Quinta-feira, 29 de Maio de 2008

CHOVE LÁ FORA

 

 

 

 

 
É uma tarde melancólica – chove lá fora – e os sem abrigo, os doloridos, tapam-se com cartões e talvez chorem…Quem se lembra deles? Não é NATAL!
 
Em casa a música toca; enche os recantos, os lugares vazios, os espaços escondidos, as gavetas fechadas, com os meus segredos.
Apazigua a melancolia do entardecer e eu, não necessito de trapos velhos e cartões de embalagens, para me aquecer!
Não sou “um sem abrigo”… Não sou um deserdado … Não sou! Mas podia ser … Isso eu sei! Aconteceu assim…Para meu deleite! Mas sinto-me culpada!
 
Escrevo, mas as Palavras fogem amedrontadas, escondem-se, Senhoras “delas próprias”; não pertencem a este mundo, nem a mim mesma.
 
Tempo de Espera! Tempo de Amor e de Loucura no percorrer de lugares sem ruas e vielas sórdidas, retorcidas.
Possas tu que me lês, ou passas indiferente e Eu, entender a Alegria da nossa forma de viver!
 
A Vida é estranha e a minha existência paira – dividida – entre o Esplendor e a Miséria.
 
O Outono aproxima-se ou já entrou? Talvez seja meu – o meu Outono!
Caminha, como se fosse Gente! Entra despercebido e não deixa espaço para ser preenchido por estranhos que pretendam entrar na minha Porta.
 
Espero o teu regresso, na Hora certa de toda a tarde quente e aveludada deste País.
Escrevo, na esperança de ser entendida; a escrita tem um lugar especial, no meu sentir!
Precisa de guarida, de entrar em muitas casas e ainda, nos lugares sem ruas, sem abrigos e sem brilho …
 
Aceito! Espero o Meu Amigo “Da cor do Mel e do Leite” que também se chama
“Terra Prometida” – não foi lida – neste mundo Virtual, onde me encontro e escrevo em Liberdade e comento, como” Poeta esquecido” o viver daqueles…
“Sem Vida”!
 
Maria Luísa
 
publicado por M.Luísa Adães às 10:59
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Quarta-feira, 28 de Maio de 2008

POEMA DE AMOR

 

 

 

 

Uma onda

Vinda do Teu Mar

Bateu em mim,

Diluiu-se em espuma

Reflectiu-se em Ti …

 

 

Apressei o caminhar

Corri ao Teu encontro

E juntos,

Como seres da Natureza

 

Reunimos os pedaços dispersos

Aqui e ali …

 

E construímos

Os nossos Poemas de Amor

 

Feitos da espuma do Mar!...

 

publicado por M.Luísa Adães às 21:00
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Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

TÉRMINO

 

 
 
O Amor não tem término
…Aparece não se sabe como
Não se sabe de onde vem,
Não se sabe se nos vai deixar,
Se vai ficar …
 
…Aparece como um ser instável
Altivo, de palavras subtis e amáveis,
Não se sabe se vai ficar
Ou se vai partir
Para outro Lugar…
Não se sabe! …
 
Não podes acreditar?
Ou não queres acreditar?
 
Tu que me lês e me procuras
Tu que escreves
Tu que falas de Amor
Tu que choras pelo Amor
Tu que te prendes ao Amor
Tu que não podes viver
… Sem Amor
 
Que dizes? Que dizes?...
A estas PALAVRAS?
 
Sabes responder a este dizer?
Ou amedronta-te dizer?
 
Eu apenas digo …
Ele causa estragos
E muda,
 
O TEU VIVER!...
publicado por M.Luísa Adães às 11:01
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Sexta-feira, 16 de Maio de 2008

MAGIA

 

 
 
Sou mágica, num mundo em que não faço desaparecer o Mal
E o Bem não aparece, mercê dessa Magia.
Tudo quanto é visível, continua visível
E a minha magia não transforma o mundo
Em que vivo.
Transformar … é um passe de mágica que os próprios mágicos,
São incapazes de realizar
Transformar o mal, modificar tudo para o bem do homem?
Magia sem mistérios e sem ilusões? Apenas a magia dos corações?
E isso é possível?... Mudar o mundo?
E para maior alegria fazer voar as flores,
Respirar o seu aroma cândido e dolente;
Fazer voar os animais, as fadas, os duendes
E dar-lhes um mundo quente de ternura …
 
Fazer voar as mentes absortas
Em pensamentos sombrios
E dar-lhes vivacidade sem sombras
E apenas dar a Luz mágica do dia,
As estrelas brilhantes da noite
E fazer voar o mal,
Para um poço bem fundo
Ou sem fundo…
Fazê-lo desaparecer e dar lugar
Ao Bem e às flores de perfume encantado,
Ainda não nascidas neste mundo ...
 
