram de lugar; já não se aproximam das pessoas com medo.
A cadelinha dos filhotes, vai ter muitos, ela está muito larga e pesada.
Esteve sentada muito perto de mim, o tempo todo.
já tinha comido!
Eu vim embora; havia umas 4 pessoas condoídas, o
resto caminhava e nem neles reparavam.Os habitantes das poucas casas existentes (cerca de 12) permanecem nas suas vidas como se nada
acontecesse. São os que têm mais possibilidades,
pois têm casa lá - nada fazem!

Num país com esta taxa de desumanidade, não há
a quem falar (metem-se em casa como bichos) e
são bichos selvagens.

Deixei as coisas e vim embora, talvez possa regressar sábado, mas não sei, sou dependente.

Eu considero que "Perdi..." num caso já perdido.
mas acredito em ti e na tua opinião. Dá-me conforto

Sabes alguma coisa do Fisga e da Rosafogo?
Desapareceram!

beijos da,

Mª. Luísa


De Maria João Brito de Sousa a 9 de Setembro de 2009 às 16:32
Desculpa o atraso, amiga. Continuo sem saber nada do Fisga, mas a Rosafogo já veio comentar no Poeta. Também lhe perguntei por ele, mas ainda me não respondeu. Esperemos que ele tenha resolvido prolongar um pouco as suas mini-férias.
Não sei que mais te diga em relação a esses pobres animais. Eu sei que há instituições que recolhem animais de rua em condições de grande risco, como é o caso. Hoje e amanhã não terei tempo, mas talvez consiga contactar uma dessas associações. O Inverno está a chegar e eles vão ter muita dificuldade em sobreviver-lhe. Tem calma, amiga e continua a tentar contactar pessoas e instituições.
Um grande abraço!


De M.Luísa Adães a 9 de Setembro de 2009 às 18:11
Eu me parece que o Fisga me disse quando voltava,
mas não me lembro (talvez a 15 ) não sei! Esqueci!

Eu não conheço instituições e o caso mais grave é o da cadelinha que vai ter filhotes.

Não sei se Sábado volto à Arrábida...

Mas não sofras e tenta esquecer.
Se conheces uma instituição, seria excelente.
Mas tu estás doente e não podes modificar o mundo,
nem tu, nem eu.
Vamos aguardar a minha ida lá, mas nada vou fazer,
o destino deles está marcado.

Descansa e trata-te!

com amizade,

maria Luísa


De 100timento a 7 de Setembro de 2009 às 16:39
Teus momentos de esperança desandaram,
Deixando tão somente tristes velas,
Os dias em velório já passaram,
As horas que pintas-te em frias telas,
Nem mesmo uma ilusão, cega, deixaram,
Distante deste céu, morrem estrelas,
As dores que mostram uma verdade,
Negando a luz em plena claridade...

O latir em agonia, traz tristeza
Desilusão se mostra a cada esquina,
Negando em nossa vida, uma beleza,
O medo de viver chega e domina,
Ao encontrar um ser sem defesa,
Toda esperança ataca e logo mina,
Secando da alegria uma nascente,
Deixando uma esperança, longe, ausente...

Teus passos vacilantes, já tropeçam,
Deixando bem distantes velhos planos,
Os uivos de agonia recomeçam,
Pintando em noite imensa, desenganos.
Os erros em momentos se confessam,
Os teus medos são soberanos.
Cerrando teus sonhos, emoções,
No peito semeiam desilusões

Amiga M. Luisa. .somente quero que saibas duas coisas.

Uma...
é que te admiro imenso e como sou feliz por saber que navego nesse teu imenso e doce coração.

A segunda...
Só quero que nunca esqueças.
que neste mundo que não controlas.
existe morte mas também vida...
Seja nas águas de um oceano,
profundo e gelado.
seja no árido deserto.
queimado e agonizado.
entre escombros e restos de guerra
onde uma mãe dá á luz...a vida faz-se a cada segundo...
Terno beijo nesse teu doce coração.


