Não regresses!
Adquire forças e saber
Só depois, vens
Ao teu próprio encontro.
Não partas!
Sem conhecer o local,
Para onde vais.
Procura a força,
A compreensão
E só depois …
Podes caminhar
Com prudência.
Desbravar sentimentos
E trabalhar
No plano físico
Da Transformação.
E aí … Regressa,
Refaz o teu anseio
Muda o teu estar
Na Terra,
Apenas, assim …
Encontras o Caminho Real
DA TUA PROCURA.
Da ansiedade em que espero
O teu renascer
E daquele tempo futuro,
Apenas teu,
E do qual eu não vou saber.
Não deixes que te tirem
O que te dei …
O teu lugar no mundo
E o meu amor por ti
Não deixes cair,
Das mãos descuidadas,
A tua Vida,
As tuas razões reais
E A BELEZA DA TUA MOCIDADE.
E vou dar voz à súplica,
Na minha forma de dizer,
Na minha maneira de sentir.
E sei:
Tudo é teu,
Tudo te pertence,
Não deixes …
Que te tirem a alegria,
O teu estar no mundo
E o meu amor por ti.
Não permitas que isso aconteça.
Caminhante esquecido
Num local sem fim.
Acredita no simbolismo
De um mundo mais puro,
Procura um tempo presente,
E vai mais longe …
Procura um tempo futuro.
E deixa que à superfície
De ti próprio,
Venham os sonhos e os anseios
E Luz aos teus pensamentos.
Ampara-te à minha força
Mas lentamente, como tu sabes...
Deixa-me e continua só…
Não voltes para mim
O teu olhar …
Eu não vou chorar,
Não vou clamar,
Não vou reter
O teu caminhar!
FICO:
Olhando o horizonte, ao longe,
Brilhando como o Sol
De outras eras
Outras gerações.
Mas sei :
Este é o Sol
Da tua própria vida.
E faço deste momento,
Em que te vejo
Reflectido no que escrevo,
- Um tempo meu e teu –
Ele significa felicidade,
Vamos dividi-lo,
Com os outros caminhantes,
E deixamos de ser
CRIATURAS ERRANTES.
Todos Te procuram …
Com consciência ou sem ela …
Quando Tu estás tão próximo,
Do amor que não damos,
Do sofrimento que ignoramos,
E do auxílio que nos pedem
E nos esquecemos de ouvir …
Por razões só nossas
E NÃO TUAS …
Escutas este coração
Frágil de incertezas,
Entendes o tempo passado
Sentes o tempo futuro.
Deixa-me ressuscitar
Ajuda-me a encontrar
O entender …
E saber …
Basta-me o Teu amor!
Perdoa não agradecer,
Nem escutar
Os momentos únicos
Quando a Tua presença
Aflora à minha porta
E eu distante
Não sinto a Tua vinda,
Voltada para coisas
Mais leves
Cujo significado
É o Nada …
Mas peço,
Sem o merecer,
Eu sei …
Possa reviver para a Vida
Oferecida por Ti,
EM TROCA, APENAS,
DESTES VERSOS.
Esquecendo os sorrisos de troça …
Eu continuo a escrever e a dizer
Quero dar à Vida
Beleza, Amor
E Poesia também …
É profundo o que digo?
Deprime o Peregrino afortunado?
Talvez …
Mas é verdadeiro …
Verdadeiro e inquietante … Eu sei!
Mas a culpa é de Todos !
O chamado fenómeno
Deste tempo,
Crianças torturadas
Por outras crianças,
Sem Direitos
À dádiva da Vida.
E ainda os imolados
Pelo fogo,
Na tentativa de mostrar
O injusto,
A insensatez destes dias
E não é possível entender …
Olho o firmamento
O Infinito azul, profundo,
A beleza desta Terra,
O sol,
A luz,
O entardecer,
E não posso esquecer
O sofrimento,
A amargura
Da humanidade.
Nada posso fazer …
Nada sou,
No contexto que me rodeia.
