Sexta-feira, 24 de Abril de 2009

UM DIA

 

 Imagem Internet / Salvador Dalí
 
Um dia escrevi
Uma estranha poesia
E um sonho,
Acompanhados de música.
 
Não sei que me deu
Não sei que me lembrou,
Mas escrevi
Por ti e por mim.
 
Olhei e vi
O nosso deambular
Por caminhos estreitos
E a música a acompanhar
Nossos passos escorreitos.
 
As folhas caídas
Do Outono a aproximar,
Faziam um convite
Ao amor,
À vida,
Ao nosso estar.
 
Recordamos,
Olhamos nossos olhos
E sentimos o chamar
Do amor,
Nos deitamos
Nos amamos
Com ternura
E depois com fervor
E luxúria exuberante
De coisas puras.
 
Sim, o amor é puro
Quando levado ao clímax
Mais profundo
E nos leva,
A um outro mundo.
 
Gosto desse mundo!
Amo a tua presença com ardor
E na luz e no fogo
Do amor
 
Morremos,
Uma vez e outra vez
E sempre
Que nos amamos
 
É o Tudo e o Nada
Levado ao Todo,
É o cimo do nosso encontro
De nossos abraços,
De nossos quebrantos,
Delineados há séculos
Com fervor
E perpetrados
Neste mundo
Por nós dois
E neste instante,
Ao ver as folhas caídas
Num convite Final…
Sucumbimos ao momento.
Esperado e amado.
 
Esquecemos regras e temores
E somos nós
Em liberdade nossa,
Na entrega total.
 
E o amor impera
Como Senhor do mundo
Do nosso mundo,
 
E morremos
Por amor!
publicado por M.Luísa Adães às 20:54
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50 comentários:
De Luar_Amigo a 24 de Abril de 2009 às 21:26
Olá Luisa. Devo dizer-lhe que estou muito emocionado com este seu poema. Tornou-se assim, um dos meus poemas preferidos, escritos por si.

Bjnhs :)


De M.Luísa Adães a 24 de Abril de 2009 às 21:52
Luar Amigo

Muito gosto em encontrá-lo e logo num poema dedicado ao amor.
Com amor o escrevi e o vivi; agradeço as suas palavras e obrigada por o preferir.

Beijos,

Maria Luísa


De Maria a 24 de Abril de 2009 às 21:58

Olá Luisa

Por Amor Vivo
Por Amor sorriu
Por Amor canto
Por Amor sou Feliz
Por amor faço tudo quanto for possivel
Por Amor faço o imaginável
Por Amor Amo

Bjs


De M.Luísa Adães a 25 de Abril de 2009 às 11:05
Maria

Lindos versos à sua forma de amar; gostei de a encontrar e de ler o que escreveu. Amei,"UM DIA", na minha forma de amar - :)

onde também se morre de amor e
por amor!...

Beijos,

Maria Luísa


De Simbologia do aMoR a 24 de Abril de 2009 às 22:41
Olá Maria Luísa

Muito lindo!
Este poema é meu retrato vivido.
Escreveu-o muito bem.

Abraço.


De M.Luísa Adães a 25 de Abril de 2009 às 10:59
re-nascer

Obrigada por comentar e gostar deste poema que
tanto pretende dizer e não diz tudo, pois a Taça transbordou e não houve espaço para finalizar.
Aliás os meus poemas nunca terminam vão ligar-se ao anterior e ao próximo, não gostam de solidão.
Mas escrevo sobre solidão e tudo que compõe a
vida - eles são a vida de todos nós.
E re-nascer, encontrou-se retratada no poema,
assim como eu e outros que nada dizem...(não
comentam) ; passam por passar, lêm por ler, ou
não lêm - olham por olhar - mas tudo é para
agradecer.
Mas prefiro os que escrevem! Obrigada minha
amiga, por ser constante na" sua maneira de ser"

Beijos,

Mª. Luísa


De Simbologia do aMoR a 27 de Abril de 2009 às 15:54
Olá Maria Luísa

Euprocuro comentar quando sinto capaz de fazê-lo e quando o que leio toca-me. Há muitos poemas que leio em alguns blogs deste site que vejo-me neles, assim procuro comentar o que sinto quando os leio.

Obrigada.


De M.Luísa Adães a 27 de Abril de 2009 às 16:50
re-nascer

Obrigada por se sentir retratada no poema
"Um Dia" e por o comentar, com a certeza de o sentir e entender como se estivesse a viver.

Agradeço a presença e a amabilidade, de me escrever.

Beijos,

Maria Luísa


De TiBéu ( Isa) a 24 de Abril de 2009 às 22:55
Maria Luisa achas que se morre por amor???? Eu penso que não. Agora com o amor se morre sim.....
bj e bom dim de semana


De M.Luísa Adães a 25 de Abril de 2009 às 10:37
Tibeu

Penso e sinto que cada vez que se ama se morre
e como fénix se renova o momento, até final e se
não se morre, quase se morre...
Amar é viver e morrer e renascer sempre com o
mesmo final. "Um Dia" acontece...
Obrigada pelas tuas palavras e a tua graça.

Beijos,

Mª. Luísa


De jpcfilho a 25 de Abril de 2009 às 00:17
Olá Maria Luísa, teu sonho de poesia onde morreste de amor, era esperado,por isso sucumbistes a esses encantos à Eros e Tanatos, ou os meninos de Verona, bebeste a taça do amor e da dor, e novamente te entregaste nesse azáfama infindável, infinito, enquanto durou teu sonho, que resgataste em lindos versos.
Lindos versos
beijos
João Costa filho


De M.Luísa Adães a 25 de Abril de 2009 às 10:32
João

Lindo o teu dissertar sobre o poema "Um Dia";
na hora certa ou incerta, sucumbimos todos ao amor
e morremos por instantes longos quando esse amor
chega ao final... E se renova como Fénix e torna a
morrer languido como um quebranto.
E os amantes de Verona ? Esses morreram mesmo por amor... E ficaram como um símbolo do que
pretendo dizer do amor. Eu pretendo dizer tantas coisas que um único poema pode transbordar e eu
não ter a dita de tudo dizer.
Obrigada, meu amigo poeta, por entenderes esta
diversidade de temas, fruto de uma memória
incontrolável e absorta na poesia - tão mal entendida - por vezes.
Então, Eu Saúdo os que entendem!

Beijos e obrigada,

Maria Luísa



De cuidandodemim a 25 de Abril de 2009 às 17:26
Um dia morremos sim, e já que tem de ser, que seja por amor...
Bjns


De M.Luísa Adães a 25 de Abril de 2009 às 18:27
cuidandodemim

Boa resposta, " se tenho de morrer que seja por amor"...

E nada há a dizer.

E morremos
Por amor!

Obrigada - Beijos,

Maria Luísa


De Fisga a 25 de Abril de 2009 às 19:41
Olá amiga Luísa. Um dia escrevi, uma estranha poesia, um sonho acompanhado de música. É verdade amiga, sempre que se escreve sobre ou sonha o amor, há inexoravelmente música, o próprio amor é música, ele é música, ele tem música, ele transpira música. Tal como tu dizes, o amor é o tudo e o nada, elevado ao tudo. Olha este poema está maravilhoso e lindo e com a componente que nunca falta nos teus poemas, o amor. Parabéns, pelo teu trabalho, que merece ser muito bem acarinhado. Beijo Eduardo.


De M.Luísa Adães a 26 de Abril de 2009 às 10:08
Eduardo

Lindo o teu comentário. Adorei o que escreveste!
O poema "Um Dia" agradece sensibilizado, eu agradeço, o achares maravilhoso (palavras tuas).

Obrigada, meu amigo, pela sensibilidade, com que o
analisaste.

Com ternura e amizade,

Maria Luísa


De Fisga a 26 de Abril de 2009 às 16:27
Olá amiga Luísa. Não me agradeças, eu apenas fiz o que era justo ser feito, ou então não comentava. O poema está fantástico, e por isso mereceu o meu comentário, favorável. Beijinho Eduardo.


De M.Luísa Adães a 26 de Abril de 2009 às 17:20
Eduardo

Obrigada pelo carinho e amizade ao que escrevo;

te desejo um bom dia.

Beijos,

Maria Luísa


De Fisga a 28 de Abril de 2009 às 12:22
Olá amiga M. Luísa. Desculpa mais uma vez o atraso. E não me agradeças nada porque o que eu faço por ti ou para ti é sempre com enorme prazer, porque tu mereces sempre mais. Beijinho Eduardo.


De M.Luísa Adães a 30 de Abril de 2009 às 20:56
Eduardo

obrigada meu amigo "especial" de bondade e boa
vontade.
Beijos com muita amizade,

Mª. Luísa


De Fisga a 2 de Maio de 2009 às 17:22
Olá amiga M. Luísa. Eu sei que tu mereces mais do que aquilo que eu te dou em termos de atenção, mas sabes que eu estou a passar uma fase um pouco má. Beijinho Eduardo.


