Quarta-feira, 28 de Maio de 2008

POEMA DE AMOR

 

 

 

 

Uma onda

Vinda do Teu Mar

Bateu em mim,

Diluiu-se em espuma

Reflectiu-se em Ti …

 

 

Apressei o caminhar

Corri ao Teu encontro

E juntos,

Como seres da Natureza

 

Reunimos os pedaços dispersos

Aqui e ali …

 

E construímos

Os nossos Poemas de Amor

 

Feitos da espuma do Mar!...

 

publicado por M.Luísa Adães às 21:00
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Quinta-feira, 15 de Maio de 2008

CANTAR E DANÇAR...

 

 
 
Vamo-nos juntar
Cantar e dançar
Ao som do teu Mar
E recordar,
 
Primaveras floridas,
Verões cintilantes
De Luz,
Outonos de folhas
Caídas,
Invernos verdejantes
E chuvas constantes.
 
Corremos pelas veredas
Espreitamos as grutas
Sentimos o perfume
De flores
E juntamo-nos
À volta,
Dos habitantes das matas
E inundamo-nos
De Luz,
 
Convocamos os Amantes
E os Poetas
E eles respondem
A este chamar
E acompanham,
A Festa
O Canto
A Dança.
 
Abraçamo-nos de Alegria
Não choramos…
E escutamos a música
Do Mar e do Vento
 
Tantos fomos,
Tão poucos restamos…
 
Mas temos este Lugar
E não esquecemos
E não morremos…
 
Senhora,
Somos Teus Filhos
Pela Graça de DEUS!...
publicado por M.Luísa Adães às 11:50
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Domingo, 11 de Maio de 2008

EU E TU

 

 

 

 

Saímos a passear

A contar as ternuras

Do instante

A louvar a Beleza

E a amar,

 

Naquele Amor

Constante

Do nosso ser,

 

Tudo foi

Um reencontro

De uma visão passada

Tornada Real,

 

Como tudo

Quanto nos juntou

Neste lugar

E no outro …

 

E deixou

De haver separação

Apenas o encanto

 

Meu e teu

E este Amor,

 

Tão fácil de dizer

E difícil de entender.

 

publicado por M.Luísa Adães às 12:36
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Terça-feira, 29 de Abril de 2008

? .......

 

Não vou dizer o teu nome

Que importa o nome …

 

Mas tu existes

E sempre que posso,

Caminho para ti,

E tu entendes …

 

E dás o esquecimento

Do sofrimento,

Da minha condição humana.

 

Possa sempre ficar contigo,

Ouvindo o teu coração pulsante

E o teu Silêncio …

 

Feito dos versos que te digo.

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 17:14
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Segunda-feira, 28 de Abril de 2008

CANÇÃO DO VENTO

 

 

 

O Vento canta

Uma canção distante,

Levanta a areia da praia

E tudo rodopia à sua volta,

Naquelas tardes quentes

De águas tão frias,

Brilhantes

Cantantes

Coloridas

Da cor do Dia.

 

Leva para longe

A nostalgia

Deixa um areal diferente

E sinto quanto caminhas

Ao som desse Vento.

 

A areia ondula …

Mostra tesouros

Jóias do Mar e da Terra

E aquele Vento

Quente

Agreste

Rodopia contigo.

 

Vejo o arvoredo

Ondeando levemente

E as ondas sussurram

Reflectindo o Firmamento.

 

Alguém a contar

A tentar lembrar

A tua história.

 

E sempre os Poetas

Santos e Eremitas,

Escutam …

Como Eles sabem escutar …

 

E o teu falar

Levado nas ondas do Mar

Agitado e convulso

E o Vento

De Terras distantes …

 

É teu e um pouco,

Meu …

Para além de tudo! …

 

publicado por M.Luísa Adães às 13:30
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Quarta-feira, 23 de Abril de 2008

VALQUÍRIA

 

 

Sabes?

Agradeço tudo quanto me dás,

A possibilidade de te sentir

E escrever.

