Imagem Internet/ Salvador Dalí / Crowd/ Multidão
Eu estava contigo,
Caminhávamos por entre a turba
Nada nos prendia nesse caminhar.
De mãos dadas
Absortos na caminhada,
Respirávamos o ar.
A turba conturbava,
Fazia perder o ritmo
Da caminhada.
Mas nada importava,
Nem a turba
Que estorvava.
Olhando as estrelas
Nossa bússola,
Caminhávamos.
Procurávamos a Paz,
Uma e outra vez encontrada
Uma e outra vez procurada.
Perdidos na turba
Sedenta de encontrar,
Nós caminhávamos.
Indiferentes
Ao rolar da turba
Por entre nossos passos.
Procurando não perder
A estrela que nos guiava,
Caminhávamos.
Tudo se diluía ao passar,
Não olhávamos
E aceitávamos as palavras, usadas
A turba já cantava,
Não nos interessava
Nada mais contava.
Nem a turba que cantava
Nem os que fugiam,
Não nos pertenciam.
E continuávamos,
Seguindo a estrela
Que nos guiava.
A alma do sonho chegava,
As portas de ouro se abriam
E nós entrávamos.
Quietos e pálidos
Assombrados
Mistificados
Perdidos
Sem terra
Sem estrelas
Olhos fechados
Sem abrigo.
Símbolos e enigmas,
Nós estávamos presentes
A turba faltava.
Maria Luísa O. M. Adães
Dezembro de 09
De
maripossa a 12 de Dezembro de 2009 às 18:23
Maria Luísa.
Já algum tempo sabes que te acompanho nas horas e dias de escrita neste canto, mas senti um desejo de caminhar a teu lado, porque neste caminhar da vida e diária , sentimos a falta de espaço e onde a alma se sinta livre de pensamento, não ter medo da sombra, e pensar em paz, que tanta falta faz em tanta situação. Gostei do poema, bem retratado no tempo, bfs.Beijinho amigo Lisa
Lisa
Estás a ficar, cada vez melhor, nos teus comentários.
E podes caminhar a meu lado por entre "A Turba",
na procura, constante,
da liberdade pensante.
Obrigada por gostares do poema e o sentires e
entenderes, tão bem, nesse teu dizer - "bem retratado no tempo"...
Beijos da amiga,
Maria Luísa
De
maripossa a 14 de Dezembro de 2009 às 21:46
Maria Luís. Foi neste teu caminhar, que foi ao encontro de alguma coisa que senti neste momento em que aqui escrevi, e como por vezes sou sonhadora e sinto o que os outros não sentem, porque a sensibilidade delas os abstrai das realidades. Para escrever sentimentos, se tem de ter o coração solto de amar, sentir, e ser livre de voar, para ir ao encontro do vento.
Beijinho doce Lisa
Lisa
Lindo o que dizes, ao falar de sentimentos,
coração solto
livre de voar
e amar.
Assim podemos caminhar por entre A Turba e tentar
encontrar o lugar onde vamos amar
e o silêncio e a Paz,
nos podem acompanhar.
Adorei o teu entender! Beijos da sempre amiga,
Maria Luísa
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