Imagem Internet / Salvador Dali/ Paixão de Cristo
Há tudo,
Nada vou dizer
Nada há nada a saber!
Mas há tudo a sentir!
Apenas sentir,
Melhor do que dizer
Dizer não me pertence,
Está-me interdito
O dizer…
Apenas escrevo,
Coisas simuladas
Escondidas,
Dispersas,
Não dão para entender!
Assim eu vivo,
Entre a verdade e a ficção
Numa forma de dizer
Que não é minha!
Me foi imposta
Por alguém
Há muito tempo
E eu não sei quem.
- Foste tu?
Que olhas para mim
De olhar fugidio e cúmplice
- Foste tu?
Lá ao fundo, a plataforma
Onde todos vão passar,
Brilha com fulgor Diamantino.
Porquê lutar?
A plataforma flutua
Esperando
Uma vez mais…
Ou a culpa foi minha
Por te ter aceitado,
Amado e acreditado em ti?
Que instante de loucura
Mas quem sabia?
Ninguém sabia,
Nem eu sabia!
Este, aquele e o outro
Para lá caminham,
Oscilando,
Tremendo,
Gemendo,
Mas descem
Como todos os outros.
Há tudo a oscilar
Há tudo a sentir
Há tudo!
A barreira afunda,
Vem ao cimo,
Flutua
E me puxa
E eu olho
E vejo tudo,
Não falta nada!
Mas te peço,
Não venhas comigo
Meu amor,
Não te percas
Neste caminho de dor,
Não quero que aconteça
Contigo!
Há tudo!
Não há nada a dizer,
Não há nada a saber.
Não venhas,
Não me sigas,
Esquece-me
E vive,
A tua Vida!
Um dia,
Talvez te conte
E tu entendas.
Um dia,
Quando eu entender!...
Maria Luísa Adães
MARIA LUÍSA. MESMO LENDO NAS ENTRELINHAS DESTE POEMA IMAGINÁRIO,COMPREENDI O QUE TENTOU DIZER AOS OUTROS,QUANDO ELE ERA PARA SI?
BEIJINHO AS MELHORAS POIS VI QUE ESTÁ DOENTE.
BOA PÁSCOA LISA
Lisa
Obrigada por comentares o meu poema; verdades,
misturadas de imaginário e alguma ficção,mas nas
entrelinhas percebe-se o que pretendo dizer e
ainda que estou doente. Acertou minha amiga!
Não tenho podido ir fazer as minhas visitas, mas há uma semana que tenho uma infecção bronquica de
alto teor.
Estou proibida de saír, nem ao meu terraço posso ir
regar as minhas flores. Estou rouca e ontem não podia falar.
Tenho muita tosse e tive de ir para as urgências do Sams em Lisboa. Fico em casa a Santa Páscoa.
Daí, escrevi o poema num estado de Alma não muito
bom e descrevi a passagem deste lado para o outro,
só pedi para deixarem ficar o meu marido. É este,
mais ou menos, o trama real do poema.
Gostei dele e os amigos e amigas gostaram e têm
sido muito gentis, como tu minha amiga Lisa -
como tu -.
Obrigada pelo comentário deu-me alegria e agradeço o desejo de melhoras.
Uma Santa Páscoa para ti e para os que amas!
Beijos,
Maria Luísa
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