Isto sim! É – Magia!
 
publicado por M.Luísa Adães às 19:59
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Quinta-feira, 15 de Maio de 2008

CANTAR E DANÇAR...

 

 
 
Vamo-nos juntar
Cantar e dançar
Ao som do teu Mar
E recordar,
 
Primaveras floridas,
Verões cintilantes
De Luz,
Outonos de folhas
Caídas,
Invernos verdejantes
E chuvas constantes.
 
Corremos pelas veredas
Espreitamos as grutas
Sentimos o perfume
De flores
E juntamo-nos
À volta,
Dos habitantes das matas
E inundamo-nos
De Luz,
 
Convocamos os Amantes
E os Poetas
E eles respondem
A este chamar
E acompanham,
A Festa
O Canto
A Dança.
 
Abraçamo-nos de Alegria
Não choramos…
E escutamos a música
Do Mar e do Vento
 
Tantos fomos,
Tão poucos restamos…
 
Mas temos este Lugar
E não esquecemos
E não morremos…
 
Senhora,
Somos Teus Filhos
Pela Graça de DEUS!...
publicado por M.Luísa Adães às 11:50
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Domingo, 11 de Maio de 2008

EU E TU

 

 

 

 

Saímos a passear

A contar as ternuras

Do instante

A louvar a Beleza

E a amar,

 

Naquele Amor

Constante

Do nosso ser,

 

Tudo foi

Um reencontro

De uma visão passada

Tornada Real,

 

Como tudo

Quanto nos juntou

Neste lugar

E no outro …

 

E deixou

De haver separação

Apenas o encanto

 

Meu e teu

E este Amor,

 

Tão fácil de dizer

E difícil de entender.

 

publicado por M.Luísa Adães às 12:36
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Quarta-feira, 7 de Maio de 2008

NÃO SEI ...

As mais lindas palavras de Amor

São ditas no silêncio de um olhar

 

 

 

Não sei o que sou

Não sei quem sou

Não sei onde estou

…E para onde vou

Não Sei! Confesso!

 

Queres-me mesmo assim?

Amamo-nos como sempre?

Não repudias este não saber

De nada … Nem de ti?

E o amanhã?

 

Sorri …

Para que o mundo seja mais gentil

Por ti e por mim …

 

Aceitas esta forma subtil e árdua

De Amar,

Própria de mim?

Tão a meu jeito?

 

Aceitas?

 

Então … És meu!

 

Meu Amigo, meu marido, meu Amante!

 

Não te quero longe …

 

Nunca!

 

publicado por M.Luísa Adães às 17:26
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Domingo, 4 de Maio de 2008

MÃE - VALQUÍRIA

 

Herói para os antigos

Tem as suas virtudes

E é Herói porque encontra

À sua espera,

Um trama fantasmagórico

Que o leva à Glória.

 

Valquíria está nos campos

De Batalha

Em Guerras sangrentas

E eternas,

Como os gelos Escandinavos

De todas as Eras.

 

Ela é a Heróica que ajuda o Herói

Sem Ela, a morte não enaltece,

A Virtude de quem perece,

… E torna-se Solitária!

 

Valquíria, Mãe do Herói

De outras eras,

De outros tempos,

De outras guerras.

 

Procura nos Campos devastados

Pela ira, pela fome, pela miséria.

Ela espera!

Encontra o Herói e outros mais …

Serve em Taça de quimera

A cerveja,

A água

E o mel,

Aos que Morrem!

 

Há um Hino de despedida,

De agradecimento,

De Ternura

E Ela, com a sua Força de Deusa,

Acredita no milagre do regresso.

Fica … No Campo, despido de Vida!

 

Sempre a guerra,

A lançar clarões de morte

E à nossa espera!

 

Valquíria

Mãe do Herói,

De outros tempos,

Outras Guerras,

 

Iguais,

… Aos nossos Tempos,

Às nossas Guerras!

 

Poema Épico     

 

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 10:00
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MÃE

 

 

Nada resta de Ti na exaltação deste Mundo …

Das recordações passadas,

Só os momentos de angústia ficaram

E a solidão espiritual dos últimos instantes.

Não podes levantar-te e reatar um diálogo,

Há tanto esquecido …

 

Procuro respostas nas coisas vivas da minha existência;

Debruço-me para escutar os amigos, os desconhecidos,

Aquele que buscam compreender os mistérios da morte.

Mas todos estão surdos à minha volta,

Ninguém escuta o meu silêncio,

Ninguém entende o que não digo;

 

E quem responde às minhas perguntas impossíveis?

E o turbilhão é profundo e penoso …

 

Parece uma cruz invisível que nada alivia

E deambulo por caminhos ignorados,

Na minha imensa procura;

E sofro – por tudo quanto não te foi dado,

Por tudo quanto já não te posso dar.

 

Mãe onde estás e onde estou eu?

 

 

publicado por M.Luísa Adães às 09:30
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