Imagem Internet / Salvador Dalí / corde pulsum tangite...
Não vou contar cada palavra
Colocar uma folha no teu lugar
E cantar meu canto
Sem brilho e sem luar.
Perdeu-se na poeira
Do caminho
E não vou contar.
Diluiu-se na espuma do mar,
Levado a outro lugar
Como posso contar?
Ficas no teu horizonte quieto,
A perfídia manchou teu lugar
E te aquietou perplexo,
Como contar?
A maldade não ficou no mar
Não pertence ao mar,
Mas sim ao fogo.
E o fogo destrói e vence,
Por momentos longos
De um campo funesto,
Não rogues nem chores.
Não pertences ao mar,
Não pertences ao fogo,
Não pertences ao Infinito
Supremo e eterno,
Não pertences ao deserto,
Não pertences ao sol,
Não pertences à água viva,
Em correria brusca, tu foges…
Para ti,
Todas as palavras são inúteis!
Como contar?
Olho o céu
Caminho devagar,
Olho a lua e penso…
Plantada à beira do mar,
Nascida do feitiço
Da lua e do Luar
Esta eu sou,
Quem vai acreditar?
Vou sem rumo,
Tão grande o mundo
E países tão distantes
E saber que nada sou
E sem ti, unicamente morria.
Aqui fica a minha voz de amor,
Quem me escutou?
Maria Luísa O. M. Adães
31 Outubro de 09