A Serra espelha-se no Mar,
O Sol brilha e aquece
E a desumanidade permanece,
Nos animais abandonados
Perdidos, maltratados.
Trinta cães no Cimo da Serra
Nove no Portinho da Arrábida,
Abandonados por aqueles
De quem foram, amigos fiéis.
O tempo estava quente,
A Serra brilhava
As cigarras cantavam
O mar enrolava
A areia da praia,
As crianças brincavam.
E eles perdidos
Abandonados
Sem água,
Sem casa,
Sem vida,
Sem comida,
Uivavam…
Num cântico negro
Desesperado!
Eles estão amedrontados
Abandonados,
Formam matilhas
Seguem as trilhas
Vêm à estrada
E esperam aqueles
A quem amavam.
Eles não voltam,
Eles não sabem
E esperam a bênção
De um afago,
A beleza da Serra
Está manchada
Por gente,
Que deixou de ser gente
Quando os abandonaram!
A Serra encanta
O peregrino sequioso,
Ao longe o mar
Toca seu canto doce…
Eu não volto à Serra!
Não posso voltar,
Olhar e nada fazer
E esquecer
E não ver
À minha volta,
O que se vai passar.
E tenho de viver,
Nada posso fazer
Tenho de esquecer!
Mas fica escrito
No vento,
O que acabo de dizer.
Maria Luísa O. M. Adães
De
Manuela a 29 de Agosto de 2009 às 00:02
Olá amiga, pois é bem verdade o que diz aqui e eu sei muito bem disso pois aqui ao pé de mim abandonam muitos animais.
É triste mesmo existindo tantos avisos continuam a fazer isso.
Porquê Hienas?
São tão feias, e cheiram tão mal...
Beijinhos bom fim de semana.
Manuela
Manuela
Enganei-me na imagem; um amigo chamou a minha
atenção e já foram retiradas e substituídas por uma
da Net de "Cães abandonados" - Está resolvido e eu
agradeço o reparo, mas foi ignorância e enervada
e triste, não dei pelo enorme diferença. Uma gaffe
de alto calibre!
Se quiseres e tiveres tempo torna ao blogs e vê a
imagem! Peço desculpa!
Obrigada por me escreveres.
Com carinho,
Maria Luísa
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