Procura no silêncio
Do teu coração
Deixa que se acendam
As velas do Teu Altar,
E rodeada de Luz …
Tu sejas a Luz Comigo.
Podia dizer-te,
Estive tão longe de ti …
Mas não seria Verdade …
Estive sempre … Tão perto!
Que importa o nome …
Mas tu existes
E sempre que posso,
Caminho para ti,
E tu entendes …
E dás o esquecimento
Do sofrimento,
Da minha condição humana.
Possa sempre ficar contigo,
Ouvindo o teu coração pulsante
E o teu Silêncio …
Feito dos versos que te digo.
O Vento canta
Uma canção distante,
Levanta a areia da praia
E tudo rodopia à sua volta,
Naquelas tardes quentes
De águas tão frias,
Brilhantes
Cantantes
Coloridas
Da cor do Dia.
Leva para longe
A nostalgia
Deixa um areal diferente
E sinto quanto caminhas
Ao som desse Vento.
A areia ondula …
Mostra tesouros
Jóias do Mar e da Terra
E aquele Vento
Quente
Agreste
Rodopia contigo.
Vejo o arvoredo
Ondeando levemente
E as ondas sussurram
Reflectindo o Firmamento.
Alguém a contar
A tentar lembrar
A tua história.
E sempre os Poetas
Santos e Eremitas,
Escutam …
Como Eles sabem escutar …
E o teu falar
Levado nas ondas do Mar
Agitado e convulso
E o Vento
De Terras distantes …
É teu e um pouco,
Meu …
Para além de tudo! …
Sonho e dou realidade ao meu sonho:
Encontro-me no Reino do Amor …
Procuro os da minha imensa saudade
E vejo-os, ao longe, caminhando
Ao meu encontro …
E eu canto a minha Alegria!
São muitos … mais do que poderia desejar …
Tantos anos doloridos,
Sem os encontrar …
Benditos, Benditos, Benditos,
Aqueles a quem amei! …
QUEM DISSE? …
Quem disse que no Mundo
Não há lugar para a felicidade?...
Quem disse? E se disse …
Enlouqueceu!
Há que subir às alturas,
Qual Águia-real e observar
O Mundo e a Nós do Alto
Planar e ouvir
Os segredos reais!
Há tanta beleza!
Fortaleçamo-nos para subir
Ao cume e depois …
As agruras servem
Para que cresçamos.
Não as subestimemos,
Mas não as tomemos
Como modelos,
Dignos de louvor!..
Mostram-nos a sede da alegria,
Mostram-nos a sede do desejo,
Mostram-nos a sede dos anseios,
Mostram-nos a sede do Amor,
Como Pedra Basilar!
Alegria
Que é o Caminho
Para a Felicidade,
Dos nossos dias
E as loucuras
Da nossa Mocidade!
Catarina Pereira Santos
Colaboração de Maria Luísa Adães
Sabes?
Agradeço tudo quanto me dás,
A possibilidade de te sentir
E escrever.
Pulsa um coração forte
No teu interior
E sinto em Ti uma mulher
Possante, hercúlea, bela
Como Valquíria
De cabelos ao vento…
Num local flamante
Um pedaço do Paraíso.
Pertences à Terra!
E mais…
À minha terra!
À minha vida!
Aos meus sonhos!
A TUDO QUANTO AMO.
“A Arrábida não é deste mundo.
Depois dos cabreiros, é dos eremitas e dos poetas”
Vitorino Nemésio
Fora das tuas águas
As rochas
Perdem a vida …
A frescura,
O musgo
Verde-escuro.
Tudo morre …
Cobre-as de novo
E leva-as contigo
Ao local escolhido,
Onde o profano
Não possa chegar!...
Já contemplaste a planície, meu Amor?
Deita-te sobre a terra fresca
E fixa o olhar!
Abre os teus olhos
Que vês?
Dança ao longe, a beleza do infinito1
Já viste que nada há
Que te limite?!
Não ouças...
Ouve só o horizonte
E os segredos
Que ele te quiser contar!
