Terça-feira, 20 de Janeiro de 2009
Recordo!...
A chuva cai,
Cai direita
Como se fosse medida,
Estudada …
Os trovões falam,
De alvoradas
Há muito esquecidas
E me trazem à lembrança
A agonia de lágrimas caídas
Certas,
Como se fossem medidas.
O pensamento é triste,
Caminha ao som da chuva
Que subsiste
Neste instante,
Batida por vento agreste,
Vindo não sei donde.
Recordo,
Essa manhã em que escrevi ...
Recordo,
A ternura que senti
Quando te reconheci
E depois te perdi
E mais tarde,
Esqueci …
Recordo,
As lágrimas que chorei e choro
E me deixo embalar pela chuva
Pois os aplausos às Palavras
Proferidas em tempos,
Pararam …
Recordo,
A chuva cai
Outra vez
E outra vez,
Direita
Como se fosse medida,
Avaliada,
Estudada,
Conjugada.
Olha!
Aqui está a minha
Herança …
Vem!
É tua,
Pertence-te,
Leva-a contigo
E deixa-me só
No esquecimento,
Reduzida ao Nada!
Maria Luísa
"A chuva cai,
Cai direita
Como se fosse medida,
Estudada …"
Achas que a chuva cai direita .... eu acho que não, vem tão, tão torta que nem dá para saber de que lado vem, mas por vezes tambem cai direita como tu referes. Chegaste bem? Sei que ficaste triste ao chegar a casa. A vida é uma passagem, uns com passagem mais curta que outros, mas ninguem cá fica, todos vamos, ....aliás ....não vamos levão-nos .
Fica bem e força logo arranjas uma companhia. bjbjbj
Tibeu
Obrigada por responderes, és muito amável e simpática.
esta chuva caíu em São Paulo numa tarde de Verão,
(agora é Verão) sem vento, de uma calma tão grande "que ela caía direita, como se fosse medida"
fenómeno tropical, não muito usual.
Eu escrevi o poema com essa chuva de fundo, a caír direita
- eu nunca vi , ela caír tão direita, em lado nenhum e apanhei-a como um flash e atirei-a ao papel. Depois veio o vento e como tu dizes, ela rodopiou para todos os lados.
Agradeço, uma vez mais, a tua presença; a minha
casa está vazia; Maggie estava comigo há 16 anos.
Beijos,
Maria luísa
Comentar: