
Imagem Internet/ Salvador Dalí
Vou sem rumo,
Tão grande o Mundo…
Balançam as ondas
Batem suaves
Na cadência das águas,
Escondem minha existência.
Um barco estremece e eleva-se,
Leva o peso de meus sonhos.
Outro barco balança
As velas ao longe,
Outro segue o seu destino.
É um mundo com sol,
Mas sem chão.
Tudo se aquieta
Num tempo derradeiro
Numa despedida de pranto.
A noite se curva de frio.
A magia do silêncio
O encanto da Natureza,
Juntam-se ao amor palpitante
De meu coração tremente.
As ondas murmuram
Leves e nuas como eu,
Tudo é uma aventura
De meu amor palpitante.
E ondas prenhes de saudade
Escutam meu canto de ansiedade.
Ouço o rumor de teus passos
E meu sorriso suspenso
Sente o teu abraço
E se entrega fremente
A esse abraço…
Onde ficou teu outro Eu?
Não respondas,
Não acuso,
Nada sei!
Maria Luísa O. M. Adães
2010-02-17