Talvez as minhas estradas sejam outras,
Estradas sem acidentes maléficos
Que levam a vida humana.
Estavas sentado à tua porta,
Tinhas terminado a tua tarefa,
Desbravando a terra
Que te alimentava.
Estavas, talvez, sonhando,
Sem saber o que é sonhar
E de repente, surge da noite quente
E do ar tépido
O monstro do fanatismo e da guerra.
E num segundo do teu tempo,
Roubou-te a Família e a terra
E fugiste … nada podias fazer.
Ao Longe uma estrada deserta acenou
E caminhaste ao seu encontro.
ESTRADAS
A poeira sucumbe o caminhante,
Ele não sabe onde o leva a estrada,
Ele não sabe …
Mas não conhece outro lugar,
Perdeu tudo quanto amava,
Aldeia
Família
Amigos
Nada lhe resta … apenas a estrada,
Feita de poeira
E talvez o leve ao Nada.
Sabem como ele caminha?
Como pode caminhar alguém que tudo perdeu?
A aldeia onde vivia desapareceu,
Levada pela ira brutal de outros homens
E ele não morreu … na avalanche do ódio,
Do único mundo que conheceu …
Não sabe dos confrontos do mundo,
Ele não sabe …
Apenas sabe que não tem nada,
Nem outra estrada,
Nem Família
Nem Amigos.
Isso sabe …
Está só no desconhecido
E foge do pouco que conheceu,
Talvez se salve
Talvez morra …
Não encontra nada
Que lhe dê guarida …
Ele apenas conhece a morte
E aquela estrada, infindável.
Afasta-se do seu pobre sonho,
Enterrado algures,
Pelos outros homens.
Eu nada posso fazer,
Só dizer à minha maneira
Que ele não vai ler …
Nem vai ouvir …
Apenas caminhar,
Com a dor muito grande,
Dos que nada são,
Dos que nada têm.
Mas o mundo de que foge,
Também é dele …
Sim, teu …
Caminhante exausto e dolorido,
Numa jornada sem fim.
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