
Imagem Internet / Salvador Dali/ Paixão de Cristo
Há tudo,
Nada vou dizer
Nada há nada a saber!
Mas há tudo a sentir!
Apenas sentir,
Melhor do que dizer
Dizer não me pertence,
Está-me interdito
O dizer…
Apenas escrevo,
Coisas simuladas
Escondidas,
Dispersas,
Não dão para entender!
Assim eu vivo,
Entre a verdade e a ficção
Numa forma de dizer
Que não é minha!
Me foi imposta
Por alguém
Há muito tempo
E eu não sei quem.
- Foste tu?
Que olhas para mim
De olhar fugidio e cúmplice
- Foste tu?
Lá ao fundo, a plataforma
Onde todos vão passar,
Brilha com fulgor Diamantino.
Porquê lutar?
A plataforma flutua
Esperando
Uma vez mais…
Ou a culpa foi minha
Por te ter aceitado,
Amado e acreditado em ti?
Que instante de loucura
Mas quem sabia?
Ninguém sabia,
Nem eu sabia!
Este, aquele e o outro
Para lá caminham,
Oscilando,
Tremendo,
Gemendo,
Mas descem
Como todos os outros.
Há tudo a oscilar
Há tudo a sentir
Há tudo!
A barreira afunda,
Vem ao cimo,
Flutua
E me puxa
E eu olho
E vejo tudo,
Não falta nada!
Mas te peço,
Não venhas comigo
Meu amor,
Não te percas
Neste caminho de dor,
Não quero que aconteça
Contigo!
Há tudo!
Não há nada a dizer,
Não há nada a saber.
Não venhas,
Não me sigas,
Esquece-me
E vive,
A tua Vida!
Um dia,
Talvez te conte
E tu entendas.
Um dia,
Quando eu entender!...
Maria Luísa Adães
De
Fisga a 11 de Abril de 2009 às 14:22
Amiga: Não tens que me agradecer. Eu só te digo o que eu gosto que me digam a mim quando eu estou carente de apoio, de compreensão e d carinho. E digo-te pela mesma boca e com as mesmas palavras que o diria a uma pessoa muito chegada da minha família. Porque é exactamente isso que tu representas para mim. Beijinho com desejos de melhoras. Eduardo.
Eduardo
Obrigada pelo alento; para mim também és como família. Um final de Páscoa feliz.
Beijos,
Maria Luísa
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