Imaginas o aroma?
Pensas na distância?
Agora fecha os olhos,
E sente-te Lá
Ao longe …
E Perto dos teus Sonhos!
Não sou viajante
Do Espaço
E aceito …
Esta forma de viver
E saber …
Não há esquecimento
Apenas lembranças …
Recebi um e-mail formatado por : um_peregrino@hotmail.com
Reenviei, mas não posso deixar de dizer e de chamar a atenção, para o drama desta Mulher.
Todo o mundo clama, as orações repetem-se, as velas acendem-se, as pessoas recolhem-se
Ao silêncio e à meditação e pedem a Deus, a sua Libertação e a de todos, nas mesmas circunstâncias.
Tempo de” Inimigos sem Rosto” e da dificuldade de os combater, talvez seja a época em que a
Crueldade tem sido mostrada em todo o seu terror.
INGRID BETANCOURT sobrevive há seis anos numa prisão na selva, como refém da FARC.
Ajude-me a suportar
O que não posso compreender.
Ajude-me a mudar
O que não posso suportar.
São Francisco de Assis
O Princípio ético supremo é
A reverência pela Vida.
Ruben Alves
“Quem disser que a natureza
É indiferente às dores
E preocupações dos homens,
Não sabe de homens
Nem de Natureza.”
José Saramago
Obrigada a todos os Amigos que pararam para ler e pensar, no significado da “LIBERDADE” e na
Defesa da” DIGNIDADE HUMANA”.
Maria Luísa
Hoje é um outro dia; um dia diferente – talvez com mais esperança, alegria…menos pesado de nostalgia! Vamos analisar este dia!...
Ouvi falar da Tua transformação;
Ouvi dizer do Teu afecto por mim;
Ouvi o Teu pensamento e apanhei-o no ar, nas asas do vento e soube dos limites do meu tempo. O vento sussurrou ao meu ouvido esse segredo. E não gostei, dessa verdade!
Ouvi, de ouvidos fechados pela própria natureza – ouvi, com todas as minhas dificuldades! Mas o vento que me conhece, contou o Teu segredo e eu senti-Te no som deste vento e soube…estiveste comigo!
Ouvi o canto de várias vozes e os ecos repercutiam-se à minha volta, longe de mim e voltavam várias vezes e diziam – eu estou aqui!
Ouvi o rouxinol Persa e das Índias no dizer de um poeta amigo – BULBUL – assim chamado pelo João Carlos Raposo Nunes….Ouvi com este ouvido que tanta falta me faz e se perdeu no burburinho do mundo…
Mas ouvi a mudança da voz do vento e da minha própria voz, tornada num canto mais doce e maior a lembrar o BULBUL do Oriente.
Lembro o Oriente e o Poeta Fernando Pessoa – quando ele diz:
“Ao Oriente excessivo que eu nunca verei”…
Nostálgico e belo … Vem e Sê meu amigo!
E eu digo: interessa-me a eternidade à qual não posso fugir – mas acredita …
“Gosto de Viver” – não me tire esta ânsia e esta alegria …
Que eu sinto pela VIDA!
Nada faz sentido
Sem as Palavras!
Maria Luísa Maldonado Adães
“Da Cor do Mel e do Leite”
Vem ao meu encontro
Companheiro das ilusões
Fica e conta …
Diz
Dessa forma terna
Tão cheia de Tudo …
É este o lugar?
Não esqueci o Caminho?...
Senti o cheiro
Das Flores
E do Rosmaninho.
Adormeci …
Sonhei … E vi …
O romper da Manhã,
O Sol,
O encanto do Mar,
E barcos a navegarem
Ao longe …
Dá-me o pensamento
Das coisas,
Esquecidas por mim …
Deixa-me cantar!...
Eu sei cantar!...
Canções dolentes
Nas tardes quentes
E no entardecer …
Esqueço
Esta condição
De Peregrina …
E sou como Tu
Reflectida no Mar!...
Vem noite silenciosa
e extáctica,
vem envolver na noite, manto branco
o meu coração ...
