O tempo deixou de ser medido; não sei contar as horas, os minutos, os segundos e por essa razão, mandei parar todos os relógios da Terra!
E Eles obedeceram a este estado confuso!
Os relógios do Mundo pararam – a meu pedido! E gerou-se uma terrível convulsão…
Neste instante escolhido, peço a tua amizade, para me ser possível entender a razão, deste estado caótico, criado por mim. Olha e vê … os relógios parados … e o mundo submerso onde o tempo deixou de contar.
Acorda a minha Alma; dá-me a luminosidade mágica das estrelas; enriquece o meu caminho de luz amarela e branca, numa mistura de amor e faz-me esquecer os reflexos da ilusão transitória. Te ofereço a minha Prosa Poética para que me digas quem Eu Sou e eu possa acordar e mandar ligar os relógios parados – por minha culpa e o mundo entre no seu pulsar, como pulsa o meu coração.
Hoje eu posso ler o “Livro Sagrado dos Poetas”; escolho o meu caminho; entro por entre as sombras e a luz ilumina a obscuridade do meu sentir...
Lanço o meu abraço no Espaço e olho…lentamente o amanhecer e conto as horas, os minutos, os segundos. Abro o coração e na sua tranquilidade ele entra no Templo para meditar…e não para pedir!...
E sou outra, diferente da primeira…nascida neste instante!
Saúdo quantos encontro; feliz por o tempo estar a contar as horas, os minutos, os segundos e tudo ter sido um pesadelo, criado por mim.
És TUDO! Eu nada sou!...
Ou sou ... um pouco mais, CONTIGO!.
“Não há poeta menor”
Não há um Deus menor
Mas sim um Deus Maior!
O senso da realidade
Dá a nossa realidade Maior.
A Alma despoja-se de si mesma,
Tenta um abandono passivo
Que é a maior
E mais alta consciência
E a mais forte concentração,
Da Vida Maior!
A Alma chega a Deus,
Alcança-O sem ajuda,
É uma Alma Maior!
E o amor consciente,
Conhece melhor
Tudo o que existe no Ser…
É um amor Maior!
E as possibilidades para o Bem
E a Força de não caír no mal,
Torna-o num Amor Divino
… e informal!
Então, tudo no mundo
Deve ser Maior …
Nunca menor!
Eis a luta,
Entre o Bem e o Mal!...
Eu não posso ver, essa luta,
Mas posso sentir …
E sei … Quem é o Maior!
… Mas não devo dizer!
Maria Luisa
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Escrevo sempre, acompanhada pela música e pelos meus pensamentos.
Assim, transformo a solidão – faço-a desaparecer – e numa espécie de magia,
Deixo a taça transbordar e encontro o caminho e depois … tudo é menos difícil!
Envolvi-me de amigos turbulentos e outros brandos e preenchi o vazio das horas agitadas! Símbolo do Nada!
Vamos fazer uma Festa, onde a Verdade seja o primórdio, de tudo quanto se diz!
É uma festa diferente das outras festas … feita de perguntas e respostas.
Um diz … O outro diz … o outro torna a dizer e depois …alguém pergunta…
Não sei responder… Nada está definido!
Mas eu digo – vou ser a primeira a dizer – eu dou a festa – sou eu a dizer! Concordam comigo? Sim? Eu vou dizer! Muito pouco tenho a dizer…
- Os meus Livros perdem-se e as maravilhas que aplaudo caem no vazio e eu fico “só”, com a Esperança da mudança no mundo … apenas a esperança me acalenta!
Outro acrescenta:
_ Gostava de dourar a minha taça e saudar com essa luz, todas as alvoradas, acompanhar essas alvoradas, em qualquer parte do meu planeta! Mas não o posso fazer e sofro! …
Outro diz:
- Quero brindar ao Amor – a toda a espécie de amor – mas onde vou fazer o meu brinde? O caminho está coberto, de inimigos sem rosto e areias movediças…Como o vou fazer, sem me perder? Respondam, por favor!
Outro avança, lentamente e diz:
- Nada me apetece fazer! Não tenho a quem brindar e o Ar está envolto em neblina que flutua e desenha riscos e quadrados…
Não vou brindar a figuras geométricas! Não quero perder-me no labirinto complexo e envolver-me num sonho sem princípio, mas com fim. Não quero ilusões!!!
Outro destaca-se dos primeiros e diz:
- Lamento, mas não posso acompanhar! O caso é diferente …Perdi a minha Taça e dentro dela, iam as minhas emoções mais belas…
Não posso brindar!...
E o Narrador fala:
- Chegou o meu tempo e digo:
Brindemos ao esforço para os juntar – isso foi esquecido, num breve olhar…
Brindemos a esse esforço e aos Amigos comuns que vieram até nós através do vento, das nuvens e do espaço – mas brindemos – por estarmos vivos e possuirmos um lugar amigo onde podemos brindar à felicidade de um Novo Dia – igual a este!
Ou melhor do que este, onde as indecisões – não se possam acoutar.
Eu, Narrador brindo ao sol do meio-dia com alegria e junto-me a todos vós, na esperança de um Novo Dia – num mundo melhor!
Maria Luísa
Batam-me á porta
Os que andam lá por fora, à neve;
Batam
Os que tiverem frio ou sede;
Os que sintam saudades de um carinho;
Os desprezados;
Os que há muito não vêm uma flor
E encontram só poeira no caminho;
Os que não amam já, nem já os ama
Ninguém;
Os esquecidos de como se sorri;
Os que não têm Mãe …
Sebastião da Gama
E terminou a minha festa! Eu disse que era uma festa diferente!
Eu disse!...