 

Pulsa um coração forte

No teu interior

E sinto em Ti uma mulher

Possante, hercúlea, bela

Como Valquíria

De cabelos ao vento…

 

Num local flamante

Um pedaço do Paraíso.

 

Pertences à Terra!

E mais…

À minha terra!

À minha vida!

Aos meus sonhos!

 

A TUDO QUANTO AMO.

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 18:59
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ROCHAS FORA DAS ÁGUAS

“A Arrábida não é deste mundo.

Depois dos cabreiros, é dos eremitas e dos poetas”

                    Vitorino Nemésio

                                                        

 

                                                                                               

Fora das tuas águas

As rochas

Perdem a vida …

A frescura,

O musgo

Verde-escuro.

Tudo morre …

 

Cobre-as de novo

E leva-as contigo

Ao local escolhido,

 

 

Onde o profano

Não possa chegar!...

 

  

publicado por M.Luísa Adães às 18:48
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Sexta-feira, 18 de Abril de 2008

ACEITO ...

 

 

Regresso ao meu Tempo

Não sou viajante

Do Espaço

 

 

E aceito …

Esta forma de viver

 

 

E saber …

 

 

Não há esquecimento

Apenas lembranças …

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 19:23
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Domingo, 13 de Abril de 2008

REFLEXOS

           Nada faz sentido

 

           Sem as Palavras!

 

Maria Luísa Maldonado Adães

 

“Da Cor do Mel e do Leite”

 

        

Vem ao meu encontro

Companheiro das ilusões

Fica e conta …

Diz

Dessa forma terna

Tão cheia de Tudo …

 

É este o lugar?

Não esqueci o Caminho?...

Senti o cheiro

Das Flores

E do Rosmaninho.

 

Adormeci …

Sonhei … E vi …

O romper da Manhã,

O Sol,

O encanto do Mar,

E barcos a navegarem

Ao longe …

 

Dá-me o pensamento

Das coisas,

Esquecidas por mim …

Deixa-me cantar!...

 

Eu sei cantar!...

 

Canções dolentes

Nas tardes quentes

E no entardecer …

Esqueço

Esta condição

De Peregrina …

 

E sou como Tu

Reflectida no Mar!...

 

 

 

            

   

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 12:28
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Sábado, 12 de Abril de 2008

SIMPLICIDADE

 

                           

 

Vem noite silenciosa

e extáctica,

vem envolver na noite, manto branco

 

 

 

o  meu coração ...

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)     

 

 

 

 

 

 

 

“ Da Cor do Mel  e do Leite

 

Escrevo 

E penso em Ti

Perto e longe

De mim  …

 

Deixa reencontrar

A simplicidade perdida

Esquecida,

Pela dor do Mundo …

 

…Sê o meu Mundo!...

 

Olho e temo

O escuro

Das Tuas Grutas.

 

A descida,

A dificuldade

Da subida …

 

Ter força

E subir …

Encontrar a Luz

E ficar …

 Na Gruta escolhida ...

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 19:17
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Quarta-feira, 9 de Abril de 2008

INFINITO

                            Só no 0uvido dos versos

                             Onde a seiva não corre

                              Uma rima perdura

                                O dizer com brandura

                                Que um Poeta não morre

                                      

                                            Miguel Torga          

                             

 

                                  

                                                                         

 

                                                                              

 

 

 

 

                     Estou no Mar

                     Olho o teu cimo,

                     Penso nos Deuses

                     Que te protegem

                      E te guardam,

                      Sentinelas vigilantes

                      Da tua Grandeza.

 

                       Olho o Espaço,

                       O Infinito ao longe,

 

                       E esqueço quanto escrevi …

 

                       Aquele falar de coisas

                       Que tu não entende

 

publicado por M.Luísa Adães às 18:23
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Sábado, 5 de Abril de 2008

ROSAS

 

 

 

 

Há umas Rosas

Nas tuas grutas

Escondidas,

Ao olhar profano

Dos mortais.

 

Apenas acordam

Ao sussurro do Vento

E se mostram para ele

A uma intimidade maior.

