Imagem Internet / Salvador Dali
Ela amava a solidão,
Depois de esgotar o amor
E a Fonte desse amor.
Recolhia-se ao lugar escolhido,
Na colina silenciosa
E a água corria temerosa.
Orava nessa solidão,
Num silêncio que se renova
E retorna consumado, nessa prova.
E brotavam dessas águas,
Dessa Fonte que falava
O amor esperado e encontrado.
Longe da multidão,
O som alegre titubeante
De quem não estava.
E a calma silenciosa,
Da solidão vivida a dois
Como se fossem um só.
Os envolvia nessa tarde sinuosa,
Onde se cantava ao longe
E ali se amava no final do dia.
E a sombra descia,
E os encantava
Em novos jogos de amor.
E a água da Fonte escondia,
Os outros sons que se ouvia
E o grito rouco que gemia.
E jogavam como sombras,
Num mundo de magia
Num términos de nostalgia.
-Que belo final do dia,
Tu me deste meu amor
E eu te dei tudo, como sabia…
E tu gostas deste amor,
Desta fonte de água fria
A gotejar bolhas fugidias.
A aparecer,
A acabar,
A cintilar,
A esmorecer
No Final
De um Novo Dia!
Maria Luísa Adães
De
Fisga a 12 de Março de 2009 às 19:26
Olá amiga Maria Luísa. Obrigada pelo poema que é espectacular. Sabes? Tu escolheste um título muito bonito, há palavras que são especiais e inspiradoras. Tais como: Amor, amizade, Felicidade, Natividade ou nascimento que é a mesma coisa. E outras que agora não me lembro, e acima de tudo, a palavra Fonte, fonte é fonte e o nome é Q. V. Para definir a palavra, Tudo nasce nas Fontes. Ao contrário de Fim, ocaso, términos, morte, ou terminal. E tantas outras, são palavras sem inspiração e sem interesse. Foste muito feliz na escolha. Parabéns por isso. Um grande beijinho deste teu amigo, que muito te admira, por seres a pessoa que és, muito rica de sentimentos. Eduardo.
Eduardo
O teu comentário ao poema "Fonte" encheu-me de
alegria, por gostares do poema e ainda, pelo título do mesmo que nos faz lembrar paisagens frescas,
repletas de flores, lugares paradisíacos, onde podemos andar com alegria e respirar o ar que nos
guia.
Obrigada , meu amigo
Com carinho,
Maria Luísa
De
Fisga a 13 de Março de 2009 às 16:54
Olá amiga M. Luísa. Eu sabia que o comentário te ia deixar feliz, mas não foi por isso que eu o redigi assim. Eu gostava de ser capaz de exprimir por palavras o que representa para mim a palavra FONTE. Fonte é uma porta pela qual só se sai, não tem entrada. Fonte é dádiva, fonte é prémio, é nascente, é.... É mágica para mim. Eu tenho uma foto na minha cabeça que me mostra o que significa fonte, para mim, mas eu em palavras não sei descrever. A foto que eu tenho na minha cabeça, é uma figura feminina mas muito mal definida, a jorrar cá para fora o nada e o tudo que nós querer-mos, aberta à dádiva, à entrega à servidão, à satisfação das exigências do seu próximo, sem nada pedir em troca, porque ela não é receptora, é apenas emissora. É uma fonte. Um beijinho Eduardo.
Eduardo
Fonte é o máximo dos máximos; É a Fonte da Vida!
Nas águas que correm saciam a sede do Peregrino que caminha sem parar e encontra o lugar onde pode descansar.
As águas correm da Fonte, alimentam e saciam a fome e a sede do Caminhante perdido, num local sem fim.
Foi numa Fonte que Jesus descansou do calor do deserto e a Samaritana lhe ofereceu água fresca,
saída da Fonte gotejante.
É o símbolo da Natureza pura, sem guerras, sem
sofrimentos e sem dor.
É o melhor que podemos encontrar em qualquer
lugar.
Na fonte a água sai - não entra - apenas tem a saída para a natureza que a espera sequiosa de
frescura.
Isto é a minha concepção de Fonte - o resto vem no meu Poema "Fonte".
Obrigada por gostares.
Beijos,
Maria Luísa
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