“ Da Cor do Mel e do Leite
Escrevo
E penso em Ti
Perto e longe
De mim …
Deixa reencontrar
A simplicidade perdida
Esquecida,
Pela dor do Mundo …
…Sê o meu Mundo!...
Olho e temo
O escuro
Das Tuas Grutas.
A descida,
A dificuldade
Da subida …
Ter força
E subir …
Encontrar a Luz
E ficar …
Ciclo do Amigo
Das “Asas da Cor do Mel e do Leite”
“Terra Prometida” por Deus,a Moisés.
(Fuga do Egipto)
Maria Luísa Adães
Meu Amigo
A nossa festa acabou, mas deixa-me dizer-te, uma vez mais: trazias pedaços de luar nos Teus cabelos dourados e o Teu corpo, macio e brando entregava-se com quebranto e langor … Mas não parecias Tu …
Com essa forma subtil de amar!
Tudo terminou em cânticos de luz e de louvor!
Recordo o banquete, preparado por mim … aquele sabor ao néctar puro das abelhas – sem misturas –
Apenas os favos amarelos – alvéolos trabalhados com fervor – e os vinhos nos seus tons dourados e rosa, as flores perfumadas, ao longo do caminho … Tudo tão simples ao longo desta vida, nunca antes contada.
Mas a simplicidade, não é o meu atributo maior … Nada pode mudar neste meu Eu invulgar e vou continuar como sou – eu sei!
Perguntas se sou adepta do Paganismo?
Não sou!
Sou crente em DEUS … Sem esquecer o Filho!
Sentes como sou? Entendes-me? Acreditas em mim? Tornamos tudo mais fácil, na forma Poética de dizer.
Quando for possível – arranjo outra festa e convido mais gente.
E despida de modas e trajes complicados … Vou como em passerelle mostrar como sou e o meu costureiro mostra o meu corpo despido de fantasias e faço disso – o meu modelo – como escrevo os meus versos ou a minha prosa. É uma representação abstracta … Como um quadro pintado que só os críticos sentem, saber definir.
Jogo xadrez – agrada-me essa espécie de jogo – apreciada por tão poucos –, mas sinto-me bem no meu mundo, escrevendo com amor – gosto, por vezes, das coisas, lugares e pessoas de quem os outros não gostam. Escrevo para Todos e ainda mais, para aqueles que não querem ou não podem, entender – mas não o confessam!
Olho as figuras para a próxima jogada e lembro o meu Livro “Os 7 Degraus”, onde me foi mostrado o verdadeiro caminho e me deram a Luz quando as trevas desceram e me taparam, como se fosse NADA.
E fiquei sem ver … apenas cintilavam as figuras e eu apercebia-me que Elas ensinavam a vencer, a ganhar o Primeiro Lugar – ou quem sabe? O Último Lugar …
O teor desta Carta fala de tantas coisas, contadas por mim e por Ti. As Tuas, são as mais belas …
Intimistas e abstractas – quem dá por Elas? Os que passam e não lêem? E ainda, aqueles QUE NÃO PASSAM … Esses são os mais fáceis. Nada têm a dizer …
Admiro-Te com ternura, pela Tua solidão – Só Tua … E me deixares compartilhar o Teu estar.
Não estou mais só … Tenho-Te e escrevo por Ti … Apenas por Ti!
Estou no Mar
Olho o teu cimo,
Penso nos Deuses
Que te protegem
E te guardam,
Sentinelas vigilantes
Da tua Grandeza.
Olho o Espaço,
O Infinito ao longe,
E esqueço quanto escrevi …
Aquele falar de coisas
Que tu não entende
Ontem rumei à nossa Serra – subi aquele carreiro com degraus – estreitos e íngremes, cobertos de musgo a escorregar…ali estava a minha gruta; uma vela acesa e no ar o magnetismo e o mistério secular – como se orações e pensamentos retidos no tempo, ali me esperassem, para me ajudar e me falar.
Sentei-me junto ao Altar, na esperança, sempre crescente, de Te encontrar e escrever esta carta, Contigo – meu Amigo…meu Amigo… das horas calmas e mansas e das noites com luar.