 

E tu não és indiferente

A tanta solicitude

Agreste ou cândida

E ondulas as tuas vestes,

Levemente as levantas,

Repletas de cores

Brilhantes de Sol

E luz das Estrelas

 

NUM CONVITE FINAL!...

 

publicado por M.Luísa Adães às 15:01
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Terça-feira, 1 de Abril de 2008

SERRA

      

Também te quero falar,

 Da beleza da minha terra,

 Do meu Mar

 Da minha Serra.

 

 Acolheu tantos eremitas

 E apesar das agressões,

 Continuam os cactos a florir,

 Em cada Primavera.

 

 Mil flores quase desconhecidas,

 Nascem na minha Serra

 E contemplam o mar,

 Reflectem-se nas águas límpidas

 E elas dizem no seu sussurrar,

 

 O Planeta é brilhante,

 Transparente, lúcido, benevolente.

 

 E eu numa dessas grutas,

 Nesse ambiente de quietude,

 Sinto sempre …

 O sofrimento nos bastidores do mundo

 E tira a Harmonia a tudo …

 

 Mas ela … a Serra de todos

 Mais o Mar … é diferente …

 Fala de Amor …

 

 E vejo-me espelhada

 Nessas águas de Paz.

 

publicado por M.Luísa Adães às 16:30
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FREI AGOSTINHO

 

 

 

Frei Agostinho

Das horas derradeiras

Dos meus silêncios

Das minhas caminhadas,

 

Quem mora para além

Das tuas grutas

E me fecha as portadas

E me faz entrar

Como mendiga

E me trata

Como se fosse NADA?

 

Empresta-me o teu manto

O teu capuz de frade

O teu bordão de caminhante

A tua espada cintilante

 

Diz-me onde estou e quem sou

E ajuda-me a encontrar

E a estar junto ao teu lugar! …

 

E o meu Amigo encantado

E as nossas festas

Sem pecado?

 

Responde ao chamado!

 

Eu quero entrar

Ficar e orar

Descansar e amar …

Neste lugar.

 

Quero regressar!

 

 

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 15:01
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Domingo, 30 de Março de 2008

ARRÁBIDA, SERRA, MAR e VENTO

 

 

 

 

_ Eu não quero cantar-te, minha Amante,

Minha Mãe, minha irmã, minha Senhora:

Eu só quero entender-te toda a vida

 Como te entendo, Serra!, nesta hora.

 

         Sebastião da Gama                    

  
 
 
 
 
 

 

 

Serra e Mar

 

Onde estás?

 

Onde moras?

 

Quando voltas?

 

Não esqueças

Este sentir

E o amor por ti!...

 

Somos teus filhos

E TU ÉS A MÃE! …

 

Maria Luísa Adães

 

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 11:25
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Domingo, 23 de Março de 2008

PRIMAVERA

 

Estou na Serra; na nossa Serra … Nossa Mãe.

Eu e Tu …

Sentimos o perfume das flores; olhamos as árvores e elas apresentam outras cores … mais vivas e alegres.

O Ar à nossa volta é mais leve; o Vento tem uma voz diferente.

Há mais barcos sulcando o mar. Barcos de todos os tamanhos e de todas as cores.

As nuvens correm traçando desenhos ao nosso gosto. Ligeiramente acinzentadas e brancas, como Anjos da Corte de Deus.

Descem da Serra, misturam-se ao Mar.

 

Olhamos o cimo e lá se encontram as Sentinelas, vestidas de outros tons.

Os habitantes da Serra saíram das grutas e retocam as árvores e as flores. Trabalham na beleza da Serra e ela, debruça-se olhando o mar e sente-se brilhante e feminina; e gosta… a juventude está igual a ela própria, reflectida no imenso espelho à sua frente. Fonte da Vida, de limpidez angélica.

 

Sinto-me feliz no descobrir de Tudo, quanto não seria possível ver – sem Ti…

Aquele Amigo diáfano caminha na areia da praia; não foge; flutua nas suas asas da cor do mel e do leite, qual Querubim brincando.

 

E sei! A Primavera voltou … O Inverno passou!...

