Imagem Internet / Salvador Dalí/ To make love!
Amo o cântico dos bosques
No raiar das manhãs
Plenas do silêncio
Da ardência da noite.
Não gosto de Cidades
Turbulentas,
Corridas,
Desiguais,
A ignorar a tormenta.
Gosto do Amor,
Do seu simbolismo
E da realidade humana
De se dar.
Gosto de acordar
Na cama que conheço,
Onde jogo meus jogos
De amor
E onde esqueço,
O clamor de multidões
Profanas.
Gosto em alguns dias
Não gosto em outros dias.
Nem sempre sou igual
Ao que me pedem
Para eu ser,
Mas como posso ser
Como querem,
Se calcam aos pés
Meus sonhos de quimera?
Vem meu amor!
Ama-me como tu sabes
E esse amar me dá,
O fogo e o anseio
De te desejar.
Não entendes e enalteces
Este dizer?...
Que triste, meu amor,
Viveres com alguém
Sensível a tudo
E não a conheceres
E ela também
Não se conhece,
Não sabe quem é.
Ela vai ser infeliz
Até final de seus dias,
Mas que fazer
Se o mundo é tão mau,
Para os que pretendem
Viver a seu modo
E não o podem fazer!...
Maria Luísa O. M. Adães