Vou dar uma Festa! Resplandecente e quente! Repleta de magia e sensualidade!
Preparo o banquete – e És meu Convidado!
Esquecemos as críticas e os críticos, os que lêem e os que fingem ler…E é outra…
Diferente da primeira…parecida com a última...
Lança ao mundo, os meus livros,
Como símbolos e despidos de qualquer vaidade – somos livres de pintar os muros à nossa volta – e as flores surgem de mil cores, rodeadas do verde, não agredido, da nossa Serra e a nossa nudez é real e pura, misturada da nossa alegria.
Canto uma canção de amor!
É uma canção pagã!
E eles não entendem, este riso, esta alegria!
Podem esquecer, isto que digo!
Mas digo a verdade e agrido a mentira!
Tudo quanto escrevo veio comigo quando aceitei a Vida!
Reconheço as dificuldades em descobrir o lado certo…mas sou Poeta – como sabes – e não vou deixar de o ser, para agradar. E a festa quente e pura já começou…Quando chegaste!
Eis a nossa missão a ser cumprida e a felicidade acompanha as nossas danças no lugar Sagrado e embala-nos neste sonho e torna tudo realidade.
ENTÃO ISTO É REAL
Um poeta escreve a sua prosa
Escreve e põe nesse escrever
A sua alma, feita da sua verdade
Ele diz e expressa sentimentos em palavras…
Ele torna possível que este e o outro
Se defina e sinta…
Entende o amigo
Esclarece o desconhecido
… Como só ele sabe fazer.
Mas não tem Pátria
Não pertence a qualquer lugar do mundo
Distanciou-se, mercê desse Dom…
Pertence aos que dispersos imploram
A entrada no Templo Sagrado.
Diz coisas que encantam as gerações
… Mas não encontra a sua própria felicidade
Isolou-se do mundo
E de si próprio
PERTENCE AO UNIVERSO!
Transpôs o Limiar de Uma Porta Fechada
… Assim em solidão
E não de outra forma.
Há umas Rosas
Nas tuas grutas
Escondidas,
Ao olhar profano
Dos mortais.
Apenas acordam
Ao sussurro do Vento
E se mostram para ele
A uma intimidade maior.
E tu não és indiferente
A tanta solicitude
Agreste ou cândida
E ondulas as tuas vestes,
Levemente as levantas,
Repletas de cores
Brilhantes de Sol
E luz das Estrelas
NUM CONVITE FINAL!...
Também te quero falar,
Da beleza da minha terra,
Do meu Mar
Da minha Serra.
Acolheu tantos eremitas
E apesar das agressões,
Continuam os cactos a florir,
Mil flores quase desconhecidas,
Nascem na minha Serra
E contemplam o mar,
Reflectem-se nas águas límpidas
E elas dizem no seu sussurrar,
O Planeta é brilhante,
Transparente, lúcido, benevolente.
E eu numa dessas grutas,
Nesse ambiente de quietude,
Sinto sempre …
O sofrimento nos bastidores do mundo
E tira a Harmonia a tudo …
Mas ela … a Serra de todos
Mais o Mar … é diferente …
Fala de Amor …
E vejo-me espelhada
Nessas águas de Paz.
Frei Agostinho
Das horas derradeiras
Dos meus silêncios
Das minhas caminhadas,
Quem mora para além
Das tuas grutas
E me fecha as portadas
E me faz entrar
Como mendiga
E me trata
Como se fosse NADA?
Empresta-me o teu manto
O teu capuz de frade
O teu bordão de caminhante
Diz-me onde estou e quem sou
E ajuda-me a encontrar
E a estar junto ao teu lugar! …
E o meu Amigo encantado
E as nossas festas
Sem pecado?
Responde ao chamado!
Eu quero entrar
Ficar e orar
Descansar e amar …
Neste lugar.
Quero regressar!
. ROUBO
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. Amo!
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. FOGO
. NOITE
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. VIDA
. NUA
. REALIZAR