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 14:58
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Terça-feira, 5 de Fevereiro de 2008

DANÇAS

 

 

 

 

Cantas e danças

Ao Luar

Iluminas o Mar

Calas o Vento

Transformas a Noite.

 

Envolve-me no feitiço

Da Noite

Do Luar

Do Vento

E do Mar.

 

Prende-me

Nos teus braços

E dança,

Canta

Como tu sentes

Como tu és …

 

 

E eu danço Contigo!...

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 20:56
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Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2008

VOAR

 

 

Um dia …

Ouvi alguém assobiar

O canto

Do teu Vento

Batendo na Asa Delta,

Sonho dos homens

De voar.

 

Escutei aquele som

E encontrei-me

Por instantes,

Nas tuas matas.

 

Ali estava de novo

E o sonho …

Sonhado

E não realizado …

 

Não senti o murmúrio

Cálido e distante

A voar …

Não tive esse talento!...

 

Nada fiz

De diferente!...

publicado por M.Luísa Adães às 22:23
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Quarta-feira, 30 de Janeiro de 2008

REAL E PURA

 

 

 

Vem ao mundo da Poesia

Vem de novo …

E dá-me a tua imponência

E ainda o teu silêncio

… Que tudo diz.

 

Canto para ti nestes versos

… Só meus,

Olho as tuas estrelas à noite

E mais a Lua quando ela se levanta

 

E se mostra no Luar

E se espelha preguiçosa

Nas águas do teu Mar

 

No recanto único

… Só teu

E um pouco meu …

 

E me dá a benesse …

 

A benesse do Amor e da Paz.

publicado por M.Luísa Adães às 18:16
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MÃE

 

 

Amo-te,

Talvez por seres,

Misteriosa e bela,

Frondosa, colorida

E possuíres o Mar,

Mais sereno do Mundo.

 

E as Sereias vêm preguiçosas,

Dormir, ou descansar,

E embaladas nas tuas águas,

Elas voltam sempre,

Em dias de Sol,

Em noites de Luar.

 

Dou mais uns passos,

No meu caminhar.

Estou no teu monte,

Olho a tua Ilha

Escuto o som do vento,

Envolvido no murmúrio

Do mar …

 

E sonho,

Com todos, quantos conheci

E perdi … levados pelas águas,

Para outras praias,

Longe de ti.

 

Mas tu,

És sempre a Serra,

Forte, serena, distante.

 

Este Mar é teu

Belo, límpido, brilhante …

 

É teu filho …

Sim … teu filho,

 

… E tu és a Mãe.

publicado por M.Luísa Adães às 17:09
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Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2008

CONFESSO

 

 

 

 

ESTOU TÃO SÓ,

NUM ENTARDECER TÃO BELO,

COMTEMPLO A NATUREZA,

OLHO O INFINITO …

E SEI

VOU ESTAR, SEMPRE ASSIM,

OU TALVEZ NÃO,

DEPENDE DE MIM …

 

E NO SILÊNCIO DESTA SERRA,

 

SOU CRIATURA MINÚSCULA,

 

PRENDO, COM FORÇA,

A RAÍZ DE UMA ÁRVORE SECULAR,

NÃO ME QUERO PERDER,

NO MEU CAMINHAR.

 

NO CIMO,

ENQUADRADO COMO PINTURA,

O CONVENTO, PERTENÇA DA SERRA,

É UM PONTO DE REFERÊNCIA

PARA SUBIR.

 

PARECE TÃO PERTO

E ESTÁ TÃO LONGE …

 

OS DEUSES

AS CRIATURAS PEQUENAS

E TÍMIDAS,

HABITANTES DAS TUAS MATAS,

ESCONDEM-SE AMEDRONTADAS.

 

MAIS TARDE

QUANDO TUDO SE AQUIETAR,

ELAS CONTAM HISTÓRIAS DE ENCANTAR.

