Imagem Internet/ Salvador Dalí / Atemporal
O avião pousa no chão,
Fatal como um relógio
Que conta o nosso tempo.
Eu olho o firmamento,
Onde te vais encontrar
E não me podes levar…
Como posso aceitar,
Este tempo que vai passar
Junto a mim…
Tão junto, tão perto
Que o vejo,
Como se fosse gente.
Tu vais lentamente,
Não olhas o que fica
E eu não quero ficar.
É loucura ser assim?
Como posso deixar
De ser louca,
Se te amo tanto.
Que interessam as palavras
Neste instante?
Basta o sentimento
Pungente,
Eloquente,
Nesta forma de dar
Completa ou não,
Medida ou desmedida.
Não importa,
Não conta,
Nada conta,
Só tu contas!
O nosso amor conta,
A ânsia da ausência
Da partida, conta.
E se tudo conta…
E conta!
Parto contigo,
É pouco o tempo
Que nos resta!
A tarde quente
Desce, lentamente,
A hora aproxima.
Tu estás envolto em mim
No pensamento,
Mas a partida é certa.
O avião desce brando
E vai subir num instante
E eu fico olhando…
As lágrimas lavam os olhos,
Não deixo o olhar fugir,
Mas tens de partir
E eu vou ficar!
…É esta a nossa Vida,
Só me resta aceitar!
Maria luísa O. M. Adães
É assim, amiga. As nossas vidas vão-se tecendo nesta aceitação/não aceitação que sempre nos justificou enquanto seres humanos. Todos tão iguais... todos tão diferentes...
Um grande abraço, minha amiga!
Mª. João
Obrigada pela tua presença; quem vai partir sou eu,
mas escrevi ao contrário; a minha liberdade poética me permite.
"Todos tão diferentes...todos tão iguais" como tu dizes.
Um abraço de agradecimento,
Mª. Luísa
Entendo-te muito bem, minha amiga.
Tenho um blog que se chama http://liberdadespoeticas.blogs.sapo.pt/ . Não o tenho actualizado, mas podes ficar com uma ideia, se quiseres passar por lá.
Espero que tudo corra bem e que voltes assim que to peça o coração.
Abraço muito amigo.
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