A Serra espelha-se no Mar,
O Sol brilha e aquece
E a desumanidade permanece,
Nos animais abandonados
Perdidos, maltratados.
Trinta cães no Cimo da Serra
Nove no Portinho da Arrábida,
Abandonados por aqueles
De quem foram, amigos fiéis.
O tempo estava quente,
A Serra brilhava
As cigarras cantavam
O mar enrolava
A areia da praia,
As crianças brincavam.
E eles perdidos
Abandonados
Sem água,
Sem casa,
Sem vida,
Sem comida,
Uivavam…
Num cântico negro
Desesperado!
Eles estão amedrontados
Abandonados,
Formam matilhas
Seguem as trilhas
Vêm à estrada
E esperam aqueles
A quem amavam.
Eles não voltam,
Eles não sabem
E esperam a bênção
De um afago,
A beleza da Serra
Está manchada
Por gente,
Que deixou de ser gente
Quando os abandonaram!
A Serra encanta
O peregrino sequioso,
Ao longe o mar
Toca seu canto doce…
Eu não volto à Serra!
Não posso voltar,
Olhar e nada fazer
E esquecer
E não ver
À minha volta,
O que se vai passar.
E tenho de viver,
Nada posso fazer
Tenho de esquecer!
Mas fica escrito
No vento,
O que acabo de dizer.
Maria Luísa O. M. Adães
De Anónimo a 28 de Agosto de 2009 às 22:35
Comentário apagado.
Mírtilo MR
Agradeço o reparo da imagem. Tem razão!
Eu adoro animais, mas pouco percebo de raças e
por essa razão me enganei (hienas em vez de cães)
horrível!
A imagem está retirada e esta, veio da net em :)
"Cães Abandonados).
Obrigada pelo conselho, de quem percebe de
animais e neste caso cães. Muito grata pelo seu reparo! Passou-me por ignorância.
Mais tarde, respondo ao seu comentário que desde já agradeço! Esta da imagem foi do pior! Grata pelo
aviso.
beijos,
Mª. Luísa
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