 

TALVEZ UM DIA …

CONTEM A MINHA VIDA

E EU ENTRO NO MURMURAR,

DO VENTO E DO MAR,

 

COMO FADA OU SENTINELA,

DO TEU ESTAR …

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 17:41
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Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2007

EU QUERO VOAR

 

 

 

 

Eu sinto,

A alegria do amanhecer

 

Eu ouço,

Os pequenos insectos

Fecundando a Vida

 

Eu canto,

Canções dolentes

Nas tardes quentes

 

Eu amo,

O Vento

O Mar

O verde de mil tons

A voz de alguém

Distante …

 

Eu quero,

Sonhar

Acompanhar

Viver

Sentir

O Teu adormecer …

 

Eu espero,

Ser alegre

Viva e forte

Como Tu és …

 

E saber sempre …

Nunca esquecer

O meu lugar …

 

E Voar

 

Nas asas do Teu Vento …

 

 

 

 

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 13:36
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Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2007

FINALMENTE

 

 

 

 

Amanhece …

Vejo o teu acordar,

Olhas à tua volta

E lembras o encontro.

 

A escada atapetada

DE flores matizadas

Brilha … ao longe …

Sais imponente

Das tuas águas.

 

Pousas os teus pés

Diáfanos e gentis

Nas areias douradas.

Escutas atento

O sussurrar do Vento

E sentes, o pulsar

De tantos corações.

 

E vens, finalmente,

Vestido de algas verdes

E espumas cintilantes

Como diamantes,

Invulgares …

 

Rodeado do teu séquito

Caminhas ao nosso encontro;

As Sereias cantam

O seu canto de encantar,

Os insectos pululam,

O Mundo misterioso

Escuta o aproximar …

 

E longe de olhares humanos

Longe de multidões gritantes

Vens flamante e terno

Num estar de felicidade

Constante.

 

Bendito seja esse Mundo …

 

Onde todos têm lugar

E se sente

A placidez inebriante

De alguma coisa diferente

Onde apetece ficar …

 

E não voltar!...

 

 

 

 

 

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 16:47
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Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007

OS FILHOS ESPERAM

 

 

 

 

Sereias

Vindas de longe,

Golfinhos brincando,

Peixes saltando,

Aguardam o Pai

Esquecido de tudo.

 

Envolto no canto

Da maré,

Matizado de Luz

Pálida e dourada

Estremecido

Na cadência dolente

Das águas …

Em Paz...

 

Entendo e aceito

A Tua Paz!...

 

Fosse ela

A minha Paz!...

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 17:43
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Domingo, 11 de Novembro de 2007

APENAS NESSA HORA

 

 

 

E nas tardes quentes,

As cigarras cantam descuidadas

A sua alegria,

Sentem o Sol tão brilhante,

Naquela Serra tão verdejante.

 

Caminho nas veredas,

Vejo ao longe os barcos acenando,

E as águas quais Fadas do Oceano

 

Flutuam voluptuosas e belas,

Num chamado constante …

 

E a tarde aproxima-se,

E numa determinada hora,

Tu falas,

Eu ouço o teu falar,

 

Apenas nessa hora …

 

publicado por M.Luísa Adães às 15:25
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Terça-feira, 6 de Novembro de 2007

MÚSICA

 

Tens a tua música

Um ar só teu

E preces de tantos

Quantos se acolheram

Ao teu encanto,

Procurando Deus.

 

E isolados do Mundo

Viveram Vidas

Nunca narradas

Sentimentos difíceis

De dizer …

 

Subo as tuas escarpas

Fico perto

Do Infinito,

Mais pura,

Leve,

Translúcida,

Vaga

E terna …

 

Sempre mais perto

Do Espaço

E do Tempo

E do Feitiço

Do qual eu falo,

 

Em todos os meus versos!...

 

publicado por M.Luísa Adães às 12:25
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RECONHEÇO

 

Tu és o Mar!

Sei do teu encanto

Temo a tua força

Não sou tua! …

 

Sinto o sortilégio

Do teu canto,

A ternura

Do instante,

 

No reflexo do Luar

Tu brilhas

E chamas …

Ondeando as águas.