Nada sou …
A indiferença,
Os debates sem glória,
As análises dos factos,
Os projectos,
Esperando solucionar
Dificuldades.
A Guerra aceite
Como coisa natural,
O aniquilar de sentimentos
E de esperanças …
E tudo isto
Num mundo de Todos …
E não apenas …
De alguns.
Pelos bairros mediáticos,
Vítimas do polvo que mata,
E transforma gente boa,
Em criaturas más,
E destrói,
Dignidade
Amigos
Família
Força
Sonhos …
Juntemos as nossas palavras,
O nosso querer
E toquemos os corações
… Mesmo os mais frios,
E transformemos o pesadelo,
Num acordar dourado,
Num renascer real
Numa manhã de amor,
Daquele amor,
Que todos temos,
Dentro de nós …
E acima de nós.
Dos desprezados
Dos perseguidos
Dos humilhados.
Eles são a minha gente,
A minha família maior,
A razão pela qual escrevo,
A voz poderosa,
O alento dos meus versos.
Há neles um trabalho a fazer:
Ajudar
Cultivar
Transformar
Dar força,
E uma vida a viver,
Com jardins,
Onde se tratam as flores,
Se plantam árvores,
Se apara a relva …
E ouve-se ao longe …
O murmúrio das águas,
Correndo para o Mar.
E entras com amor,
No mundo de todos.
As multidões degoladas
Pela ira do fanatismo,
As minas que matam
E transformam sonhos
Em pesadelos eternos.
Os campos de extermínio,
A bomba de Hiroxima,
As experiências nucleares,
As multidões desaparecidas.
Os desalojados,
Os sem guarida,
Os sem Pátria,
Os sem fronteiras.
E tentemos mudar …
Ajudando a criar
Um Mundo melhor.
Simbolizas o Mundo
E a salvação desse Mundo?
Ou és apenas um Sonho?
O meu sonho …
O meu acordar …
A minha esperança …
A minha Vida …
No caminho incerto
Sei que aceitas as dúvidas
E dás as certezas …
Mas procuro a Paz
Num Mundo em convulsão …
Deixa-me dizer-te
Quanto Te amo,
Deixa-me falar-te
Nas dificuldades
Vividas
E possas sentir
O meu coração
Batendo junto ao Teu,
Naquele ritmo certo
Dos que nada sofrem.
Choro, mansamente,
A minha dor
E sinto,
Ela é feita do desespero
Da minha fraqueza!
Levanto-me com firmeza
Venço-me a mim própria
E acordo do meu sono
Incerto.
Penso e grito bem alto:
EU PERTENÇO À VIDA!
AO MUNDO!
AO UNIVERSO!
E tudo quanto me rodeia
ESPERA O MEU REGRESSO!
Espera um pouco e diz-me …
Quem sou?
Para onde vou?
O que procuro?
Mas antes de tudo,
Eu sei
Tenho de sobreviver
Às minhas interrogações
E fazer …
E cumprir o meu propósito,
Não antes nem depois …
No tempo certo da separação,
Calcular bem esse tempo
E descobrir escrito …
Nas estrelas ou nos astros,
No próprio Oceano,
Nas planícies deste Planeta,
Nos pontos não atingidos
Pelas minas que matam …
E nos espaços libertos dos flagelos,
A Tua escrita
A Tua palavra
O Teu mapa
E possa partir … Sem me perder.
Vem de novo até mim …
E eu, transformada
Numa criatura diáfana
Possa entender
O que não vejo …
Eternidades para pressentir
E dizer,
Agora eu sei,
A razão da caminhada,
Atribulada
Árdua
Difícil
Mas feita das emoções
E das razões
Que me prendem à Vida.
E Tu que me vês
Tu meu amigo
Que me procuras …
E ouves a minha voz,
Sentes os meus desesperos,
Aceitas as minhas dúvidas
E desces da Plenitude do Universo
… Por mim
Possas ser o Amor
Ou o todo que me rodeia
A beleza a envolver-me
Os meus sonhos
As minhas realidades …
Oferece-me
A dádiva da Tua presença
E eu saiba quem Tu és.
