Imagem Internet/ Salvador Dalí/ Simbolismo
O Coro cantava
Desiludido,
Mas cantava
Uma canção de prece
Ao mais Alto
E suplicava.
Mas não sei se acreditava!
O Coro proferia
Palavras complexas,
Ninguém percebia
Essas palavras,
Mas todos ouviam
Num silêncio que matava.
Não sei se acreditava!
Continuou a cantar,
A mudar as vozes
Desse cantar, a murmurar
Levantava e baixava
O tom da melodia
E não sorria…
Não sei se o Coro acreditava!
Eu ouvia,
Tanto quanto podia,
Mas não entendia
A melodia
Que o Coro entoava
E não sei, se eu acreditava!
Mas o coro não parava
A melodia
Que nada dizia
E o tom entristecia
E me parecia…
- O Coro não sabia
O que dizia.
Não sabia…
Faltava vida
Faltava força
Faltava encanto
Faltava louvor
E o espanto
De quem entoava
Aquele canto,
Estranho
Difícil
Sem encanto.
E o Coro
Não tinha força
Para dizer:
- Eu não acredito neste canto!
As pessoas esforçavam-se
Por entender o Coro,
Ao mesmo tempo
A uma voz.
O tempo passava,
Pessoas curvavam
E eu olhava,
Tentava perceber
Ser amável,
Mas o Coro
Não estava comigo,
Nem com aqueles
Que o escutavam
E soube o que já sabia,
O Coro não acreditava
No que dizia!
Mas todos se esforçavam
No entender da melodia
Que o Coro tentava entoar
E não podia…
Por não acreditar
No que dizia!
Maria Luísa Adães
De
Fisga a 2 de Maio de 2009 às 08:47
Olá amiga Luísa. Parabéns pelo novo poema. Como poema está espectacular. Mas não sei se ele acreditava. Pois tu própria.
Faltava vida,
Faltava força,
Faltava encanto,
Faltava louvor,
E para espanto de quem entoava,
Aquele canto estava difícil,
E sem encanto.
O Coro não tinha forças para dizer, que não acreditava, neste canto! simplesmente fabuloso, como só tu sabes criar. parabéns, beijinho Eduardo.
Eduardo
É verdade, "o CORO" não tinha forças para acabar e dizer "eu não acredito no que digo e no que canto, não posso continuar"...
O teu comentário está espantoso, de clareza e de
verdade. Beijos, por entenderes e responderes de
acordo com o "Poema".Obrigada por gostares!
Com amizade,
Maria Luísa
De
Fisga a 9 de Maio de 2009 às 09:21
Olá amiga Luísa. Não me agradeças porque eu só manifestei a minha opinião, que neste caso é admiração. Porque este teu poema é ema dádiva do amor que jorra no teu peito. Obrigado por seres assim. beijo Eduardo.
eduardo
ainda bem que o consideras o poema, uma dádiva de amor.
Foi essa a intenção!
Com amizade Maria Luísa
De
Fisga a 9 de Maio de 2009 às 13:51
Olá amiga Luísa. Como Sabes, todo o tipo de poesia, é uma dádiva de amor. A única coisa que muda é o tipo de amor, que se põe em cada poema. Aí entra em linha de conta o teor do texto. Como por ex. O nosso amor próprio, amor ao nosso semelhante, amor ao que somos, e ao que fazemos, amor ao belo, onde se inclui a Natureza, Em todo o seu esplendor, amor maternal, ou paternal, amor filial, amor carnal. E tantos outros. Beijo Eduardo.
Eduardo
Correcto o teu comentário; a poesia deve ser uma
dádiva de amor, mas nem sempre acontece assim.
Há tanta forma de dizer...
Bjºs Mª. Luísa
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