Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2010
Imagem Internet / Salvador Dalí
Hoje não ouço as vozes,
Vou sem rumo
Tão grande o Mundo
E países tão distantes…
Hoje não ouço as vozes,
As vozes daquele tempo.
Hoje estou unida a ti,
Desejosa de ti
Do teu amor
Flores molhadas
Junto a mim.
Hoje sou magia e esplendor,
Num mundo de fogueiras acesas
No mistério de quem sou.
Que te vou dizer
Se me interrogas
Acerca de tudo?
Conheço as sombras,
Conheço as luas,
Conheço assombros,
Conheço o amor
À distância
E cubro minha nudez,
Com esse amor.
Te beijo,
Te abraço,
Te amo,
Te desejo,
Te quero…
Me perco
Em teus braços.
A fogueira acendeu
Eu sou a fogueira,
E ardo nos teus braços
Do teu desejo e afecto,
De meus abraços.
E quando a apagar
Apago com amor,
A perdição
De uma vida!
E nesse instante
Torno a ouvir,
As vozes
Daquele tempo.
Mas hoje, não…
Hoje és tu e eu!
Maria Luísa O. M. Adães
Janeiro 2010
Maria Luísa:
Muito agradecido por gostares do que escrevo, concretamente no comentário acima ao teu deslumbrantíssimo poema, capaz de sensibilizar qualquer poeta ou qualquer amante, ou qualquer pessoa mesmo que só minimamente sensível, ainda que tivesses exprimido tão resumidamente, mas tão elucidantemente, o teu apreço ao que escrevi no comentário, e fizeste-o assim por motivos de saúde, eu sei.
Por isso te desejo profundamente as melhoras o mais rapidamente possível, até à total recomposição. Que a saúde regresse a ti de todo, para que, por aqui, os teus tão maravilhosos poemas não faltem e, acima de tudo, voltes a sorrir sadiamente à vida qual estrela a iluminar de alegria teu próprio coração e o dos que rodeiam ou te aparecem no caminho, mesmo até neste internético caminho.
Beijinhos.
Mírtilo
Mírtilo
Me deslumbra tua forma de dizer,
a sensibilidade e símbolismo do que escreves,
em resposta ao que escrevo.
Lindo de encantar - que bom te conhecer!
A saúde continua difícil.
Beijo grande da amiga,
M. Luisa
Comentar post