Talvez as minhas estradas sejam outras,
Estradas sem acidentes maléficos
Que levam a vida humana.
Estavas sentado à tua porta,
Tinhas terminado a tua tarefa,
Desbravando a terra
Que te alimentava.
Estavas, talvez, sonhando,
Sem saber o que é sonhar
E de repente, surge da noite quente
E do ar tépido
O monstro do fanatismo e da guerra.
E num segundo do teu tempo,
Roubou-te a Família e a terra
E fugiste … nada podias fazer.
Ao Longe uma estrada deserta acenou
E caminhaste ao seu encontro.
ESTRADAS
A poeira sucumbe o caminhante,
Ele não sabe onde o leva a estrada,
Ele não sabe …
Mas não conhece outro lugar,
Perdeu tudo quanto amava,
Aldeia
Família
Amigos
Nada lhe resta … apenas a estrada,
Feita de poeira
E talvez o leve ao Nada.
Sabem como ele caminha?
Como pode caminhar alguém que tudo perdeu?
A aldeia onde vivia desapareceu,
Levada pela ira brutal de outros homens
E ele não morreu … na avalanche do ódio,
Do único mundo que conheceu …
Não sabe dos confrontos do mundo,
Ele não sabe …
Apenas sabe que não tem nada,
Nem outra estrada,
Nem Família
Nem Amigos.
Isso sabe …
Está só no desconhecido
E foge do pouco que conheceu,
Talvez se salve
Talvez morra …
Não encontra nada
Que lhe dê guarida …
Ele apenas conhece a morte
E aquela estrada, infindável.
Afasta-se do seu pobre sonho,
Enterrado algures,
Pelos outros homens.
Eu nada posso fazer,
Só dizer à minha maneira
Que ele não vai ler …
Nem vai ouvir …
Apenas caminhar,
Com a dor muito grande,
Dos que nada são,
Dos que nada têm.
Mas o mundo de que foge,
Também é dele …
Sim, teu …
Caminhante exausto e dolorido,
Numa jornada sem fim.
Ajuda-me a subir,
A relembrar
A árvore secular,
O amigo adormecido
Em meu lugar;
Deixa-me voltar
Apertá-lo junto ao coração
Falar-lhe, mansamente,
Docemente,
Como nunca ouviu falar
E perguntar:
- Como foi possível desdobrares
O teu sentir
A tua Alma
E doares-me tudo
Confiando em mim?
Leva-me junto Dele! …
Afundo os meus passos
Nas areias douradas,
Olho a minha imagem
Saída do espelho
Transformada
E seremos um
E não dois,
Separados
Por um sonho
Interminável.
Nada me dizes?
Apenas sorris nessa forma de encanto? …
Não transmito o Teu falar
Perdi as palavras …
Quando desci
Ao fundo do poço,
Por mim
E talvez por Te AMAR!...
http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=3974
Da Plenitude do Universo
Eu venho...
Ouvi o som da tua voz,
O teu pedido dolorido e cansado
E reconheci quanto te tinha amado.
E vim…
Do Espaço Desci…
Olhei à minha volta
E não te vi…
Perdi-te de novo
E subi…
…E regressei sem ti.
Mas voltarei a descer…
Se de novo te ouvir,
Procurarei estar atento
A não te perder,
E fazer o milagre de me veres
E me reconheceres…
E saberes quem sou…
E nesse dia,
Prendo-te ao meu abraço
E não deixo que te percas…
Nunca mais.
Cantas e danças
Ao Luar
Iluminas o Mar
Calas o Vento
Transformas a Noite.
Envolve-me no feitiço
Da Noite
Do Luar
Do Vento
E do Mar.
Prende-me
Nos teus braços
E dança,
Canta
Como tu sentes
Como tu és …
E eu danço Contigo!...
. ROUBO
. BEIJOS
. Cantei!
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. Amo!
. O Tempo
. FOGO
. NOITE
. SEDE
. VIDA
. NUA
. REALIZAR