Imagem Internet/ Salvador Dalí
A sede dentro de mim não morre!
Nu tu e o poema,
Nu tu e as palavras ardentes,
Nu tu e o desejo de ser crente,
Nu tu e o teu sentir
Desprovido,
Seduzido,
Na chamada
Loucura de quem sente.
Nuas as palavras ao vento
Penetrantes no sentir
De quem mente…
E se transformam no desejo
E nuvens de saudade
Por cima da verdade.
E sejas tu,
O vento e o poema
E estrelas eriçadas
Das horas lentas e caladas.
Pára nas pontes frágeis
Da poesia
E não contes mais!
Diz adeus
E não me procures,
Hoje e sempre.
Esta é a minha dor!
Maria Luísa
Imagem Internet/ Salvador Dalí
A nossa vida é isso que tu dizes
Como num filme passa por nós,
Pequenas cenas passadas
Grandes cenas vividas.
Tudo deixa de ser real
E até o presente do instante
Esquecemos,
Mas o flash é momentâneo,
Muito breve, por vezes.
Fica presa na memória
E a memória traz nostalgia
Simboliza nossa pessoa,
Nossa vivência.
Com ela vivemos
De pequenas emoções,
Alguns sofrimentos
E outros esquecimentos
Que não queremos lembrar.
A memória é eterna,
Transcende o espaço
Em que vivemos
E nos ensina a esquecer,
Alguns tormentos.
Sem ela deixamos de ser Gente!
Deixa-me pensar
Que tudo quanto digo
É verdade.
Deixa-me ser como sou,
Não me queiras mudar
E deixa, continuar a viver
Como gosto.
Amar-te como me apetece,
E tu me conheces
E deixar-te a olhar
Aniquilado, assombrado,
Para a minha sombra
Quando me afasto.
E por ser assim…
Não fujas de mim!
Eu quero sempre mais
Do que um milagre!
Maria luísa
Imagem Internet/ Salvador Dalí
Nua me encontro,
As estrelas são meu manto
A dor que me acompanha
Reflecte meu pranto.
Se falo de amor
Eu sinto e vivo o amor.
Se falo de tristeza
Eu sinto e vivo tristeza.
Se falo de verdade
Eu sinto e vivo verdade.
Tudo em mim
É humano e místico
Mesmo o que não vejo – existe!
Tudo em mim
É esplendor na relva
De Ibirapuera.
Eu estou convertida,
Fluente, quente, suave,
Desprendida.
O lago se espelha
Se deleita, estremece,
Olha para mim.
Eu não pertenço ao lago,
Mas sinto o seu afago.
Cisnes negros navegam
Nesse lago,
Ao som do canto
E dos suspiros dos amantes.
Se amam
Na relva molhada,
Ao meu lado.
A noite aproxima
A distância é só uma
E eu olho os amantes,
Nos jogos de amor.
Junto-me a eles,
Faço parte deles
Canto, danço e amo
Numa despedida de encanto.
Me despeço
Do parque imenso,
Do parque quente e húmido
De Ibirapuera.
E ouço o silêncio
De corpos nus e cansados
Estremecendo ao som
De musicas caladas.
Me levanto,
Nua está
A relva verde
A terra amarela,
Salpicada de luz
E o lago
Pousado e perto
Diz,
Eu sou o verso do Universo
Os olhos de antepassados.
Tão grande, o mundo!
Tão curta, a vida!
E lugares, tão distantes!
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