 

Ouço o teu chamar

Mas não posso andar

Na estrada de prata,

Feita dos pedaços

De luar …

 

Fico na Serra

No mistério das Sombras

No aperceber de sons

Desconhecidos …

 

Sou uma árvore

Alimentada de seiva

 

E sei …

Pertenço à Serra! …

 

publicado por M.Luísa Adães às 11:58
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Terça-feira, 30 de Outubro de 2007

OUTONO

 

Tudo passa e se renova.

Não há hora derradeira e final.

Há, apenas, a mudança da Vida … O passar de Gerações.

Tu ficas!...

Apenas muda o cambiante das cores e o Vento traz uma canção diferente … E o Mar fica gritante e dorido; adivinha a mudança.

As formigas recolhem ao celeiro. Não as vejo caminhando nas pequenas estradas, feitas por elas.

As cigarras deixaram de cantar … não têm casa nem sonhos a realizar.

E conhecendo este Mundo, vivendo dentro Dele, sinto a Verdade sem nuances – apenas a Verdade Real – mais um Verão passou;

O OUTONO voltou …

 

Tons dourados espalhados pela Serra, espelhados no Mar.

Aguardo o renascer; o Princípio, o Fim, constantemente renovado e DIZENDO … NÃO HÁ FIM … mas o renovar do Tempo.

 

E ela a Serra mais o Mar e o Vento falam de Amor, cada vez mais, Amor …

Com eles, o Mundo dos Homens liberta-se da dor e da amargura.

 

 

Serra, nada te pode agredir!...

 

publicado por M.Luísa Adães às 12:56
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VERÃO

 

A Grandeza de Deus transmite-se na metamorfose das Estações.

Espero a Tua vinda; És o meu bordão nesta viagem do tempo.

Neste livro dedicado à Serra, ao Mar, ao Vento e ao Mundo que Os rodeia, quero dar tudo quanto sei e a projecção do que serei.

Em solidão vivo … Aguardo o Teu chamar … e nesta espera assisto à transformação da Natureza e entro num Mundo Real de palavras ditas e sentidas. Numa outra dimensão eu vivo, enquanto escrevo.

 

Sinto no Ar a diferença … O Mar tomou a cor do Infinito, as águas mais azuis e frias, no contraste desta Serra, onde a beleza se mistura ao Milagre do Amor.

As nuvens correm minúsculas e brancas; as cigarras descuidadas, encantadas, cantam; as formigas trabalham apressadas.

Tempo de todos; a nostalgia passou; a alegria voltou; o Verão entrou.

 

Que procuro mais? Se nada encontro igual a este instante sereno e cálido?

Sou – sei – pequena nuvem fragmentada, docemente diluída por um vento quente e suave.

O Vento cantante, desta Serra … deste Mar.

 

publicado por M.Luísa Adães às 12:51
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PRIMAVERA

 

Estou na Serra; na nossa Serra … Nossa Mãe.

Eu e Tu …

Sentimos o perfume das flores; olhamos as árvores e elas apresentam outras cores … mais vivas e alegres.

O Ar à nossa volta é mais leve; o Vento tem uma voz diferente.

Há mais barcos sulcando o mar. Barcos de todos os tamanhos e de todas as cores.

As nuvens correm traçando desenhos ao nosso gosto. Ligeiramente acinzentadas e brancas, como Anjos da Corte de Deus.

Descem da Serra, misturam-se ao Mar.

 

Olhamos o cimo e lá se encontram as Sentinelas, vestidas de outros tons.

Os habitantes da Serra saíram das grutas e retocam as árvores e as flores. Trabalham na beleza da Serra e ela, debruça-se olhando o mar e sente-se brilhante e feminina; e gosta… a juventude está igual a ela própria, reflectida no imenso espelho à sua frente. Fonte da Vida, de limpidez angélica.

 

Sinto-me feliz no descobrir de Tudo, quanto não seria possível ver – sem Ti…

Aquele Amigo diáfano caminha na areia da praia; não foge; flutua nas suas asas da cor do mel e do leite, qual Querubim brincando.

 

E sei! A Primavera voltou … O Inverno passou!...

 

publicado por M.Luísa Adães às 12:50
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Familia Maldonado /Brasão