Imagem Internet / Salvador Dali
Nem sempre se fala de amor,
Nem sempre se fala de nostalgia,
Nem sempre se fala o que se pensa,
Nem sempre se fala o que se sente,
Nem sempre se vive de euforia!
Nem sempre!
Apenas tu existes
No meu dizer de poeta,
Apenas tu me chamas de poeta,
Apenas tu sabes que sou poeta,
Apenas tu…e ninguém mais!
Nem sempre existo!
E vivo no encontro e desencontro
Do que sou,
Vivo da minha ilusão,
Vivo da minha insensatez
E da minha lealdade
Que ninguém sabe
Que ninguém vê
Que ninguém sente
Ou pressente,
Este meu dizer…
Nem sempre!
Tentem lembrar este meu canto,
Tentem apreciar
E não esquecer
Q que não vê
O que não sente.
Nem sempre, assim é!
E a solidão e a luz da noite,
Cobrem com seu manto
Os céus e as estrelas
De quebranto…
.
Nem sempre!
Apenas eu fico,
Apenas eu espero,
Apenas eu suplico,
Talvez por ser poeta
Esquecido!
Nem sempre, eu sou!
Mas fico sempre esperando
Até àquele dia,
Perto ou distante,
Onde te possa encontrar
Beijar e amar
Sem parar,
Como se o meu mundo
Fosse morrer,
Naquele instante.
Nem sempre sinto,
Nem sempre!
E eu morro,
No desejo
Do meu Canto.
Nem sempre, eu morro!
Tudo o resto,
É poeira
E ar.
Mas nem sempre
Eu reparo,
Naquele instante.
Tento olvidar,
O meu dizer
De poeta
Por algum tempo,
O Teu Tempo...
E esquecer!
Maria Luísa adães