De M.Luísa Adães a 7 de Setembro de 2009 às 17:15
Rui

E este poema que nos dedicas a mim e a eles é de
uma beleza inexplicável.

Ultrapassa tudo
Quanto se possa dizer
quanto se possa sentir.

Entra no espaço etéreo
percorre o caminho das estrelas
E retorna à Terra,
onde pertence!

E na terra, purificado
Por esse caminhar
No Espaço infinito,
Entra em minha casa
Vestido de Cerimómia,
Se curva perante mim
E me leva à Glória.

Eu inebriada
Com esse caminhar,
Te dou a mão
E te sigo
Para paragens Eternas.

E nesses gelos
De auroras boreais
pintadas das sete cores,
iluminam o lugar
Do nosso encontro,
Programado há séculos.

E nos teus silêncios
Prolongados
Aguardando meus versos,
Tu encontras a coragem
Do esquecimento
De mim.

Mas tu navegas
No meu coração,
Meu poeta
Que tanto
te pareces comigo.

Já pensei...
Tu és meu irmão!

Obrigada pela tua presença
E pelas tuas Palavras.

Um beijo,

Maria Luísa




De 100timento a 7 de Setembro de 2009 às 18:18
Amiga...sou irmão,amigo,vagabundo e errante,

sou (in)constante tal como a vida que se vive,

Por isso vou fazer o que faço ano após ano,

mochila ás costas, um comboio qualquer,

um regresso talvez.




Sem destino,


Vou andando pela estrada,


Que me guia até á eternidade


vou com a sorte de mãos dadas


como se fôssemos amigos de longa data,





Mando abraços para os meus amigos queridos,


E vou-me embora para a terra do mar.


Sem saber o que se está a passar,


tenho mesmo que embarcar...


nesta vida que um dia irá acabar.


Por ti...por outros...voltarei.


Doce beijinho


De M.Luísa Adães a 7 de Setembro de 2009 às 18:54
100timento

Será muito bom para ti fugires aos apegos de amigos
conhecidos, irmãos, familiares.

E na hora da partida,
levares missões cumpridas,
caminhos percorridos,
pesares e penas esquecidas.

E a tua bagagem
os teus sacos de viagem
sejam apenas
o que aprendeste a ser
E Nada Mais!

Eu luto por isso,
mas muitas vezes não é assim tão fácil.
Imensas coisas nos prendem à vida
e ser (in)constante pode não ser benéfico,
mas cada um vive, ou deve viver, como gosta.

O poeta é muito exagerado nos sentimentos,
mas é no exagero que está a verdade!
E a poesia deve ser feita de verdade.

levar ao âmago o amor do poeta
pode ser um erro, para quem não o conhece.

Mas o poeta não tem que justificar seus erros,
a vida dele é feita de lembranças.

Mas eu acredito no que digo - se não acreditasse,
não podia escrever.

E acredito no que me dizem - se não acreditasse,
não podia tesponder.

Mas não pretendo levar comigo ninguém...

Quando partir parto sózinha, não sei se tenho alguém à minha espera.

Quando nasci vim sózinha, mas tinha gente à minha
espera.

São duas condições diferentes :

a chegada,

a partida.

Alpha et Omega.

Tenho sempre a sensação,
quando me escreves e
quando te escrevo,
nasce em ti, uma dúvida de medo!

E pensas - Será que fui longe demais?

Nunca faças essa interrogação comigo,
nem tenhas medo de deixar escrito
o que sentes no momento.

Eu entendo tudo e sei o que quero.

E quero a vida que tenho
E a minha Liberdade de poeta!

Não troco a minha vida por nada nem ninguém, diga
eu o que disser nos meus poemas.

Quem escreve,
é a Outra que sou Eu!

Beijos,

Mª. Luísa


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