Sábado, 31 de Janeiro de 2009
Edvard Munch/ Imagem Internet
Tu já tinhas um nome
Eu não sei
Se eras fonte ou brisa
Ou mar ou flor,
Mas nos meus versos
Vou chamar-te Amor …
Posso fazê-lo?
Não te incomoda?
Posso dizê-lo?
Sim? …
Então chamo-te amor!
Tu autorizas,
Eu não engano!
E te conto:
Fazia muito frio
Eu queria conversar,
Mas o som das Palavras
Não saía,
Do fundo do meu mar.
Ficavam presas
Num local profundo
E não saíam …
Como podiam voltar?
E encontrar um lugar
Onde fosse possível jogar,
Um jogo manso
De palavras subtis
E mágicas,
Do verbo Amar…
As minhas Palavras!...
E são minhas?
Ou tuas?
Ou aprendidas
Aqui e ali? …
As palavras voam
Quando saem
Vão e vêm
Com o Vento
Que as acumula
E as transforma
Num chamar
Constante,
Plangente,
Vibrante ou triste,
Como o que não existe …
Mas tudo existe
Tudo tem vida,
Um Alfa
E um Ómega,
Voltados, um para o outro!
Como Aquele
Que decidirá
De mim,
De ti,
De todos,
Como o destino do Mundo!
Maria Luísa O. M. Adãe
Acabo de descobrir o teu poema "Amor!"... é teu o poema, mas só passará à existência real no acto de partilha que é a leitura. .. nas palavras tuas, nossas, aprendidas aqui e ali, moldadas por ti, "re-moldadas" por nós no momento de ler e sentir.
Um grande abraço por este teu poema.
Mª. João
Que bom foi encontrar-te quando abri a porta ,do meu recanto; lá estavas, tu, à porta, aguardando a minha chegada!
Abraçamo-nos, como poetas que somos (diferentes, é certo, mas somos) e rejubilámos com o encontro só nosso, nesta manhã em que a chuva cai nostálgica, num chorar baixinho.
E falas do poema "AMOR!..." de forma tão real e bela
que me surpreende, a mim própria, por o ter escrito.
Sim, é meu! Mas será real "no acto da partilha que é
a leitura"... nas tuas palavras, aprendidas, re-moldadas por mim, por ti, por todos!
Obrigada por gostares!
Bom-dia, Maria João
Beijos ternos,
Maria Luísa
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