De Fisga a 26 de Abril de 2009 às 17:22
Olá amiga Luísa. Eu apenas fiz o que devia, ou então não comentava. Pois o poema está fantástico, e por isso eu só podia dizer o que disse. Um beijinho Eduardo.


De M.Luísa Adães a 26 de Abril de 2009 às 18:09
Eduardo

Mas eu agradeço sempre, não por hábito, mas com prazer.
Agradeço o achares "fantástico" - tu o dizes, é a tua opinião. Aceito com ternura e carinho.

Bºs, Mª. Luísa


De Fisga a 28 de Abril de 2009 às 12:17
Olá amiga M. Luísa. Desculpa de me atrasar, mas eu tenho andado a brincar aos doentinhos e não têm conta as vezes que eu tenho vindo ao computador, para fazer algo e cabo de o ligar e tenho que o largar, porque me ponho mal disposto de olhar para o monitor. E no dia 25 de Abril fui parar ás urgências do hospital por causa dos medicamentos que ando a tomar para a tiróide. Estive lá 5 horas à espera para ser atendido, e depois deram-me uma injecção e tive que esperar 2 horas para fazer análises para ver o efeito da injecção. E tenho andado nisto. Mas olha amiga, eu não me esqueci de ti, hoje estive a ver, os comentários, tenho cerca de 70 eu vou deixar os que eu veja que não é essencial responder, vou ignorá-los. Tem que ser amiga, se não for com um saneamento, rigoroso, não consigo por a escrita em dia. Mais uma vez me desculpa. Um beijinho. Eduardo.


De M.Luísa Adães a 30 de Abril de 2009 às 21:05
Eduardo

Não te preocupes em responder; eu não tenho ido
ao computador, por isso não coloquei outro poema.
Lamento todo esse problema de saúde e isso, é o mais importante.
Trata-te, não estejas ao computador, se não te sentes bem e não respondas a 70 comentários, isso
é um desgaste fisico tremendo. Toma cuidado!
Espera mais um tempo, até tudo normalizar a nível
da saúde.
Mais tarde torno a enviar notocias.

Beijos de amizade,

Maria Luísa


De Fisga a 2 de Maio de 2009 às 17:26
Olá amiga Luísa. Eu ainda estou hoje a responder a comentários do dia 30 de Abril, vai aos pouquinhos que é como tu dizes, não posso estar muito tempo no P. C. Vou indo como eu posso. beijo Eduardo.


De Séforis a 25 de Abril de 2009 às 20:52
Morrer por amor... Imperceptível manipulação das emoções humanasViver por amor… Subtil ilusão de sensação concretaViver em amor… delicado e abstracto desejoAmor… Uma doce e extraordinária fantasia. Um estranho meio de nos levar até ao sepulcro na ilusão da conquista do éden na terra


De M.Luísa Adães a 26 de Abril de 2009 às 10:02
Séforis

O teu comentário é de uma verdade e sensibilidade
que conta tudo , quanto o poema "Um Dia" pretende
dizer, de forma subtil e abstracta.
Parabéns por o ter entendido até ao âmago!

Obrigada. Adorei!

Beijos,

Maria Luísa


De blogando-me1 a 25 de Abril de 2009 às 22:32
Image


De M.Luísa Adães a 26 de Abril de 2009 às 09:40
blogando-me1

Obrigada pelo mimo ao poema "Um Dia"; o miminho
vai para o blogs dos "Prémios".
Obrigada!

Beijos,

Maria Luísa


De ஜॐ♥ஜ___Estrelinh@___ஜॐ♥ஜ a 25 de Abril de 2009 às 23:33


De M.Luísa Adães a 26 de Abril de 2009 às 09:26
Estrelinha

Obrigada pela tua Presença e o miminho que envias
ao poema "Um Dia" , ele miminho, vai para os Prémios e assenta aí ,o seu lugar!

Beijos ternos,

Maria Luísa


De 100timento a 26 de Abril de 2009 às 07:42
Num tempo em que o martírio, a religião, a sede de morrer em nome de um deus qualquer, ou do efémero, ergua-se-se um monumento ao sentimento mais nobre de qualquer ser humano... o Amor.
Bom Domingo e um beijinho do Rui


De M.Luísa Adães a 26 de Abril de 2009 às 09:20
Rui

Que dizer ao teu comentário? Está perfeito! Se temos de morrer que se morra pelo amor!
Como eu digo, se erga um Monumento ao Amor e se
suplique, em nome de Deus, (não a um qualquer, mas apenas Um) a Paz que tanta falta faz,
"Aos nossos dias..."
Obrigada pelas tuas palavras e pela tua presença!

Beijos,

Maria Luísa


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