Jean Delville / Imagem internet
Quero amar-te mais
E sempre mais,
Dar-te o corpo e a alma,
Mas não dou as Palavras …
As palavras são minhas,
Só escrevo o que quero
Só digo o que posso dizer
Tudo o resto,
É fantasia tua e dos outros.
Só eu sei dos meus silêncios,
Das minhas dores,
Dos meus sofismas,
Só eu sei!
Mas quero amar-te
Acima de todas as dúvidas,
Acima de todas as intolerâncias,
Acima dos legados
Dados por mim
E alguns recusados!...
Apenas tu existes
No meu sentir!
Acredita,
Aproxima-te,
Vem até mim
E saboreia o encanto
Do Poeta que tudo dá
Que tudo canta,
Em horas mortas
E acorda em horas vivas,
Num outro Lugar.
Mas acredita, neste amor
Maior do que o tempo
Que nos resta …
E vem, sempre e sempre
Uma vez mais
E saboreia a ternura subtil
E quente,
Deste vulcão que canta
E se expande de seguida
E usa as Palavras
Do meu encanto!
Mas não sou tua
Nem de ninguém,
Apenas a contradição
De mim mesma!
E existo nas palavras que digo
E que escrevo
Tudo o resto é silêncio
E vozes caladas!
Mas amo-te!
Tão diferente o dizer…
Daquilo que se faz
Com outro intento
E é tormento,
De amor e desejo
Ao mesmo tempo …
Maria Luísa Adães
De
maripossa a 6 de Fevereiro de 2009 às 21:58
MARIA LUÍSA ! SOU A PRIMEIRA A COMENTAR,MAS PARA DIZER QUE ADOREI O POEMA,TEM TANTO DE BELO COMO DE SENTIMENTOS.
BEIJINHO BFS COM AMIZADE LISA
Maripossa
Adorei encontrar-te, nesta manhã de chuva que canta comigo, os meus versos.
Obrigada por responderes aos anseios do que escrevo e por gostares.
Beijos,
Maria Luísa
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